quinta-feira, 22 de junho de 2023

O elogio

 

O elogio sempre caminhou junto com a humanidade, sendo praticamente seu irmão siamês.

Ou seja, o homem precisa do elogio para alimentar o seu ego e até o seu egoísmo, porque ele é uma espécie de seiva que nutre o sentimento inerente à satisfação da vida.

A verdade é que o elogio pode contribuir sim para a elevação espiritual do homem, em especial quando ele realmente fizer sentido, para comprovar o mérito da ação praticada em nome do bem e do amor, mas isso não pode corresponder senão como mensagem de estímulo, em aprovação daquilo que traduz as ações de bem-aventurança, em benefício do próximo, segundo os sagrados ensinamentos do Evangelho de Jesus Cristo.

Com certeza, os elogios imerecidos somente contribuem para a distorção da verdade e ainda contribuem para potencializar a mediocridade, quando o elogiado se convence  de que ele é realmente merecedor de aplausos, mesmo não fazendo jus a absolutamente nada.

Diante disso, convém que os elogios sejam dados em situação depois de meticulosamente avaliada, quanto à real necessidade para o seu cabimento, em caso devidamente sopesado e concluído quanto à sua pertinência, em especial, como forma de valoração do reconhecimento e da gratidão.

Sim, é sempre maravilhoso que haja elogio, como valioso mecanismo de estímulo por algo realizado em benefício da humanidade e isso é salutar e compreensível, por fazer parte da natureza e da existência do homem.

Sim, é preciso muito cuidado com os elogios, para se evitar que eles possam servir para o desvirtuamento da sua verdadeira finalidade.

Sim, o elogio condiz em sintonia com a virtude do merecimento, em forma de esfinge que nada mais é do que a alma de quem é louvado, em justa confirmação do mérito.

Brasília, em 22 de junho de 2023

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