O presidente da República comemorou, em sua conta
no twitter, a nova marca recorde do principal índice à vista da Bolsa
brasileira, o Ibovespa, e o menor nível do risco Brasil, em sete anos.
Neste mês, o Ibovespa vem tendo desempenho
excepcional, com sucessivas valorizações, tendo se aproximado dos 115 mil
pontos, em seguidos recorde históricos.
Já o Credit Default Swap (CDS) do Brasil, que mede
o risco sobre investimento no país, caiu de 102,97 para 100,89 pontos, ficando
no patamar mais baixo desde 7 de novembro de 2012 (100,25 pontos).
O presidente ressaltou que, "Durante a
recessão de 2015, o Risco Brasil, índice que acompanha a confiança dos
investidores, chegou a quase 500 pontos. Ontem o Risco atingiu 100,89 pontos, o
menor nível desde 2012, e a bolsa de valores fechou acima de 112 mil pontos,
renovando sua máxima histórica".
No entendimento do presidente brasileiro, esses
números evidenciam que "o Brasil é hoje um país favorável para se
investir, fazer negócios e gerar empregos.".
À toda evidência, o otimismo do presidente tem por
base o desempenho do conjunto da economia, a mostrar a consistência das medidas
adotadas pelo governo e os resultados que estão sendo contabilizados, que
sinalizam para a reação econômica, em franca superação de problemas estruturais
e a retomada, ainda que lenta, do desenvolvimento socioeconômico, o que é natural,
diante da conjuntura da economia global.
A verdade é que, após dois anos de brutal recessão
e de outros três de patinação do Produto Interno Bruto (PIB), há perspectiva de
que a economia poderá crescer, em 2020, ao menos 2,5%, o que já mostra que isso
não significa ainda o desempenho dos sonhos dos brasileiros, mas já serve como
ânimo, em termos de esperança no sentido de que, enfim, o Brasil tem sim
condições de deslanchar nesse trilho em que a grande nave da economia foi colocada,
evidentemente a depender ainda da consistência das metas traçadas pelo governo,
que precisam contar com o apoio do Congresso Nacional, na aprovação das importantes
reformas, com destaque para a tributária.
Os indicadores que medem o desempenho da economia
sinalizam para retomada das atividades produtivas e industriais, tendo por base
os fatores que influenciam na confiança nos investimentos, e isso acarreta o aumento
do consumo e do emprego, com base na estabilidade econômica.
Não à toa, o IBC-Br, que é índice calculado pelo
Banco Central do Brasil, que serve de prévia do PIB, vem crescendo pelo
terceiro mês seguido, que se associa à queda do risco-país (CDS), que há muito
tempo não acontecia; à redução drástica taxas dos juros, para 4,5% a.a.,
consideradas a menor da história, que já estiveram em 14,5% no governo de
esquerda; aos recordes do Ibovespa, no pique recorde, à beira de 115 mil pontos;
à orientação da mais importante agência de classificação de risco do mundo,
Standard & Poor’s, que acaba de mudar a perspectiva da nota do Brasil, de
estável para positiva; e ao controle da inflação, em índice razoável; fatos que
constituem indicadores de muita segurança para o desempenho da economia.
É preciso não se vislumbrar ainda com desmedida
euforia tendo por base esse importante conjunto de fatores econômicos, mas é possível
se trabalhar as políticas pertinentes com relativo grau de confiança e tranquilidade,
à vista de longo tempo em que o Brasil vinha se debatendo em água turvas, na
tentativa de fugir do terrível atoleiro onde a economia foi posta, por enorme
incompetência da sua gestão.
A verdade é que ainda falta a implementação de
mecanismos que possam contribuir para a melhora do mercado de trabalho, para
solucionar ou minimizar o quanto antes o preocupante quadro de desemprego, em
torno de 12 milhões de pessoas aguardando oportunidade de trabalho, que somente
será possível com o efetivo crescimento da economia.
Embora a economia mostre excelentes índices de recuperação
e projete reais sinais de melhoras para o próximo ano, à luz desses
indicadores, ainda não é permitido ao governo pensar em se acomodar, a partir
de agora, porque o céu de brigadeiro ainda não se instalou para sempre na
economia, com a certeza da tão ansiada tranquilidade.
Ainda há muito a ser feito, principalmente no que
diz respeito à produção e ao consumo, diante de muitos entraves, como encargos
previdenciários, excesso de tributos, precariedade na infraestrutura, mão de
obra desqualificada, ineficiência na educação, produtividade deficiente, entre
outras mazelas que precisam ser saneadas o quanto antes, com vistas à eliminação
dos gargalos ao desenvolvimento econômico.
A superação dos inúmeros obstáculos exige diálogo,
comprometimento, convergência de ideias e harmonia entre os poderes da República,
para que, em conjunto, seja construído o sentimento segundo o qual o Brasil
precisa crescer e assegurar melhores condições de vida para os brasileiros.
Nesse contexto de crescimento da economia
brasileira, o Congresso precisa assumir o principal papel de protagonista, com
a aprovação de reformas essenciais, como, entre outras, a reforma tributária e
a reforma das estruturas do Estado, que têm sido estorvo ao desenvolvimento
socioeconômico, diante de o seu funcionamento sob conjuntura extremamente arcaica,
completamente distanciada da modernidade administrativa.
Também não se pode olvidar que a população precisa
contribuir nesse processo de revitalização da economia, tendo a incumbência de
cobrar tanto do governo como do Congresso a provação de medidas que possam
contribuir para o aperfeiçoamento dos mecanismos de controle, com vistas à
melhor produtividade, principalmente com a redução de tributos e encargos previdenciários.
Enfim, diante desse quadro auspicioso da economia,
compete aos brasileiros, a par de aplaudir os bons fluidos espargidos com a
volta da economia aos trilhos da prosperidade, diante da esperança do porvir
mais venturoso para a nação, exigir que os homens públicos se esforcem no
sentido de se unirem na permanente busca do aperfeiçoamento dos mecanismos que
possam contribuir para a estabilidade e o crescimento da economia brasileira,
em benefício da população, que tanto almeja o aumento da produção, do consumo e
do emprego.
Brasil: apenas o ame!
Brasília,
em 19 de dezembro de 2019
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