O
elogio sempre caminhou junto com a humanidade, sendo praticamente seu irmão
siamês.
Ou
seja, o homem precisa do elogio para alimentar o seu ego e até o seu egoísmo,
porque ele é uma espécie de seiva que nutre o sentimento inerente à satisfação
da vida.
A
verdade é que o elogio pode contribuir sim para a elevação espiritual do homem,
em especial quando ele realmente fizer sentido, para comprovar o mérito da ação
praticada em nome do bem e do amor, mas isso não pode corresponder senão como
mensagem de estímulo, em aprovação daquilo que traduz as ações de
bem-aventurança, em benefício do próximo, segundo os sagrados ensinamentos do
Evangelho de Jesus Cristo.
Com
certeza, os elogios imerecidos somente contribuem para a distorção da verdade e
ainda contribuem para potencializar a mediocridade, quando o elogiado se
convence de que ele é realmente merecedor de aplausos, mesmo não fazendo
jus a absolutamente nada.
Diante
disso, convém que os elogios sejam dados em situação depois de meticulosamente
avaliada, quanto à real necessidade para o seu cabimento, em caso devidamente
sopesado e concluído quanto à sua pertinência, em especial, como forma de
valoração do reconhecimento e da gratidão.
Sim,
é sempre maravilhoso que haja elogio, como valioso mecanismo de estímulo por
algo realizado em benefício da humanidade e isso é salutar e compreensível, por
fazer parte da natureza e da existência do homem.
Sim,
é preciso muito cuidado com os elogios, para se evitar que eles possam servir
para o desvirtuamento da sua verdadeira finalidade.
Sim,
o elogio condiz em sintonia com a virtude do merecimento, em forma de esfinge
que nada mais é do que a alma de quem é louvado, em justa confirmação do mérito.
Brasília, em 22 de junho de 2023
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