sexta-feira, 23 de junho de 2023

O reconhecimento de fraude?

 

Conforme vídeo que circula nas redes sociais, o presidente do principal órgão da Justiça eleitoral admite claramente que houve fraude em uma candidatura presidencial, mas isso não altera em absolutamente nada o status quo, segundo o pensamento dele, como se nada de anormal tivesse acontecido.

À toda evidência, esse fato só evidencia a podridão moral e republicana predominante nas consciências dos ministros da corte eleitoral, que simplesmente considerou regular o processo em julgamento, mesmo com o reconhecimento da existência de fraude, nos termos do pronunciamento daquela autoridade, à vista do texto transcrito a seguir.

Eu não entro na discussão em relação se ficou 30 vírgula alguma coisa, se seria fraude ou não. Eu me reservo outro momento em analisar isso. Eu entendo que houve fraude, mas o voto médio acaba sendo o voto do eminente ministro relator.”.

Sem dúvida alguma, causa enorme perplexidade a principal autoridade da Justiça eleitoral reconhecer publicamente que houve fraude no processo eleitoral e que ele não está nem aí para o devido saneamento da gravíssima irregularidade, ante o ferimento da legislação de regência da espécie.

Vejam que o presidente do órgão eleitoral é claríssimo em afirmar, verbis: “Eu entendo que houve fraude,”, quando o tribunal examinava a regularidade de candidaturas presidenciais, mas terminou prevalecendo a regularidade delas, em que pese o reconhecimento da existência de irregularidade, o que ensejaria, à vista da seriedade republicana e democrática, a impugnação da candidatura que não estivesse de acordo com a legislação eleitoral, caso isso acontecesse em país com o mínimo de seriedade e evolução, em termos políticos e democráticos.  

A mencionada autoridade simplesmente dar a entender e é exatamente isso que ele tem certeza de que está lidando com um bando de frouxos, que são derrotados por meio de processo fraudulento, falsificado, mas esses políticos são medrosos e acovardados, por não esboçarem a mínima reação no  sentido de obrigar que haja a devida transparência da operacionalização das urnas eletrônicas e a imediata solução dos problemas existentes no processo pertinente, conforme o reconhecimento assim pela principal autoridade eleitoral.

Fica-se a imaginar que espécie de políticos são esses que sabem que foram derrotados por processo fraudulento, assim reconhecido pela principal autoridade da Justiça eleitoral,  mas não têm qualquer iniciativa de recorrer e exigir explicações, justificativas e a devida correção das fraudes e das irregularidades.

Que país é este, meu Deus, em que políticos apanham feio nas urnas, por meios sujos, e não conseguem reagir à altura, mesmo diante da confissão da existência de fraude?

Cadê a dignidade e o caráter dos candidatos derrotados, que ficam sabendo da existência de fraude no processo eleitoral, por meio absolutamente fidedigno, logo pelo presidente do órgão incumbido de processar e apurar os votos das últimas eleições e simplesmente se silencia, e nada fazem na busca da verdade sobre os acontecimentos eleitorais?   

Esses políticos têm sim o único merecimento à altura da sua falta de personalidade e dignidade políticas, no sentido preciso de serem desprezados pelo povo, em definitivo, porque eles não se merecem como representantes de ninguém, principalmente dos brasileiros honrados e dignos, que demonstraram integral apoio a eles, nas últimas eleições, mas tiveram o desprezo como resposta.

Brasília, em 23 de junho de 2023

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