Em vídeo que circula nas redes
sociais, muitas pessoas recepcionam o último ex-presidente do país, na chegada
dele a Porto Alegre, sob calorosos e entusiásticos aplausos, entoados com gritos
de mito, como se ele realmente tivesse feito algo por tamanho merecimento.
Quando se diz que o brasileiro
tem memória curta ou é simplesmente desmemoriado, é verificado exatamente em
situação como essa, que simboliza a verdadeira falta de personalidade e caráter
do brasileiro, que foi totalmente desprezado nos últimos meses do governo dele.
É preciso lembrar para esses
fantásticos que esse cidadão, ao contrário dessa entusiástica recepção de
incontidos aplausos, ficou em completo silêncio, depois dos resultados da última
eleição presidencial, e deu as costas para os brasileiros, em especial àqueles
que se sacrificaram em frente aos quartéis do Exército, em condições
extremamente adversas e desumanas, cujo ápice dessa inglória aventura resultou
no malogro do dia 8 de janeiro, com a injusta prisão de pessoas inocentes.
Ou seja, se esse político tivesse
o mínimo de sensibilidade sobre a gravidade dos fatos, o Brasil, hoje,
certamente seria outro, livre do domínio do sistema e dos políticos das trevas,
além de não ter havido a desgraça das prisões injustas, cruéis e desumanas,
quando ainda tem pessoas presas, sem terem cometido crimes algum.
Na verdade, os injustificáveis
silêncio e desprezo por parte da principal autoridade do país de então
permitiram a volta ao poder da nefasta esquerda, com toda a sua mentalidade
criminosa de desonestidade e corrupção, quando tudo seria diferente com a
decretação da intervenção militar, que teria poderes constitucionais para a
verificação dos resultados das últimas eleições e a apuração sobre abusos de
autoridade, entre o saneamento de outras questões que afligiam a dignidade do
Brasil e dos brasileiros.
Certamente que, em país com povo
com o mínimo de consciência cívica e patriótica, esse cidadão mereceria o
devido tratamento de antipatriota e de inimigo do povo, justamente em razão do
seu desprezo e da sua insensibilidade para a solução das questões de extrema
importância para o Brasil e os brasileiros, em especial, por ter permitido a
volta ao poder da banda podre da política brasileira.
Se o brasileiro tivesse o mínimo
de consciência sobre a necessidade do respeito a si próprio, exigiria que esse
político explicasse e justificasse todas as maldades consistentes nas suas
omissões, que tanto prejudicaram os interesses do Brasil e dos brasileiros.
Infelizmente, o povo tem o seu
representante político que bem merece, como bem demonstra esse lamentável
episódio, em que, mesmo ele tendo desprezado o Brasil e o povo, ainda merece
respeito e aplausos como se ele fosse verdadeiro herói, quando o seu legado
precisa ser sepultado o mais rapidamente possível, diante do que ele representa
de desgraça para o Brasil e o seu povo.
Em síntese, essa calorosa recepção
mostra que o brasileiro precisa ainda progredir bastante, em termos políticos,
para realmente ter condições de avaliar o seu verdadeiro representante
político.
Diante
da minha mensagem, uma pessoa amiga escreveu a seguinte ponderação: “Numa
análise simplificada, podemos chegar a essa conclusão. Porém, é lembrar que o
sistema é bruto, haja vista o que aconteceu durante esses quatro anos de
governo Bolsonaro, no período eleitoral e agora com o plano de vingança a todo
vapor. Portanto, nunca sabemos o que acontece atrás das cortinas e, como diz o
ditado popular, uma andorinha só não faz verão.”.
Em
resposta, eu disse que, mesmo com o preponderante sistema terrivelmente aos princípios
republicanos e democráticos, isso não justifica a falta de transparência nem a
omissão quanto à adoção das medidas necessárias à salvação da pátria.
Essas
situações se confirmaram exatamente depois dos resultados das urnas, em que o
mandatário do país sumiu do povo, tal qual aquele episódio cinematográfico, que
conta a história que o piloto sumiu, no caso do Brasil, deixando-o acéfalo e à
devido, exposto às desgraças que advieram justamente em razão dessas omissões,
que exigem, por força dos princípios republicanos e democráticos, explicações e
justificativas à altura da responsabilidade da autoridade representada pelo
presidente do país.
Ao
contrário disso, estranhamente prevaleceram o silêncio, a irresponsabilidade,
por não ter sido decretada a intervenção militar, e a fuga do político para
outro país, possivelmente com medo de ser preso, em atitude de extrema
irresponsabilidade, por não ter assumido seus atos até o último suspiro do seu
governo.
Sim,
nunca se sabe o que existe atrás das cortinas, exatamente quando a obrigatória
transparência é omitida do povo, embora em vigência do pleno Estado Democrático
de Direito, sob os auspícios da liberdade de expressão, em que a administração pública
tem o dever da publicidade de seus atos, inclusive das suas omissões, nos casos
de relevância para o país, ex-vi do disposto no art. 37 da Constituição.
Pode-se
perceber que não é verdade que uma pessoa só não seja capaz de realizar grandes
aventuras, em negativa do dito popular de que uma andorinha só não faz verão,
quando temos importantes exemplos de atos de bravura executados por uma pessoa
só, que teve o altruísmo de defender uma causa nobre e terminou sendo aplaudida,
como herói, por seus atos em prol de algo realmente memorável.
Agora,
é preciso se reconhecer, por dever da verdade, o deplorável nível de
ingenuidade e mediocridade de pessoas que se dignam a aplaudir pessoa sem
personificação patriótica e de nítido desamor ao povo, como ficou provado nos
últimos dois meses de desgoverno do último presidente do país.
Nada
justificariam todas as deprimentes omissões presidenciais, salvo se houvesse
algo extremamente grave que levassem a essa irresponsabilidade de completo
abandono do Brasil e do seu povo, mas nada acena para esse estado de gravidade,
porque o silêncio não pode explicar a materialização dos gravíssimos danos
causados à nação e aos brasileiros.
Urge
que as pessoas se conscientizem sobre a realidade dos fatos, na esperança de
que isso somente seja possível com o despojo da desgraçada ideologia, que tem
sido a principal causa da brutal cegueira que impede a transparência da luz da
verdade.
Brasília, em 26 de junho de 2023
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