Diante de vídeo que circula nas
redes sociais, com mensagem analisando o desempenho do último ex-presidente do
país, uma pessoa escreveu a seguinte mensagem: “Presidente verdadeiro e sem
lero-lero, sem mentiras, e que defendia seu povo com unhas e dentes, aliás,
lembrando bem que foi nessa mesma reunião que o traíra do (omiti o nome)
se levantou e saiu por estar no ‘governo errado’, como disse o (omiti o nome)!
Lembrando também que essa reunião particular só com Ministros, jamais deveria
ter sido exibida ao público, como fez o sacana ex-ministro (omiti o nome),
com o intuito de acabar com a reputação do ex-Presidente (omiti o nome).”.
Na
verdade, a beleza da consciência cívica consiste exatamente no direito de as
pessoas pensarem e se expressarem livremente, evidentemente cada qual tendo
a oportunidade para expor as suas opiniões, mesmo que elas tenham somente
a sua verdade, porque, enfim, é isso que importa.
A
princípio, na administração pública, a regra é a transparência, ex-vi do
disposto no art. 37 da Constituição, o que vale dizer que nenhuma reunião do
governo deve ser classificada como sigilosa, salvo se o objeto dela for para
tratar de assuntos estratégicos de segurança nacional ou outro assunto de
extrema importância cuja divulgação possa comprometer os interesses do
Brasil.
Em
governo com o mínimo de seriedade e especialmente compromissado com o interesse
público, todos os seus atos precisam ser transparentes, como forma da
necessária evidenciação da lisura e da regularidade, em consonância com os salutares
princípios republicanos e democráticos.
A partir da resistência à transparência dos
atos da administração, a expectativa que se tem é a pior possível, diante da
possibilidade de haver algo ruim que precisa ser escondido, evitado ao
conhecimento da opinião pública e da sociedade em geral, exatamente para a
injustificável proteção de algo ou de alguém e isso é péssimo e muito ruim para
a imagem do governo, que tem a permanente obrigação constitucional da
transparência de seus atos.
Por seu turno, a história mostra que o
ministro da Justiça deixou o cargo por divergência com o presidente do país,
quando ele pretendia mudar a direção da Polícia Federal, que possibilitaria a
mudança do superintendente do órgão, no Rio de Janeiro, que investigava
suspeitas de prática de irregularidades envolvendo filhos do presidente, mais
especificamente com relação a suspeitas sobre a prática das famosas “puxadinhas”,
nos gabinetes deles.
Esse imbróglio terminou muito ruim para o
governo, posto que ele conseguiu realizar o seu intento, justamente logo depois
da saída do ministro.
Isso
é fato verdadeiro, que precisa ser dito e ficar às claras.
Por
fim, é bom tom que fique bastante claro que, se o último presidente do país defendesse
o seu povo, ele jamais teria ficado calado, depois das eleições, quando ele se
recolheu, em estrondoso silêncio, no conforto da sua residência presidencial,
dando às costas para os apelos veementes dos seguidores dele, que ficaram, por
mais de sessenta dias, sob impiedoso e cruel relento, submetidos às intempéries
de chuvas, tempestades, sol inclemente e outras dificuldades, sem que eles
tivessem o merecimento de qualquer satisfação por parte do mandatário do país,
a não ser a negativa da intervenção militar, que poderia ter salvo o Brasil das
tragédia da desgovernabilidade atual.
Essa
omissão, além de ser a prova da falta de sentimento verdadeiro pelo povo, é a
prova irrefutável e indiscutível da falta de amor à pátria e aos brasileiros,
uma vez que a entrega do poder ao nefasto sistema dominante, visivelmente
alinhado com a índole da desonestidade e dos esquemas criminosos, à vista dos
escândalos investigados e julgados, que são do conhecimento geral.
O
certo mesmo é que o último ex-presidente, depois de ter fugido do país, antes
do término do mandato, até agora, não se dignou a esclarecer e justificar, como
é do seu dever, a inadmissível negativa da intervenção militar, que tinha
amparo no artigo 142 da Constituição e era absolutamente necessária, quando a
medida possibilitaria a verificação sobre a regularidade das últimas eleições,
a despeito de inúmeras denúncias sobre suspeitas de irregularidades na
operacionalização das urnas eletrônicas.
A
verdade mostra triste e deplorável fim de político que foi muito mais
aproveitador do poder do que benfeitor das causas de interesse do povo, em
especial por ter entregue o Brasil, sem resistência alguma, como era seu dever
em contrário, ao domínio do sistema das trevas.
Espera-se
que os brasileiros honrados e dignos se conscientizem sobre a verdade dos
fatos, de modo que os político-administrativos sejam avaliados segundo o mérito
do seu legado, inclusive no que diz respeito aos seus erros e omissões
prejudiciais ao Brasil e aos brasileiros.
Brasília, em 25 de junho de 2023
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