sábado, 23 de abril de 2022

Triste situação da Ucrânia

 

A Ucrânia recebeu caças para ajudar a combater a ofensiva russa no leste do país, onde os últimos combatentes ucranianos entrincheirados em Mariupol fizeram apelo desesperado à comunidade internacional por ajuda.

Em mensagem de vídeo postada no Facebook e divulgada pela imprensa ucraniana, um militar resume o que “pode ser o seu último apelo".  

O militar disse que “Podemos estar vivendo nossos últimos dias, até nossas últimas horas”, após novo ultimato de Moscou para a rendição dos combatentes ucranianos.

Ele pede para que soldados e civis ainda presentes em Mariupol, cidade ucraniana sitiada pelos russos, sejam retirados da fábrica de Azovtal.

O militar declarou que “O inimigo é dez vezes mais numeroso do que nós. Apelamos e imploramos a todos os líderes mundiais para que nos ajudem. Pedimos que usem o procedimento de extração e nos levem ao território de um país terceiro”.

Vejam só que desespero, de acordo com esse militar, “o exército russo tem vantagem no ar, na artilharia, nas forças terrestres, nos equipamentos e nos tanques", ou seja, é absolutamente impossível resistir ao verdadeiro massacre russo, diante da impotência bélica do seu país, cujo resultado é mais do que previsível se não houver a rendição, porque os russos já garantiram que poupará a vida dos combatentes que se entregarem.

O militar acrescentou que “Só defendemos um ponto, a fábrica de Azovstal, onde, além de soldados, há também civis que se tornaram vítimas desta guerra”.

Ao menos 500 soldados estariam feridos no local que também abriga civis e, pelo menos, 1.000 pessoas, especialmente mulheres, crianças e idosos, estão escondidas com os combatentes "nos abrigos subterrâneos" da fábrica.

Um balanço não oficial revela o número de mais de 20 mil civis mortos na cidade e mostra a monstruosidade das autoridades ucranianas, em ficarem omissas a esse estado deplorável, quando deveriam aceitar as condições de rendição, o que já teria poupado muitas vidas de inocentes.

Após quase dois meses de cerco, o estratégico porto ucraniano de Mariupol pode cair, a qualquer momento, nas mãos dos russos, porque o cerco se fecha e se intensifica.

O Ministério da Defesa ucraniano confirmou que o exército russo "estava concentrando a maior parte de seus esforços em tomar a cidade de Mariupol e continuar suas tentativas de conquistar a área perto da siderúrgica Azovstal", ou seja, as autoridades ucranianas têm plena consciência de que a situação dessa cidade é bastante precária e trágica, mas elas apenas se conformam com a catástrofe que se aproxima, mostrando as suas plenas impotência e irresponsabilidade.

Os repórteres declararam que as tropas russas intensificaram a fase ofensiva “Nos últimos dois dias, o bombardeio tornou-se muito forte, cada vez mais frequente. Claramente os russos estão trazendo a artilharia pesada. Os bombardeios estão se aproximando, os soldados se preparam”.

Como se vê, a situação da guerra fica cada vez mais complicada para os ucranianos, inclusive envolvendo perigosamente os civis, que são obrigados a passar por todo esse processo de combates violentos, em Mariupol.

Compete às autoridades ucranianas reconhecerem a sua fragilidade e se entregarem em rendição, como forma humanitária, no sentido de se evitar tragédia ainda maior, porque é absolutamente impossível resistir à fúria russa, que tem poderio dez vezes superiores aos ucranianos, o que significa enorme desvantagem, tornando incapaz de defesa e a consequente destruição de vidas humanas, em especial.

Urge que as autoridades ucranianas sejam sensíveis às causas humanitárias e decidam, imediatamente, sobre as melhores condições para a rendição, em cada caso, como forma de se evitar maiores perdas de vidas humanas, o que seria verdadeiro ato heroico, em que pese a perda de domínio territorial, mas isso contribui para salvar preciosas vidas, que é muito mais importante do que o próprio domínio da nação, mesmo porque, o país sem o seu povo não é nada.      

Brasília, em 23 de abril de 2022

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