quarta-feira, 21 de junho de 2023

Em defesa da inteligência?

Conforme mensagem divulgada em grupo de WhatsApp, uma pessoa declarou o seguinte: “Devemos lembrar que o nosso irmão (omiti nome), criador do grupo, havia dito que algumas postagens que podem criar polêmicas devem ser evitadas no grupo. De tanto ele dá murro em ponta de faca, alertando quanto a essas mensagens, somando a outros problemas, acabou afetando a sua saúde e afastando-se do grupo. Somos maduros o suficiente para distinguir o que podemos, ou não podemos postar neste seleto grupo.”. 

Diante dessa lembrança, eu disse que, se eu afirmar que respeito integralmente a opinião do querido e admirável amigo, não estou sendo sincero, porque jamais eu acreditaria que alguém iria se estressar, a ponto de ter a saúde afetada, somente porque teria havido o constrangimento em razão de postagens de mensagens, vídeos ou outros assuntos que foram considerados estranhos ao sentimento dos veteranos da amada Turma 162.

É preciso se admitir, queira ou não, que o resultado do que somos hoje tem tudo um pouco do que foi forjado nos velhos tempos dos bancos escolares da amada Escola de Especialistas de Aeronáutica, principalmente em termos de conhecimentos para o necessário embate da longa e tenebrosa jornada enfrentada décadas depois da ultrapassagem de seus muros.

Como, então, alguém ter condições de negar que o que somos hoje não seja fruto daquele maravilhoso e glorioso passado de entusiastas alunos?

Como querer sepultar a nossa linda história, de nos obrigar a falar aqui somente assuntos que se reportam aos idos de 1973 e 1964, se nós continuamos sendo eternos aprendizes iniciados naqueles fantásticos momentos que nos emocionam sempre quando nós nos lembramos de nossas honradas façanhas de sonhos?

Fico muito triste em ver pessoas inteligentes não se orgulharem de negar o nosso passado e o que somos de verdade: o produto daquela linda escola, que nos orgulhamos em dizer que estivemos lá, como aluno?

Toda essa reflexão é para dizer que o sentimento de cada aluno, não importando se a notícia, a mensagem ou assunto diga respeito diretamente àqueles anos dourados, não importa, porque eles ressoam em nós tudo que se originou na escola.

Vale esclarecer que essa interpretação muito pessoal vai depender da aceitação de quem achar que deva limitar a liberdade de expressão, por questão de foro íntimo, que é compreensível, em respeito à evolução ínsita da humanidade, mas não por imposição lógica, uma vez que não tem o menor cabimento, em termos justificáveis, que a existência do cumprimento de exigência sem a menor serventia, quando não foi apresentada uma única motivação plausível para se negar o pleno direito à liberdade de expressão, o que vale se afirmar que isso jamais poderia ensejar a doença de ninguém, porque, ao se admitir isso, estaríamos negando o nosso direito de inteligência.

            Brasília, em 19 de junho de 2023 

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