Na
crônica intitulada “Falta seriedade ao Brasil”, foi dito que é com o coração
contristado que os paraibanos se despertaram ontem com a surpreendente notícia
da presença da Polícia Federal batendo às portas da residência do governador da
Paraíba e do respeitável Palácio da Redenção, em cumprimento à estarrecedora missão
de apreender elementos alvo de investigações sobre atos irregulares
protagonizados pelo governador anterior ao atual, sob suspeita de ser o
comandante de organização criminosa que desviava, de longa data, recursos públicos
destinados à saúde pública e à educação do estado.
A
propósito, a imprensa classificou de organização criminosa a participação de
políticos paraibanos para desviar recursos dos cofres púbicos, no valor de R$
134,2 milhões, que eram destinados à saúde e à educação, atividades essenciais
à prestação de serviços à população mais carente, em termos de satisfação de necessidades
básicas.
Diante
desse quadro preocupante, envolvendo a atuação de políticos paraibanos, um
seguidor disse o seguinte: “Com perplexidade e tristeza nos chegam essas
acusações sobre próceres importantes da vida pública da Paraíba. A prudência
recomenda cautela, pois, já vimos muitos desses filmes eivados de maquinações
políticas. Vamos aguardar.”.
A
minha resposta à aludida mensagem foi em concordância com o raciocínio de que
se trata, mas é preciso entender também que a Polícia Federal e o Ministério
Público não seriam tão precipitados para encaminhar à Justiça, como fizeram,
pedidos de prisão de autoridades e de busca e apreensão de documentos em
residência e palácio relevantes do Estado da Paraíba, sem que eles não
estivessem profundamente convictos da certeza sobre os resultados das
investigações, sob pena de serem desmascarados por falta de robusteza das
provas constantes dos autos, havendo, por conta disso, possibilidade de os
responsáveis pelas acusações responderem penalmente, em caso de fragilidade das
provas levantadas.
Nessas
condições, é preciso sim ter prudência na avaliação desse imbróglio, por
questão de cautela, mas, por sua vez, é preciso atentar para o fato de que, sem
os fortes indícios e sem os seguros fundamentos que tiveram por sede as
denúncias pertinentes, certamente que a Justiça jamais teria concordando com as
sugestões formuladas pelos referidos órgãos, nos termos dos elementos
constantes da "Operação Calvário - Juízo Final".
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 18 de dezembro de 2019
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