Conforme vídeo que circula nas redes sociais, o último
ex-presidente do país concedeu rápida entrevista à imprensa, para cobrar
coerência da Justiça e respeito às leis pátrias, ante o julgamento, hoje, do
caso que se refere à sua reunião com embaixadores estrangeiros, para denunciar
o processo eleitoral brasileiro.
Diante do antagonismo político-ideológico, entre ele
e o sistema judiciário, poderá não haver surpresa se o ex-mandatário brasileiro
perder seus direitos políticos, se tornando inelegível.
Infelizmente,
tudo indica que o ex-presidente do país pode vir a ser julgado e condenado por
crimes que nem teria efetivamente praticado, em termos de infração à legislação
eleitoral.
O
que está em jogo, na verdade, é a oportunidade para torná-lo inelegível, pouco
importando se ele tem culpa formada ou não, porque o que interessa mesmo é afastá-lo
da disputa eleitoral, como forte político que ele representa junto ao
eleitorado brasileiro.
Qualquer
processo em que o ex-presidente for julgado, não há a menor dúvida de que a condenação
será fatal e sempre por unanimidade, diante da falta de consistência dos
argumentos apresentados por ele, que serão assim considerados exclusivamente
sob o prisma do comportamento dele na disputa travada com ministros de
tribunais superiores, com a bestial e exclusiva finalidade de se saber quem
tinha mais poder na República tupiniquim.
Como
ele perdeu a aludida disputa, tanto que ele deixou o governo, o sistema
dominante vai deitar e rolar sobre tudo que for julgado contra ele, porque essa
é a regra firmada e imposta para o perdedor, que tem todo direito de
estrebuchar, mas deve mesmo se conformar com as decisões negativas
reiteradamente impostas contra ele.
De
certa forma, a ação em causa deve representar importantíssima lição para o
ex-presidente, uma vez que ele poderia jamais ter que passar por tão gigantesco
constrangimento político, caso ele tivesse decretado a intervenção militar,
quando muitas questões importantes possivelmente poderiam ter sido saneadas e
resolvidas, inclusive o maléfico abuso de autoridade, sob o crivo do qual ele é
obrigado a se submeter, sem a menor condição de escapatória, diante da sua
inferioridade de poder, na atualidade.
Infelizmente,
esse preço altíssimo é inevitável, nas circunstâncias, exatamente por conta da
insensibilidade política, que poderia, hoje, ser tudo deferente, caso o
ex-presidente tivesse decidido pela garantia da lei e da ordem, na forma do
disposto no art. 142 da Constituição.
Enfim,
por se tratar de fato irrelevante, o bom senso e a racionalidade aconselhariam
que o motivo da ação em julgamento poderia levar, se muito, à clássica
advertência ao acusado, mas o antagonismo político institucionalizada de ambas
as partes sinaliza para a pena máxima, qual seja, a perda dos direitos políticos,
como forma de afastá-lo das atividades políticas.
Brasília, em 22 de junho de 2023
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