quarta-feira, 21 de junho de 2023

Antidemocracia?

 

Esse momento marcante da atualidade brasileira, em que ditador cruel, sanguinário e desumano é recepcionado com honraria militar se harmoniza perfeitamente com o status quo, em que o governo brasileiro, eleito pelo povo e pelo sistema dominante, age em harmonia com os regimes ditatoriais, apoiando o monstruoso presidente venezuelano, como se ele tivesse alguma dignidade.

Há nisso verdadeira frustração aos salutares princípios da democracia e da constitucionalidade, sem que nada tivesse sido feito para questionar nem contestar contra a volta da  parte política decomposta ao poder, em que pesem as inúmeras suspeitas na operacionalização do sistema eleitoral brasileiro.

 A presença de presidente ditador desumano, no Brasil, se adequa ao ambiente de completo conformismo com a degeneração da administração pública do Brasil, que foi banalizada, em termos de mediocridade, a ponto de passar a ser normal se prestigiar, com honras militares, em ambiente de normalidade democrática, pessoa indigna e insignificante como se autoridade de respeito ela fosse.

Na verdade, é preciso se reconhecer que essa tragédia referente à  desmoralização e à degeneração dos princípios republicanos e democráticos são decorrentes da vontade soberana de antibrasileiros e sistema predominante, que contribuíram em apoio à volta ao poder da banda poluída da política brasileira.

Isso vale dizer que a atualidade político-administrativa brasileira de se prestigiar, sem o menor pudor, mandatário desumano e sanguinário não resiste a qualquer forma de estranheza, uma vez que esse deprimente episódio se coaduna com a estrita vontade do povo, que não teve a mínima sensibilidade para perceber que o seu apoio a político em plena decadência moral, sem nenhuma qualificação política, somente resultaria em situação deplorável como essa, em que pessoa desprezível e repulsiva merece deferência incompatível com o que ele realmente faz jus.

Por se tratar de ditador truculento e desumano, ele somente merece desprezo à altura da sua insignificância, a tal ponto que ele jamais deveria sequer ter sido recebido no Brasil, se o governo brasileiro tivesse índole diferente da dele, em termos de ideologia política, quanto ao necessário respeito aos direitos humanos e às liberdades individuais e diplomáticas.

A verdade é que os tempos são verdadeiramente outros, em que é simplesmente normal a prática da degeneração dos princípios republicanos e humanitários, em nome da ideologia política, em que o povo é somente um detalhe, embora a sua insignificância política tenha a capacidade de colocar no poder político absolutamente sem nenhuma importância, à vista desse lamentável evento, em que o governo brasileiro patrocina a reunião, no Brasil, dos presidentes de esquerda da América do Sul, onde certamente nada foi discutido sobre a defesa dos direitos humanos e das liberdades democráticas, como prova de valorização dos interesses do povo.

Enfim, diante desse deplorável episódio, em que mandatário ditador desumano recebe tratamento de autoridade como ser digna ele fosse, somente confirma o ditado popular que o povo tem o governo que merece, exatamente porque o seu titular foi apoiado pela insensatez de brasileiros.

Brasília, em 21 de junho de 2023

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