segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

A omissão na crítica


O ex-presidente da República petista defende a polarização política e afirma que o país voltou a conviver com a fome, a escravidão, o desemprego em massa, a censura e o obscurantismo.
O petista disse, por meio de seu Twitter oficial, que ele e o PT serão oposição ao governo de extrema direita do presidente brasileiro e que “o Brasil precisa embarcar de volta para o futuro”.
O ex-presidente disse precisamente o seguinte: “Aos que criticam ou temem a polarização, temos que ter coragem de dizer: nós somos, sim, o oposto de Bolsonaro. Não dá para ficar em cima do muro: somos e seremos oposição a esse governo de extrema-direita que gera desemprego e exige que os desempregados paguem a conta”.
O ex-presidente concluiu dizendo que “Parece que enfiaram o Brasil numa máquina do tempo e nos enviaram de volta a um passado que a gente já tinha superado. O passado da escravidão, da fome, do desemprego em massa, da dependência externa, da censura, do obscurantismo. O Brasil precisa embarcar de volta para o futuro”.
Não há a menor dúvida de que esse tempo em que o petista ficou preso contribuiu sensivelmente para tirá-lo do rumo, principalmente para apagar da memória as maldades protagonizadas pelos governos petistas, que simplesmente tiveram a incompetência de conduzir o Brasil à bancarrota, principalmente no que diz respeito à economia, conforme mostraram os resultados econômicos.
Para se ter ideia dos desastres protagonizados por governos petistas, quando a presidente foi defenestrada pelas portas dos fundos do Palácio do Planalto, a economia brasileira experimentava processo recessivo, ou seja, o Produto Interno Bruto (PIB) era negativo; a taxa de juros estava no patamar de 14%, contra 5% agora; a inflação beirava os 10%, contra 4% agora; o alarmante desemprego atingiu 13 milhões de pessoas, que se estabilizou à espera da arrumação da casa e da volta do crescimento econômico; havia forte e crescente desindustrialização; o capital estrangeiro se mandou, diante do descrédito sobre o governo, que atingiu nível descomunal e generalizado de desconfiança; as contas públicas atingiram os piores desacertos, afetadas por sucessivos rombos, a ponto de o governo precisar que bancos oficiais pagassem as suas contas, cujo procedimento caracterizou as famigeradas “pedalas fiscais”, motivando o impeachment da então presidente, por ter sido flagrada na prática de crime de responsabilidade fiscal, evidentemente em flagrante afronta a princípio constitucional, pertinente à gestão financeiro-orçamentária.
Ou seja, os 13 milhões de desempregados existentes hoje são remanescentes do governo petista, ficando claro que o atual governo herdou toda essa desgraça deixada pela referida gestão.
Ao contrário do que afirma o petista, o atual governo vem tendo histórico de criação de emprego e de melhoria progressiva nas contas públicas, com a economia sendo organizada e a gestão voltando a adquirir credibilidade, diante das reformas já aprovadas e de outras em curso, no âmbito do Congresso Nacional .    
Como se vê, o petista senta sobre o passado nefasto dos governos petistas e elenca rosário de críticas absolutamente infundadas contra o atual governo, em especial com relação à política econômica, que ele já mostrou ser o alvo principal da sua ferrenha oposição ao presidente do país, desde que saiu da prisão, por força da decisão supercontestável do Supremo Tribunal Federal.
Não passa de demonstração de brutal ignorância por parte do petista sobre o desempenho da economia brasileira, no atual governo, em que todos os índice econômicos estão tendo desempenho se não excelentes, mas bons, em relação a governos recentes, como mostra a confiança dos investidores, inclusive estrangeiros, que voltaram a acreditar na seriedade do governo brasileiro, ao reconhecerem que as políticas adotadas por ele são dignas de esperança e credibilidade, notadamente no que diz respeito à adoção de reformas essenciais à retomada do crescimento econômico do Brasil.
Para se ter ideia do desmantelo econômico e da falta de confiança no último governo petista, quando houve o impeachment da então mandatária, o índice Bovespa se situava pouco acima de 38 mil, enquanto esse parâmetro de medição do desempenho do mercado se situa, agora, pasmem, acima de 110 mil, o que bem demonstra o quanto as ações estavam desvalorizadas e as empresas descapitalizadas, justamente porque os investidores não davam uma pataca à credibilidade do governo de então.
O debacle da economia era visível, diante da falta de confiança dos investidores, que se conscientizaram sobre as plenas incompetência e ineficiências das políticas adotadas por aquele governo, envolto em mar de graves crises, nas áreas social, política, moral, econômica, administrativa, entre outras, principalmente na prestação dos serviços públicos da incumbência do Estado, cuja precariedade era reforçada pela disseminação do recriminável fisiologismo prevalente no seio dos serviços públicos.
O ex-presidente precisa se conscientizar de que o passado a que ele se refere não condiz com o atual governo, mas sim com a gestão comandada pelo partido dele, que impôs deplorável experimentação aos brasileiros, por força das piores administrações dos recursos públicos, mediante gravíssimos erros, inclusive com a falta de reformas estruturais do Estado, tendo sido capaz de contabilizar as piores crises social, política, moral, econômica, administrativa, entre outras, a exemplo o aparelhamento dos órgãos e das entidades públicos, permitindo a decadência dos serviços públicos prestados à população, por meio da regressão dos princípios científicos da economia e da gestão pública.
Não passa de falácia a menção à escravidão, à fome, ao desemprego em massa, “que a gente tinha superado”, porque nada disso foi criado pelo governo atual, que vem trabalhando para a correção das mazelas implantadas em gestões anteriores à atual, conforme mostram os registros dos anais da história brasileira, o que só demonstra a total falta de sinceridade do político, que deveria ter a dignidade para fazer avaliação justa sobre os fatos da história político-administrativa do Brasil, diante da responsabilidade de se fazer comentário com base em elementos representativos da verdade, à luz dos princípios que precisam ser observados pelos políticos que primam pelas sinceridade e correção.
É lamentável que as pessoas desinformadas ou aquelas fanatizadas sejam induzidas a acreditar em análises inconsistentes, por que com base em elementos inverídicos, sob premissas falsas e tendenciosas, com a intenção de negar a verdade sobre os fatos, ou seja, essas pessoas terminam  acreditando piamente em falácias de político que não têm compromisso com a verdade nem vergonha em distorcê-la, quando deveria ter a dignidade para assumir os erros acontecidos nas gestões do seu partido, que foram tachadas como verdadeiras mediocridades, por terem tido a maternidade de tudo que pudesse ser considerado desastroso e contrário aos princípios da competência, eficiência e responsabilidade.
É imperativo que o petista tenha a normal dignidade própria dos homens públicos para criticar somente sobre fatos que realmente merecem, no âmbito do seu dever como oposição declarada ao governo, mas jamais ao Brasil, que normalmente é a cara dos mandatários, tendo o cuidado para não omitir nem ignorar as chagas, os malefícios que foram indiscutivelmente causados aos brasileiros por governos que jamais deveriam ter existidos, conforme mostram os resultados, com a maior clareza possível, principalmente, econômicos, diante dos terríveis reflexos no desenvolvimento socioeconômico brasileiro.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 9 de dezembro de 2019

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