Na
qualidade de filho de Uiraúna, confesso que me sinto absolutamente chocado e descompensado
diante de notícia tão melancólica sobre a roubalheira liderada por duas
importantes autoridades políticas da cidade, nas pessoas do prefeito e de um
deputado federal, que deram demonstração cabal e definitiva sobre a falta de
polidez moral na vida pública.
Causa
perplexidade que essas autoridades sempre mereceram o carinho, a admiração e a
confiança do povo daquela cidade, que terminou sendo traído pela forma mais
perversa e vil que o ser humano poderia imaginar.
Agora,
o que se passa nas cabeças dessas pessoas mais do que precipitadas e
insensatas, diante do que elas fizeram de absurdo e errado, com força para abalar
com tanto estrondo o prestígio que elas amealharam junto a seus eleitorais, ao
longo de suas vidas públicas?
Por
certo, seus eleitores e simpatizantes devem se encontrar arrasados e destroçados
com a notícia de que havia sido traídos por pessoas que sempre demonstraram,
pelo menos na fachada, no rótulo, ser confiáveis e honestas, quando, na
verdade, os fatos mostram, agora, à vista das suas atitudes levianas retratadas
por meio de fotografias, publicadas nas redes sociais, que são bem fortes, evidenciando
frieza da indignidade de pessoas públicas, que têm o dever moral e ético de se
comportarem com absoluta conduta retilínea e irretocável.
Causa,
realmente, enorme tristeza ao ver as fotografias e ouvir os vídeos que
comprovam a indiscutível participação extremamente passiva e despreocupada de
homens públicos agindo muito à vontade em ato de corrupção, como no caso do
prefeito, que coloca dinheiro sujo na cueca, mesmo sabendo que ele tem origem
em desvio de finalidade, ou seja, que é objeto de roubo dos cofres públicos.
Isso
nada mais é do que ato insensato e de desonestidade, que tem o condão de
macular a sua rica história na vida pública, que, até então, sempre foi merecedora
dos aplausos da comunidade uiraunense, por onde ele passasse e se apresentasse,
porque isso faz parte intrínseca de quem merece a plena confiança em razão da demonstração de
honestidade até então transmitida para o seu público simpatizante.
Não
obstante, diante das fortes imagens sobre as cenas do horroroso crime, é certo que
tudo será objeto de desmoronamento, por ser consequência natural e inevitável,
diante das fotos e dos vídeos mostrando a inexorabilidade sobre os fatos irregulares
tristemente narrados pela Polícia Federal, com imagens extremamente fortes e
indiscutíveis.
Tenho
muita pena de meus conterrâneos, porque são pessoas humildes, honestas e
trabalhadoras, que sempre acreditaram na honestidade e na dignidade de seu
prefeito, que nunca tinha demonstrado nem vindo a público o seu lado de
estranha fraqueza ética, moral e, sobretudo, humana, mas o seu inevitável descuido
permitiu que os fatos irregulares se aflorassem, por certo inspirados pela
incontrolável ganância pelo dinheiro fácil, e viessem à tona e de forma
avassaladora, com a força de incontrolável tsunami, que não deixa pedra sobre
pedra, por onde passa.
À
toda evidência, as provas do crime em comento são robustas e contundentes, à
luz da Justiça e da legislação penal, com capacidade arrebentadora de pôr à
pique, em definitivo e irreparável, os saudáveis princípios republicanos da moralidade,
probidade, dignidade, entre outros que nunca podem se afastar das atividades
político-administrativas, sob pena de inevitável contribuição para o término
precoce da vida pública, que parece ser o caso em causa, porque é simplesmente
inacreditável que as pessoas com evidente falta de caráter e dignidade, como ficou
comprovado por meio dos vídeos e das fotos mostrados pela Polícia Federal, no
caso sob exame, ainda tenham o mínimo de condições morais para se dignarem a se
apresentar como representantes políticos.
É
indiscutível o conceito de dignidade dos políticos envolvidos nesse imbróglio foi
plenamente jogado por terra, por seus próprios atos de indiferença aos relevantes
princípios exigidos por quem precisa se habilitar ao exercício de cargo público
eletivo.
É
lamentável que o povo de Uiraúna, Paraíba, receba “presente” de Natal o mais
indesejável da sua história, justamente no mês da graciosa e gloriosa comemoração
de 66 anos de independência político-administrativa da cidade, com invólucro
tão funesto e infeliz, enviado por pessoas de quem jamais se imaginária que seriam
capazes de protagonizar cena das mais grotesca e reprovável possíveis, diante
da evidência do extremo desprezo aos princípios republicano e democrático.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 21 de dezembro de 2019
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