Conforme
vídeo que circula nas redes sociais, o presidente do principal órgão da Justiça
eleitoral admite claramente que houve fraude em uma candidatura presidencial, mas
isso não altera em absolutamente nada o status quo, segundo o pensamento
dele, como se nada de anormal tivesse acontecido.
À
toda evidência, esse fato só evidencia a podridão moral e republicana predominante
nas consciências dos ministros da corte eleitoral, que simplesmente considerou regular
o processo em julgamento, mesmo com o reconhecimento da existência de fraude,
nos termos do pronunciamento daquela autoridade, à vista do texto transcrito a
seguir.
“Eu
não entro na discussão em relação se ficou 30 vírgula alguma coisa, se seria
fraude ou não. Eu me reservo outro momento em analisar isso. Eu entendo que houve
fraude, mas o voto médio acaba sendo o voto do eminente ministro relator.”.
Sem
dúvida alguma, causa enorme perplexidade a principal autoridade da Justiça
eleitoral reconhecer publicamente que houve fraude no processo eleitoral e que
ele não está nem aí para o devido saneamento da gravíssima irregularidade, ante
o ferimento da legislação de regência da espécie.
Vejam
que o presidente do órgão eleitoral é claríssimo em afirmar, verbis: “Eu
entendo que houve fraude,”, quando o tribunal examinava a regularidade
de candidaturas presidenciais, mas terminou prevalecendo a regularidade delas,
em que pese o reconhecimento da existência de irregularidade, o que
ensejaria, à vista da seriedade republicana e democrática, a impugnação da candidatura
que não estivesse de acordo com a legislação eleitoral, caso isso acontecesse
em país com o mínimo de seriedade e evolução, em termos políticos e democráticos.
A
mencionada autoridade simplesmente dar a entender e é exatamente isso que ele
tem certeza de que está lidando com um bando de frouxos, que são derrotados por
meio de processo fraudulento, falsificado, mas esses políticos são medrosos e
acovardados, por não esboçarem a mínima reação no sentido de obrigar que
haja a devida transparência da operacionalização das urnas eletrônicas e a
imediata solução dos problemas existentes no processo pertinente, conforme o
reconhecimento assim pela principal autoridade eleitoral.
Fica-se
a imaginar que espécie de políticos são esses que sabem que foram derrotados
por processo fraudulento, assim reconhecido pela principal autoridade da Justiça
eleitoral, mas não têm qualquer
iniciativa de recorrer e exigir explicações, justificativas e a devida correção
das fraudes e das irregularidades.
Que
país é este, meu Deus, em que políticos apanham feio nas urnas, por meios
sujos, e não conseguem reagir à altura, mesmo diante da confissão da existência
de fraude?
Cadê
a dignidade e o caráter dos candidatos derrotados, que ficam sabendo da
existência de fraude no processo eleitoral, por meio absolutamente fidedigno,
logo pelo presidente do órgão incumbido de processar e apurar os votos das últimas
eleições e simplesmente se silencia, e nada fazem na busca da verdade sobre os
acontecimentos eleitorais?
Esses
políticos têm sim o único merecimento à altura da sua falta de personalidade e
dignidade políticas, no sentido preciso de serem desprezados pelo povo, em
definitivo, porque eles não se merecem como representantes de ninguém,
principalmente dos brasileiros honrados e dignos, que demonstraram integral apoio
a eles, nas últimas eleições, mas tiveram o desprezo como resposta.
Brasília, em 23 de junho de 2023
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