A Ucrânia
recebeu caças para ajudar a combater a ofensiva russa no leste do país, onde os
últimos combatentes ucranianos entrincheirados em Mariupol fizeram apelo
desesperado à comunidade internacional por ajuda.
Em mensagem
de vídeo postada no Facebook e divulgada pela imprensa ucraniana, um militar
resume o que “pode ser o seu último apelo".
O militar
disse que “Podemos estar vivendo nossos últimos dias, até nossas últimas
horas”, após novo ultimato de Moscou para a rendição dos combatentes ucranianos.
Ele pede
para que soldados e civis ainda presentes em Mariupol, cidade ucraniana sitiada
pelos russos, sejam retirados da fábrica de Azovtal.
O militar
declarou que “O inimigo é dez vezes mais numeroso do que nós. Apelamos e
imploramos a todos os líderes mundiais para que nos ajudem. Pedimos que usem o
procedimento de extração e nos levem ao território de um país terceiro”.
Vejam só
que desespero, de acordo com esse militar, “o exército russo tem vantagem
no ar, na artilharia, nas forças terrestres, nos equipamentos e nos tanques",
ou seja, é absolutamente impossível resistir ao verdadeiro massacre russo,
diante da impotência bélica do seu país, cujo resultado é mais do que previsível
se não houver a rendição, porque os russos já garantiram que poupará a vida dos
combatentes que se entregarem.
O militar
acrescentou que “Só defendemos um ponto, a fábrica de Azovstal, onde, além
de soldados, há também civis que se tornaram vítimas desta guerra”.
Ao menos
500 soldados estariam feridos no local que também abriga civis e, pelo menos,
1.000 pessoas, especialmente mulheres, crianças e idosos, estão escondidas com
os combatentes "nos abrigos subterrâneos" da fábrica.
Um
balanço não oficial revela o número de mais de 20 mil civis mortos na
cidade e mostra a monstruosidade das autoridades ucranianas, em ficarem omissas
a esse estado deplorável, quando deveriam aceitar as condições de rendição, o
que já teria poupado muitas vidas de inocentes.
Após
quase dois meses de cerco, o estratégico porto ucraniano de Mariupol pode cair,
a qualquer momento, nas mãos dos russos, porque o cerco se fecha e se
intensifica.
O
Ministério da Defesa ucraniano confirmou que o exército russo "estava
concentrando a maior parte de seus esforços em tomar a cidade de Mariupol e
continuar suas tentativas de conquistar a área perto da siderúrgica Azovstal",
ou seja, as autoridades ucranianas têm plena consciência de que a situação dessa
cidade é bastante precária e trágica, mas elas apenas se conformam com a catástrofe
que se aproxima, mostrando as suas plenas impotência e irresponsabilidade.
Os
repórteres declararam que as tropas russas intensificaram a fase ofensiva “Nos
últimos dois dias, o bombardeio tornou-se muito forte, cada vez mais frequente.
Claramente os russos estão trazendo a artilharia pesada. Os bombardeios estão
se aproximando, os soldados se preparam”.
Como se
vê, a situação da guerra fica cada vez mais complicada para os ucranianos, inclusive
envolvendo perigosamente os civis, que são obrigados a passar por todo esse
processo de combates violentos, em Mariupol.
Compete
às autoridades ucranianas reconhecerem a sua fragilidade e se entregarem em rendição,
como forma humanitária, no sentido de se evitar tragédia ainda maior, porque é absolutamente
impossível resistir à fúria russa, que tem poderio dez vezes superiores aos ucranianos,
o que significa enorme desvantagem, tornando incapaz de defesa e a consequente destruição
de vidas humanas, em especial.
Urge que as
autoridades ucranianas sejam sensíveis às causas humanitárias e decidam,
imediatamente, sobre as melhores condições para a rendição, em cada caso, como
forma de se evitar maiores perdas de vidas humanas, o que seria verdadeiro ato heroico,
em que pese a perda de domínio territorial, mas isso contribui para salvar
preciosas vidas, que é muito mais importante do que o próprio domínio da nação,
mesmo porque, o país sem o seu povo não é nada.
Brasília,
em 23 de abril de 2022
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