Esse
momento marcante da atualidade brasileira, em que ditador cruel, sanguinário e
desumano é recepcionado com honraria militar se harmoniza perfeitamente com o status
quo, em que o governo brasileiro, eleito pelo povo e pelo sistema
dominante, age em harmonia com os regimes ditatoriais, apoiando o monstruoso
presidente venezuelano, como se ele tivesse alguma dignidade.
Há
nisso verdadeira frustração aos salutares princípios da democracia e da
constitucionalidade, sem que nada tivesse sido feito para questionar nem
contestar contra a volta da parte política decomposta ao poder, em que
pesem as inúmeras suspeitas na operacionalização do sistema eleitoral
brasileiro.
A presença de presidente ditador desumano, no
Brasil, se adequa ao ambiente de completo conformismo com a degeneração da
administração pública do Brasil, que foi banalizada, em termos de mediocridade,
a ponto de passar a ser normal se prestigiar, com honras militares, em ambiente
de normalidade democrática, pessoa indigna e insignificante como se autoridade
de respeito ela fosse.
Na
verdade, é preciso se reconhecer que essa tragédia referente à
desmoralização e à degeneração dos princípios republicanos e democráticos
são decorrentes da vontade soberana de antibrasileiros e sistema predominante,
que contribuíram em apoio à volta ao poder da banda poluída da política
brasileira.
Isso
vale dizer que a atualidade político-administrativa brasileira de se prestigiar,
sem o menor pudor, mandatário desumano e sanguinário não resiste a qualquer
forma de estranheza, uma vez que esse deprimente episódio se coaduna com a
estrita vontade do povo, que não teve a mínima sensibilidade para perceber que
o seu apoio a político em plena decadência moral, sem nenhuma qualificação política,
somente resultaria em situação deplorável como essa, em que pessoa desprezível
e repulsiva merece deferência incompatível com o que ele realmente faz jus.
Por
se tratar de ditador truculento e desumano, ele somente merece desprezo à
altura da sua insignificância, a tal ponto que ele jamais deveria sequer ter
sido recebido no Brasil, se o governo brasileiro tivesse índole diferente da
dele, em termos de ideologia política, quanto ao necessário respeito aos
direitos humanos e às liberdades individuais e diplomáticas.
A
verdade é que os tempos são verdadeiramente outros, em que é simplesmente
normal a prática da degeneração dos princípios republicanos e humanitários, em
nome da ideologia política, em que o povo é somente um detalhe, embora a sua
insignificância política tenha a capacidade de colocar no poder político
absolutamente sem nenhuma importância, à vista desse lamentável evento, em que
o governo brasileiro patrocina a reunião, no Brasil, dos presidentes de
esquerda da América do Sul, onde certamente nada foi discutido sobre a defesa
dos direitos humanos e das liberdades democráticas, como prova de valorização dos
interesses do povo.
Enfim,
diante desse deplorável episódio, em que mandatário ditador desumano recebe
tratamento de autoridade como ser digna ele fosse, somente confirma o ditado
popular que o povo tem o governo que merece, exatamente porque o seu titular
foi apoiado pela insensatez de brasileiros.
Brasília, em 21 de junho de 2023
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