quinta-feira, 1 de junho de 2017

O próprio veneno

Um importante cidadão venezuelano, que era dos mais ferrenhos defensores do legado do ex-presidente mentor da Revolução Bolivariana e assessor político da Assembleia Nacional para Ciência e Tecnologia, com especialidade em conflitos armados, tornou-se mais uma vítima, segundo fontes ouvidas por VEJA, da agudíssima crise hospitalar, chegando a falecer, em razão da falta de remédios, que não foram encontrados no país.
O referido bolivariano, que também era filósofo por formação e líder do Movimento Revolucionário Tupac Amaru, na Venezuela, que coordena atividades de alguns dos principais grupos de paramilitares chavistas, era tão importante em revolução que a Justiça de, pelo menos, 15 países o procuravam.
          O chavista faleceu após ter sido submetido a operação na vesícula, aparentemente de pouca ou nenhuma gravidade médica, salvo quanto à inexistência de medicamentos, por mais simples e popular que seja, não importando nem mesmo a relevância da autoridade, porque a falta de remédios é realidade que pode alcançar a toda população
Sabe-se que o citado revolucionário defendia com bravura o chavismo, mas era ardoroso crítico do governo do atual presidente, que o culpava pelo fracasso das políticas adotadas pelo antecessor dele.  
          Se o presidente daquele país é alienado sanguinário, o revolucionário defendia as lutas violentas, clandestinas, armadas e também na via eleitoral.
Ele defendia a violência como arma política, tendo dito que estava sempre ao lado do proletariado, mesmo que seja na ilegalidade ou agora na legalidade, como diz que está o país sendo governo com truculência arrasadora.
No caminho escolhido pelo governo, que se encontra mergulhado em profundas crises, ele chegou a dizer que, agora, a revolução está ameaçada e, em breve, a Venezuela voltará para a luta clandestina, uma vez que, no dizer dele, a democracia está ameaçada.
É mais que risível que os revolucionários ainda tenham a hipocrisia de denominar a torpeza da ditadura de democracia, como fazem com a maior naturalidade os tiranos e seus seguidores.
A principal e mais forte doença existente na Venezuela e a cegueira, que acometeu, em especial, os revolucionários bolivarianos, que são os únicos que não enxergam as precariedades representadas pela administração desastrada e causadora da violência que impera contra a sociedade, que perdeu o usufruto dos direitos à individualidade e à liberdade de cidadania livre.
Não se pode olvidar que a implantação desse famigerado e desastrado modelo socialista/comunista teve o incentivo político e financeiro dos governos petistas, o que vale dizer que o Brasil tem importante parcela de culpa pela desgraça disseminada contra os venezuelanos, cuja decadência poderia ter sido implantada também entre nós, nos moldes de tal projeto criminoso e destruidor dos princípios democráticos.
O caso sob exame pode ser comparável ao escorpião, que é capaz de se matar com o próprio veneno, embora a versão verdadeira seja dissonante dessa, em que a falta de remédios contribuiu para a morte de participante da Revolução Bolivariana, que permitiu que faltasse tudo naquele país, inclusive remédios.
A propósito, pode-se afirmar que nenhum regime socialista/comunista tenham sido capaz de propiciar senão a felicidade exclusiva da classe dominante, enquanto a população é desassistida e submetida aos maus-tratos da privação dos elementos essenciais à sobrevivência, a exemplo do regime pútrido e desumano da Venezuela, ante às péssimas condições por que passa seu povo, que se encontra em terrível situação de sofrimento e martírio, em face da falta de alimentos e remédios, ficando indefeso e impotente, à mercê da insensatez dos revolucionários, que permitem que até seus líderes também morram por falta de remédios.
Diante da morte, por falta de remédios, de importante líder revolucionário, o que se pode imaginar sobre o que pode estar acontecendo com a população indefesa e desprotegida daquele país, quando se sabe que ali impera tremenda escassez de tudo, em descomunal escala?
Causa perplexidade que ainda existem idiotas, alienados e ingênuos que se dispõem a apoiar governo ditatorial, sanguinário e desumano, que menospreza os direitos humanos e os princípios democráticos, impingindo gigantesco martírio à população, que tem tratamento visivelmente de absoluta perversidade.
Os revolucionários bolivarianos vão passar para a história como verdadeiros alienados e imbecis do século XXI, que conseguiram arrasar o país e estão tentando, em esforço inútil, achar o inimigo que são eles próprios. 
No caso do líder-chavista que morreu justamente por falta de remédios, não poderia haver melhor remédio para o caso dele, que mostra, na prática, exatamente a execução do velho ditado, segundo o qual: "quem com ferro fere, com o ferro será ferido".
É evidente que esse caso singular conspira, de forma bastante prejudicial, contra o regime bolivariano, por mostrar, com muita clareza e propriedade, as vísceras podres, doentias e cancerosas de governo medíocre, sanguinário e desumano, que tem contribuído às claras para o martírio, infortúnio e morticínio de seu povo, que vem lutando bravamente, embora de forma impotente, para denunciar ao mundo essa terrível situação de muita dificuldade, diante da truculência adotada contra os protestos das pessoas insatisfeitas com o governo horroroso, que conseguiu conduzir a nação progressista, possuidora das substanciais reservas de petróleo, ao extremo sacrifício, levando com ela a destruição de seu povo, conforme mostram os fatos, que denunciam os maus-tratos ao ser humano, por meio do insuportável desabastecimento de produtos essenciais à vida, notadamente alimentos e remédios.
Diante da situação de calamidade humana e de precariedades política, econômica e administrativa da Venezuela, em que a população é vítima da destruição das estruturas do país que era amado e defendido pelos governos petistas, convém que os brasileiros, no âmbito da sua responsabilidade patriótica, reflitam sobre a desgraça que se abateu sobre os venezuelanos, para o fim de eliminar das atividades políticas, no Brasil, os partidos simpatizantes e defensores desse abominável regime socialista, que foi capaz de conduzir aquela nação, literalmente, ao fundo do abismo. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES

Brasília, em 1º de junho de 2017

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