Segundo a
pesquisa BTG/FSB, divulgada ontem, essa empresa afirma que o ex-presidente da
República petista tem 41% das intenções de voto, liderando a disputa
presidencial, enquanto o atual presidente do país o segue em segundo lugar, com
32%.
O
pré-candidato do PDT aparece na terceira posição, com 9% das pessoas
consultadas, enquanto os demais candidatos, em número de onze, atingiram percentuais
de 3% para baixo.
A empresa
que fez a pesquisa informa que o resultado em apreço diz respeito ao
levantamento estimulado, ou seja, quando os entrevistados são informados sobre
a lista dos nomes dos pré-candidatos.
Já na
pesquisa espontânea - quando os eleitores falam o pré-candidato de preferência,
sem saber a lista de opções – o líder
petista aparece com 36% das intenções de voto, vindo em seguida o atual presidente
do país, com 30%.
Agora, o
que realmente impressiona é o fato de que a pesquisa ouviu duas mil pessoas, de
16 anos ou mais, no período de 22 e 24 de abril, segundo foi informado pela empresa,
mas ela não esclarece se elas são realmente eleitoras, devidamente comprovadas
por meio de algum método confiável, se ainda elas têm a idade para votar e
muito menos as regiões onde houve o levantamento das preferências de voto.
Ou seja,
trata-se de pesquisa absolutamente questionável, quanto aos fins de credibilidade
e confiabilidade, que são da maior relevância para a compreensão da opinião pública.
Também é
muito estranho que, em se tratando de consulta de extrema importância, como
forma de informação sobre a tendência do eleitorado, na próxima eleição presidencial,
ela não mereça o mínimo de seriedade, à vista da fragilidade do método
empregado, como no caso da via telefônica, em que a pessoa pode mentir, forjar
dados e tudo o mais que realmente não tenha a menor validade, em termos de
precisão para a finalidade pretendida, com vistas à convicção sobre os dados coligidos,
quanto ao esperado quesito da fidelidade das informações.
A
pesquisa foi feita, como visto acima, pelo Instituto FSB, tendo sido contratada
pelo banco BTG Pactual e normalmente registrada no Tribunal Superior Eleitoral.
Longe de querer
desacreditar do instituto da pesquisa eleitoral, por se constituir de
importante meio de levantamento de dados, mas não passa de brincadeira sem
graça ou até mesmo de perda de tempo, com a finalidade de exclusiva maquiação, com
dados visivelmente inverossímeis, a forma de levantamento de importantes informações
colhidas por meio do telefone, que podem servir apenas para iludir a opinião pública.
Na
verdade, a impressão que se tem é a de que o levantamento tendo por base apenas
duas mil pessoas, em expressivo universo de mais de 150 milhões de eleitores, conforme
dados oficiais, não faz o menor sentido em se afirmar, ante os princípios da
racionalidade e do bom senso, que alguém lidera, pasmem, com base nessa
pesquisa, a corrida referente à disputa presidencial deste ano.
Não obstante,
se pode dizer que essa quantidade inexpressiva de consultados, resultante de
pesquisa absolutamente fajuta, por que feita pelo telefone, não se mostra com a
mínima confiabilidade nem credibilidade para coisa alguma, uma vez que o entrevistado
pode nem ser eleitor e ainda não está obrigado a dizer a verdade, como assim
deveria ser tratada a pesquisa séria e de respeito aos verdadeiros eleitores.
Pode-se afirmar
sim que, entre duas mil pessoas consultadas pelo telefone, sem absoluta condição
de classificá-las como eleitoras, chegou-se à conclusão de que a maioria delas
tem preferência pelo candidato da oposição, na forma acima indicada.
Diante dessa terrível constatação de
clara tentativa de manipulação da opinião pública, convém que os eleitores brasileiros
se esforcem em se conscientizar no sentido de que o Brasil merece ser governado
por pessoa que demonstre seu devotado amor às causas do povo, tenha ampla visão
sobre os verdadeiros problemas nacionais, seja ficha limpa em plenas condições
de atender aos requisitos de conduta ilibada e idoneidade na vida pública e,
sobretudo, se comprometa à realização de importantes obras exclusivamente para
o beneficiamento dos brasileiros.
Brasília, em 26 de abril de 2022
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