De
repente, todos os generais, em especial, aqueles que bradavam em alto som o
sentimento de brasilidade e amor à pátria ficaram cegos à barbárie e aos
absurdos consistentes em decisões e atos anticonstitucionais, próprios de
violação dos direitos individuais e democráticos, como o livre protesto, por
exemplo, quando milhares de cidadãos de bem foram presos sem terem cometido
crime algum, salvo o de tentarem lutar por ideais em defesa do melhor para o Brasil.
Apenas
isso, tudo praticado com o melhor dos propósitos, em perfeita harmonia com o
regramento jurídico do país, que assegura o direito de manifestação e protestos,
em respeito aos princípios republicanos e democráticos.
Todos
aqueles generais, inclusive alguns que diziam que não ia haver posse do candidato
eleito, se tornaram moucos aos gritos de verdadeiros brasileiros, implorando
pela atenção das Forças Armadas para o descalabro que sinalizava para lúgubres os
destinos do Brasil, diante de tantos atos e decisões decorrentes de abuso de
autoridades, usurpação do poder e, em especial, quanto às fortes suspeitas de
irregularidades na operacionalização das urnas eletrônicas, à vista de inúmeras
denúncias que circulavam nas redes sociais.
Esses
fatos ensejavam premente intervenção militar, tendo por base o disposto no
artigo 142 da Constituição, que autoriza a garantia da lei e da ordem, quando
elas tinham sido negadas, na forma da transparência das urnas eletrônicas aos
militares, que queriam acesso aos “códigos-fontes”, mas receberam, como
resposta, o silêncio da Justiça eleitoral.
Enfim,
o que levaram ao acovardamento de tantos bravos generais e autoridades que
mostravam espírito de coragem e disposição para defenderem os interesses do
Brasil?
Não
obstante, esse altruísmo não resistiu à prepotência esmaecida diante da perda
do poder, fato que mostra a superficialidade da mentalidade desses militares
estrelados e autoridades, que aparentavam somente ter voz de comando e bravura
sob a influência do poder, conquanto, agora, desprovidos de suas principais
armas da arrogância artificial, eles decidiram se recolher às suas
insignificâncias, dando a entender que eles nunca existiram.
Essa
mesma forma também foi eleita pelo líder deles, que se enclausurou no Palácio
do Planalto, depois das eleições, em sepulcral silêncio, em total desprezo e
desrespeito aos seus fiéis apoiadores, que imploraram por socorro por parte
dele para a salvação do Brasil.
Naquela
mesma linha de atuação, também se ouviu o estrondoso silêncio como resposta,
como se a situação do Brasil estivesse às mil maravilhas, quando o precipício
apenas se aprofundava perigoso e drasticamente, vislumbrando terríveis
dificuldades para o Brasil e os brasileiros com a volta da parte decomposta da
política brasileira ao poder.
Na
verdade, prevaleceram a incompetência e a imprudência, quando os (ir)
responsáveis pelo governo de então consentiram que o melhor para o Brasil seria
realmente entregá-lo ao comando das trevas, dando a entender isso teria sido
forma espetacular e implícita de vingança por não ter sido vitorioso o projeto
de reeleição, quanto mais que isso combina perfeitamente com a inusitada e
injustificável reclusão, quando antes das eleições nunca havia sequer
insinuação de recolhimento aos aposentos presidenciais, por motivo que fosse.
Enfim,
o sumiço dos generais e das principais autoridades que bradavam amor
incondicional ao Brasil somente mostra que tudo fazia parte de estereótipos de script
aplicável propriamente enquanto se estar no poder, perdendo completas
eficiência e eficácia depois dele, quando também quedaram, infelizmente, os
valores e a grandeza do Brasil e dos brasileiros.
Brasília, em 13 de junho de 2023
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