Em vídeo que circula nas redes
sociais, um experiente jornalista lança luzes sobre as estratégias técnicas
empregadas pelo sistema dominante para derrotar o governo de então, mostrando
que os líderes desse movimento foram vitoriosos porque souberam utilizar recursos
inteligentes e competentes para garrotear facilmente a sua presa, em cada fase
do processo que a liquidaria, em definitivo, no final da disputa.
A verdade descrita com bastante
propriedade pelo sapiente articulista não merece reparo, na forma abordada por
ele, mostrando fatos sob a ótica nua e cru, sem sopesar as circunstâncias que
levaram ao adensamento da situação catastrófica e monstruosa que se encontra o
Brasil.
Ou seja, parece lapidar a
conclusão do inteligente e corajoso jornalista, mas a situação não é somente
isso, uma vez que o degringolar da República tem importante marco, que
foi a partir de quando o então presidente do país decidiu peitar e enfrentar o
peso pesado do poderoso sistema atualmente dominante, talvez imaginando
que seria mais forte, sob o entendimento, pelo visto, de que, quem tinha as
chaves do poder, certamente poderia se beneficiar das facilidades para dominar
a situação, mas as estratégias adotadas por ele se tornaram pífias e insuficientes.
A partir disso, as disputas foram
se intensificando lado a lado, com o meticuloso movimento das peças do
tabuleiro do poder, sendo desferido o lance mais ousado, em forma estratégica,
por meio da anulação das condenações à prisão do maior corrupto da 0história
republicana brasileira, de tal modo a macular os salutares princípios da
moralidade e da integridade cívicas.
Embora tal medida não tivesse
fundamento legal para respaldá-la, ela sequer questionada por ninguém, em que
pese a monstruosidade representada por suas consequências, na seara jurídica,
exatamente por não haver, para tanto, qualquer amparo legal nem constitucional,
ficando tudo como se regular fosse.
Isso foi só o começo do mais
importante golpe aos planos políticos do então presidente do país, que
continuou atônito na lona, sem conseguir esboçar qualquer reação contra o
impetuoso e esperto sistema, que, inteligentemente, o instigava à disputa, na
certeza de que ele seria facilmente abatido, etapa por etapa, exatamente por já
ter demonstrado postura de plenas incapacidade e incompetência para o combate,
mas a impetuosidade dele incitava as provocações próprias do sistema, mesmo se
mostrando cada vez mais presa fácil a ser derrotada, como de fato foi.
Ou seja, à vista dos fatos, não
há a menor dúvida de que o dito popular de que o peixe morre pela boca pode ter
acontecido com o então presidente do país, que aceitou disputar o poder com o
decomposto sistema dominante e se deu muito mal, porque este foi muito mais
competente e inteligente, em termos estrategicamente políticos, não dando a
mínima chance para o então presidente mostrar qualquer forma de desenvoltura, quanto
mais de reação à altura dos acontecimentos.
À toda evidência, o ex-presidente
foi incapaz até mesmo com relação à decretação da intervenção militar, que
poderia possibilitar não somente a purificação da sujeira que já imperava com o
abuso de autoridades e a adoção de decisões e atos inconstitucionais, mas a
verificação sobre a regularidade das últimas eleições brasileiras, a despeito
de muitas denúncias sobre irregularidades na operacionalização das urnas
eletrônicas, o que talvez nem tivesse permitido que o poder, no Brasil, estivesse
sob o controle do sistema da escuridão político-administrativa.
Enfim, é preciso que as pessoas
sensatas se conscientizem de que a inversão de valores, na República
tupiniquim, pode ter por vertente situações que poderiam ter sido completamente
diferentes se as pessoas envolvidas tivessem sido minimamente sensíveis,
sensatas e racionais, em especial, jamais tendo se envolvido em disputa do
poder por quem demonstrou ter muito mais domínio da situação e soube mover as
peças políticas com muito mais habilidade e destreza.
Brasília, em 23 de junho de 2023
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