Segundo
reportagem da revista VEJA, as novas acusações, desta vez da Polícia Federal e
do doleiro do PMDB, o presidente da República fica cada vez diminuído no cargo,
que teria conseguido resistir à renúncia, no início da avalanche das denúncias
do empresário da JBS.
A
referida matéria ressalta que “Desde que
seu governo foi atingido na testa pela delação do empresário Joesley Batista, o
‘bandido notório’, o presidente Michel Temer nunca viveu uma semana tão
desastrada.”, ao se reportar à semana passada, quando o presidente se
encontrava em viagem no exterior.
A
revista esclarece que “A Polícia Federal,
encerrando uma etapa das investigações da delação, concluiu que existem
evidências ‘com vigor’ mostrando que Temer praticou ato de corrupção. Além
desse petardo, o operador Lúcio Funaro, conhecido como doleiro do PMDB, começou
a abrir o bico, (...). Entre outras acusações, disse que o partido mantinha uma
quadrilha para abocanhar verbas da Caixa Econômica Federal — e Temer era quem
fazia a distribuição dos recursos surrupiados.”.
A
reportagem é concluída com a se seguinte afirmação: “O presidente Temer, mesmo no exterior, encerrou a semana menor do que
começou. Com denúncias e acusações surgindo em ritmo quase diário, Temer é hoje
um presidente moralmente acossado, politicamente fragilizado e
administrativamente atordoado, pois seu governo despende mais energia com a
polícia do que com a política. Está se apequenando institucionalmente, obrigado
a se explicar a todo instante, instado a bater boca com quem chama de ‘bandido
notório’ e testemunhando a agonia de amigos. E sua situação tende a piorar
ainda mais.”.
Os fatos mostram que, em termos de administração
pública, o país não poderia estar em pior situação de governabilidade ou
ingovernabilidade, ante a completa degeneração dos princípios da administração
pública, quando o seu principal condutor se encontra absolutamente cercado de
más notícias e desqualificado quanto ao fator confiabilidade, a transmitir ao
mundo e principalmente ao mercado financeiro, que não acredita mais nele.
No caso, o presidente do país se encontra ilhado
por acusações de irregularidades de todos os matizes, inclusive a de maior gravidade
de corrupção, com o envolvimento de recursos públicos, fato que o obriga a se
dedicar à inoportuna tarefa de se explicar constantemente sobre atos
gravíssimos cuja autoria lhe é atribuída.
Não poderia haver quadro pior para a nação do que
essa de desmoralização do principal agente público, porque isso somente
contribui para agravar as crises social, moral, política, econômica e
administrativa, ante a falta de confiança para investimentos em atividades produtivas,
fato que é péssimo para a recuperação econômica, que vem de recessão e ainda
enfrenta alta taxa de desemprego, precisando urgentemente de boas notícias para
sair, em definitivo, dessa precária e incômoda situação.
Conquanto o presidente do país agoniza sem
alternativa de superação, em curto prazo, por suas forças, porque os fatos
tendem a se potencializar contra ele, diante as reais denúncias prestes a serem
formuladas pelo procurador-geral da República, não se vislumbra a menor
possibilidade do surgimento de solução e muito menos de aparecer alguém com
capacidade e condições para assumir a importante tarefa de pôr o país no trilho
da retomada da normalidade político-administrativa.
A
verdade é que os políticos, considerados de maior liderança do país, estão
igualmente envoltos com acusações sobre a prática de irregularidades, fato que
acena para o enfrentamento de longa tempestade no cenário político, com
consequências desastrosas, principalmente para a economia, diante da falta de
esperança de melhora do preocupante quadro de desemprego, que tem sido
verdadeiro martírio para os brasileiros.
Os brasileiros anseiam por que os fatos que pesam
sobre os ombros do presidente da República sejam investigados, julgados e
solucionados com a maior celeridade possível, de modo que a verdade seja posta
à mesa o quanto antes, para se permitir que a normalidade da vida
político-administrativa da nação seja alcançada urgentemente e que cessem
imediatamente os danos causados ao patrimônio do Brasil, por força da degeneração
dos princípios da administração pública. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 25 de junho de 2017
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