quinta-feira, 8 de junho de 2023

Vexame?

              Conforme mensagem mostrada em vídeo que circula nas redes sociais, consta que o presidente do país foi ridicularizado com apupos de baixo calão.

Nesse vídeo há a mensagem nestes termos: “Vaiado! Nordestinos botam Lula pra correr em evento do Agro, sob grito de ladrão. Nordestinos botam Lula pra correr e Globo tenta esconder: petista passou o maior vexame da sua vida.”.

Acredita-se que a expressão "o petista passou o maior vexame da sua vida" somente se aplica por quem realmente tem vergonha por causa das suas atitudes, inclusive na vida pública.

A pessoa que foi julgada e condenada à prisão, pela prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, exatamente por não ter conseguido provar a sua inocência junto à Justiça e à sociedade e ainda se julga a pessoa mais inocente do planeta, vai se envergonhar por coisa alguma?

Somente pessoa digna e honrada teria condições de "passar o maior vexame", quando chamado de ladrão, em público, precisamente porque não deve nada e não se envergonharia do seu passado limpo, com direito a enfrentar a sociedade de peito aberto.

Isso que aconteceu com esse político vem se tornando corriqueiro, por onde ele aparece, exatamente porque ele somente deveria retornar às atividades políticas depois de limpar seu nome perante a Justiça brasileira, onde ainda tramitam contra ele vários processos contendo denúncias sobre suspeitas da prática de atos irregulares, sob a autoria dele.

Em um país com o mínimo de seriedade do seu povo, político nas condições dele jamais teria condições de praticar atividades políticas, enquanto não apresentasse a sua ficha limpa perante a sociedade, uma vez que é condição obrigatória a comprovação de conduta ilibada e idoneidade, na vida pública, caso que é impossível de acontecer com ele.

Nesse caso, é preciso se atribuir responsabilidade ao povo que apoia pessoa em pleno declínio de moralidade, com envolvimento em causas pendentes de julgamento na Justiça.

À toda evidência, não se compreende, à vista da visível falta de justificativa plausível, que pessoa maculada por seus atos de monstruosa deformidade prejudicial ao erário seja aceita, pasmem, como o principal gestor dos orçamentos públicos do Brasil, quando o seu instinto de mau administrador de recursos públicos foi devidamente comprovado por investigações da Polícia Federal, chancelado pelo Ministério Público e confirmado pela Justiça brasileira, na forma de sentenças condenatórias à prisão, por decorrência de atos de malversação de dinheiro público.

Assim, diante desses fatos de extrema indignidade, dificilmente alguém, sem que tivesse a hombridade para justificar o seu desempenho prejudicial à coisa pública, reaja, à luz da sinceridade, aos apupos dos populares com o sentimento de vexame, porque isso é próprio de quem tem sensibilidade aos princípios da dignidade e da honestidade, que são próprios das pessoas imaculadas.

Brasília, em 8 de junho de 2023


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