Infelizmente,
o aludido texto foi iniciado dizendo que eu estava plenamente convencido de que
a pretensão de se aprovar o título de “Herói ou Heroína de Uiraúna” é
absolutamente inviável, na atual concepção dos homens públicos, notadamente em
razão da gigantesca dificuldade quanto à compreensão sobre a real importância
dessa figura para o contexto cívico-cultural de um povo, levando-se em conta a
sua finalidade em termos de valorização da história da cidade, que estaria sendo
elevada ao patamar mais sublime o legado daqueles cidadãos que se sacrificaram em
benefício da comunidade.
Nesse
ponto, havia o falso argumento de que alguém já havia sido homenageado com o seu
nome ostentado em um estabelecimento público e isso já seria mais do que
suficiente para não se falar mais sobre o assunto referente à concessão do
título de herói.
Não
obstante, eu reafirmei que é preciso se entender que, mesmo que o cidadão já
tenha sido homenageado, nada pode impedir, à luz do sentimento de gratidão, que
ele volte a ser lembrando, em termos de reconhecimento, tantas vezes quantas
forem necessárias, porque o herói tem direito de ser enaltecido muitas e
repetidas vezes, ainda que isso aconteça reiteradamente, que nada mais é do que
a prova da importância do seu legado, que apenas representa o seu sacrifício em
prol de causa humanitária e nada melhor do que haja redundância salutar nesse
sentido.
Como
é do conhecimento dos uiraunenses, o meu principal herói de Uiraúna, já
destacado por várias vezes, foi homenageado
por mim, por meio de crônicas que somam mais de quinze, todas versando sobre o
mesmo tema de gratidão à sua pessoa, embora sob prismas diferentes, mostrando os
infinitos atributos e qualidades de verdadeiro herói que precisa ter a sua obra
reconhecida e enaltecida, de maneira efetiva e definitiva, porque isso faz
parte da sua consagração como lídimo herói.
Pouco
importa que o cidadão já tenha sido objeto de reconhecimento com o nome de
praça, rua, avenida etc., porque essa manifestação pública só demonstra a sua
relevância e o seu reconhecimento pela sociedade, em forma de gratidão, que é
absolutamente normal e muito bonito quando o gesto evidência o carinho pela
lembrança de alguém que somente se dedicou e se esforçou, em forma de trabalho
e amor ao povo, ao seu semelhante, que tem tudo a ver como a maneira mais pura
de reconhecimento da sociedade, que sabe valorizar a nobreza e a importância da
obra de quem merece ser considerado herói como realmente foi ou ainda é.
Mesmo
que o meu declarado herói já tendo sido homenageado com a aprovação do seu nome
em estabelecimento público, que é fato da maior importância, isso não significa
que ele não possa ser novamente e sempre homenageado, porque o seu legado
implica exatamente que ele seja lembrado sempre que surgir oportunidade e nada
melhor do que considerá-lo herói, diante da maneira reiterada de se dizer que
seu trabalho ficará marcado indelevelmente nos corações das pessoas que compreendem
o real valor da gratidão.
Ou
seja, o cidadão que tem os atributos de herói deve ser enaltecido tantas vezes
que se tornarem necessárias, em se tratando que o seu feito heroico não tem mensuração
senão de ser eternamente evidenciado como modelo para as gerações, porque a sua
obra foi e continua sendo instrumento valioso para a cultura do povo, em qualquer época, cuja
população precisa dos bons exemplos deixados por pessoas heroicas, considerando
que elas só praticaram o bem e este convém que seja disseminado para os quatro
cantos do mundo.
Nessa
questão, o que importa é se criar, em termos de pioneirismo, o título de “Herói
ou Heroína de Uiraúna”, para que todos os heróis possam ser reconhecidos pela população
da cidade como sendo modelos de dedicação, voluntariedade, esforço, abnegação e
amor ao povo da cidade, servindo como exemplo de altruísmo em alguma área cujo
feito se traduza em algo notório e em benefício da sociedade.
Na
verdade, o resgate dos heróis de nossa cidade é obrigação da atual população,
para que eles possam ser lembrados por esta e futuras gerações e isso é da
competência das autoridades públicas que se interessarem pelos valores cultural
e social, que é maneira natural de engrandecimento da sociedade, que pode
encher o peito e dizer em alto e bom som que a sua cidade tem sim muitos heróis
que honraram o nobre sentimento de humanismo.
Uma
cidade que não cuida de seus valores cultural e social tende a envelhecer muito
mais rapidamente e ainda tem o condão de contribuir para sepultar o que de
melhor pode existir com a rica vida de seu povo, simplesmente pelo fato de
desprezar os fatos históricos inerentes aos seus antepassados que marcaram
época e são dignos do reconhecimento como heróis de fato e de direito.
Não
à toa que as nações evoluídas se esforçam em preservar a riqueza de seus
habitantes, incluído aí a lembrança daqueles que, por um motivo ou outro,
deixaram o nome gravado nas páginas que contam a história da cidade, quanto ao
conteúdo da sua contribuição em benefício da sociedade.
É
até normal que alguém, diante da sua índole, não se conscientize sobre a real necessidade
da valorização cultural de seu povo, mas ninguém tem o direito de impedir que as
pessoas interessadas possam defender o rico legado deixado por ele.
Os
homens públicos, que são os legítimos representante do povo, com maior grau de conhecimento
acerca do que significa a importância do atendimento à satisfação do interesse
público, sabem melhor do que as pessoas normais o que realmente significa para
a história da cidade, em termos de valores culturais, o reconhecimento do
legado de nossos heróis, que precisam ser honrados e valorizados pelo tanto que
fizeram em benefício de causas que consideraram justas e importantes para a comunidade.
Essa
é a forma mais singela de carinho que eleva a moral e a dignidade de um povo,
ao enobrecer e pôr em destaque a cultura de seu povo, que se interessa em
mostrar a sua gratidão àqueles que, desinteressadamente, contribuíram para o
progresso de seus contemporâneos, tendo apenas como recompensa o nobre e
imprescindível gesto de reconhecimento por algo que é notório.
A
despeito dessa questão, a história deixou cristalino o sacrifício dos heróis,
que jamais seriam lembrados senão por meio de atitude tão importante como essa
de se conceder o título de herói, que ficará registrado nos anais da história
da cidade, ou seja, no “Panteão dos Heróis”, registrado em livro próprio, cujas
obras serão objeto de permanente divulgação, com a apresentação dos nomes dos
heróis nos momentos cívicos, para se patentear a glória de seu povo e mostrar o
que de melhor cada herói representou para os seus conterrâneos.
Ao
contrário disso, infelizmente, os nomes dos verdadeiros heróis vão ficando esquecidos
para sempre, no passar dos tempos, caso nunca haja esse merecido e justo
reconhecimento pela sociedade e pelos homens públicos, que precisam ter sensibilidade
para questão, aparentemente simples, mas de extrema importância para a história
cívico-cultural de um povo.
Convém
ficar muito claro que, embora possa transparecer que estou em intransigente defesa,
com exclusividade, de algum cidadão, tenho plena convicção de que o meu
interesse é amplo e abrangente, procurado mostrar excelentes exemplos com
relação ao nome de alguém especificamente, com a finalidade de justificar a
criação, por lei, da figura do “Herói ou Heroína de Uiraúna” e possibilitar a
abertura das novas indicações de heróis, devidamente justificadas, na forma
como tem sido o histórico verdadeiro dele, como sendo uma das melhores imagens
de herói impregnadas nas mentes de todos nós uiraunenses.
Tenho
absoluta certeza de que mais cedo ou mais tarde, as autoridades públicas, talvez
com diferenciada e ampliada visão político-cultural sobre o verdadeiro significado
da valorização da figura de herói da cidade, na forma que se encontra exposta
nas crônicas versando sobre o meu modelo de herói, em especial a que se intitula
“O significado do herói”, saberão muito bem reconhecer a importância de seus
heróis para a cidade e haverão de aprovar o título de “Herói ou Heroína de
Uiraúna”.
O
mesmo entendimento valerá para o autor do projeto pertinente, que passará para
história como o homem público que teve lúcidas e vanguardistas visão de
sabedoria para compreender o real sentimento cívico-cultural da cidade, que é
de suma importância para seu povo, porque, ao contrário, ele fica privado da
atualização da sua história, em especial a vida das pessoas que se destacaram
em benefício da sociedade.
Há
de se convir que a medida em si não acarreta nenhum custo, mas tem enorme importância
cívico-cultural para a cidade, na materialização do valor que representa o herói
para seu povo, fato que procura apenas seguir o modelo existente no âmbito
nacional, onde os nomes de seus heróis estão registrados no Panteão da Pátria, com
destaque e ostentação nas Praça dos Três Poderes, em Brasília.
A
propósito desse tema, que considero da maior importância para a sociedade uiraunense,
já ofereci minutas de projeto de lei e de justificativas, para caso específico,
que precisam e aguardam definição sobre a boa vontade por parte de quem se
interessar a empreender gestão no sentido da aprovação da figura do “Herói ou
Heroína de Uiraúna”, por ser demonstração das mais justas de reconhecimento e
gratidão aos heróis uiraunenses.
Confesso,
como não poderia ser diferente, que tenho o maior respeito aos homens públicos,
porque todos são cônscios das suas responsabilidades cívico-patrióticas, mas
sinto-me na obrigação de chamar a atenção para assunto da maior importância
para a cidade de Uiraúna, que depende apenas do gesto de grandeza deles para a
materialização de medida nobre de genuína valorização dos verdadeiros heróis e heroínas
da cidade, porque isso se insere, necessariamente, na história cívico-cultural
de um povo.
Embora
vislumbrando enormes dificuldades na aprovação de matéria nesse sentido, à
vista do tanto que venho lutando por objetivo considerado da maior nobreza cultural
de um povo, ainda nutro a esperança de que os fortes e veementes apelos que venho
fazendo nas minhas crônicas possam despertar o límpido sentimento dos homens
públicos em se declinarem à realidade dos fatos e decidirem abraçar causa da
maior importância cívico-cultural para o povo de Uiraúna, por ser de lídima justiça
que se concretize bonita maneira de reconhecimento e gratidão às pessoas que
tanto honraram e dignificaram os valores humanitários dessa amada cidade.
Brasília, em 8 de dezembro de 2019
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