Em demonstração de desacordo com a Assembleia
Nacional Constituinte convocada pelo presidente da Venezuela, um general da
reserva daquele país renunciou ao cargo de assessor do governo.
O citado oficial exercia o cargo de Secretário de
Defesa Nacional e, na ocasião da renúncia, disse o seguinte: “A decisão tem relação com meu desacordo com
o procedimento utilizado para convocar e eleger uma Assembleia Nacional
Constituinte”.
Não obstante, agindo em consonância com a
governança da tirania, o ministro da Defesa e chefe das Forças Armadas reiterou
seu apoio ao processo de que trata a Constituinte, que será eleita em 30 de
julho, em que pese a rejeição manifestada pela oposição e expressiva parte dos
venezuelanos, que protestam contra o governo e já anunciaram que não participarão
desse abominável artifício anticonstitucional.
Entrementes, analistas eleitorais avaliam que a
votação setorial, que vai escolher a maioria dos membros da aludida Assembleia,
tem o condão de buscar o fortalecimento do chavismo, que perde força e ultimamente
agoniza, diante dos maus-tratos e da truculência impostos pela tirania
governista.
É
muito estranho que o Estado já bastante degenerado, depauperado e completamente
destruído pelo desgaste da incompetência administrativa, o ministro da Defesa e
comandante das Forças Armadas ainda demonstre insensatez ao apoiar o governo
desastroso da Venezuela, que foi capaz de destruir a dignidade do povo daquele
país, ao impor, de forma visivelmente cruel e ditatorial, a miséria, o martírio
e o sofrimento aos venezuelanos, que estão sendo simplesmente trucidados.
O
país, na situação de destroço que se encontra, nunca esteve tão carente de
pessoas equilibradas, sensatas e sensíveis às reais dificuldades por que vivem
os venezuelanos, com a finalidade de se dá basta às atrocidades e aos massacres
protagonizados pelo governo tirânico, truculento, incompreensível e desumano,
como forma de pôr limites às arbitrariedades contra os princípios democráticos
e os direitos humanos, onde há violento desrespeito aos direitos civis, às
individualidades e às liberdades de pensamento e de expressão, além de possibilitar
o retorno da nação aos níveis de civilidade, em respeito aos princípios
humanitários.
É
absolutamente incompreensível que as Forças Armadas sejam tão incompetentes, a
ponto de não conseguir enxergar a realidade vivenciada naquele país, que se encontra
submergido em terrível estado negro e perverso da crueldade praticada, às
claras, contra os venezuelanos, embora elas estejam acontecendo de forma impune
e a todo momento, numa sucessão de violência absolutamente absurda e
inadmissível, conforme mostram os meios de comunicação, que vêm denunciando o
peso da insensatez e da insensibilidade da tirania sobre os venezuelanos.
Diante
desse estado de indiscutível letargia da consciência cívica dos venezuelanos,
não há a menor dúvida de que a tendência é piorar cada vez mais a deplorável e
caótica situação daquele país, que se encontra em eterna agonia diante das gritantes
irracionalidade, insensatez e insensibilidade das autoridades venezuelanas, com
destaque para as Forças Armadas, que, em princípio, têm a responsabilidade de
zelar pela normalidade democrática, à vista do seu completo desprezo aos
princípios humanitários, ao se manifestarem em censurável apoio ao governo que
comete atrocidades contra a população.
A situação de calamidade pública, generalizada sob
os efeitos das crises social, moral, política, econômica e administrativa, põe
em extremo perigo a população, ante o visível e progressivo estado de
degeneração social e humanitária, já exige a intervenção naquele país, com base
do Direito Internacional de proteção às pessoas, dos organismos e das instituições
internacionais, a exemplo da Organização das Nações Unidas, para o fim de se
encontrar medidas capazes senão de solucionar em definitivo, mas de minorar o gravíssimo
sofrimento dos venezuelanos. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 20 de junho de 2017
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