quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

A revolução do bom sentido


Na crônica intitulada “Falta seriedade ao Brasil”, foi dito que é com o coração contristado que os paraibanos se despertaram ontem com a surpreendente notícia da presença da Polícia Federal batendo às portas da residência do governador da Paraíba e do respeitável Palácio da Redenção, em cumprimento à estarrecedora missão de apreender elementos alvo de investigações sobre atos irregulares protagonizados pelo governador anterior ao atual, sob suspeita de ser o comandante de organização criminosa que desviava, de longa data, recursos públicos destinados à saúde pública e à educação do estado.
A propósito, a imprensa classificou de organização criminosa a participação de políticos paraibanos para desviar recursos dos cofres púbicos, no valor de R$ 134,2 milhões, que eram destinados à saúde e à educação, atividades essenciais à prestação de serviços à população mais carente, em termos de satisfação de necessidades básicas.
Diante dessa terrível situação, o ilustrada mestre Xavier Fernandes, que acompanha de muito perto a vida dos políticos paraibanos, escreveu magnífica mensagem, dizendo, in verbis: “Caríssimo Adalmir, seu comentário muito equilibrado, retrata o quadro atual de instabilidade no Brasil, no caso específico aqui da Paraíba que hoje acordou e foi surpreendida com essa manchete de grades escândalos praticados pelas autoridades executivas do estado que estão aí totalmente envolvidas em grandes desvios de recursos públicos que provocaram desajustes astronômicos nas contas públicas, resultando em desserviços e grandes prejuízos, para a população, que sofre profundamente com o desequilíbrio da economia, saúde, educação, segurança etc... Causando um prejuízo irrecuperável na vida dos cidadãos que pagam um carga tributária de imposto mais pesadas e caras do mundo,...contudo O ministério público e a Polícia Federal numa força tarefa, tem se esforçado para pegar e punir os corruptos que assaltaram os recursos públicos, como que fossem eles os donos, os proprietários permanentes do poder, então chegamos nessa situação interminável, quanto mais se investiga mais aparecem os rombos, os estragos, os assaltos feitos por verdadeiras organizações criminosas, A população está cansada e reage com indignação a cada operação que expõe as vísceras dos crimes cometidos pelos estupradores dos cofres públicos,. Embora exista parte da justiça comprometida em esconder e proteger os corruptos, porque também estão envolvidos com esses escândalos. Mas Também, existe a banda boa da justiça que resiste e continua trabalhando sério para desmobilizar todo esse esquema viciado que durante muitos anos praticaram essa roubalheira e não admitem soltar as têtas da máquina pública...Vamos torcer que seja estabelecidos a ordem e o respeito, para que recebamos o que é devido a população: serviços de qualidade que são de responsabilidades. Dos Governos: Federal, Estadual e Municipal...Grande conterrâneo irmão Adalmir é sempre compensador ler seus comentários, pois são esclarecedores e nos deixam mais conscientes e atualizados com a riqueza de informações e conteúdos dos assuntos atuais em evidências. Parabéns...”.
Em resposta à brilhante mensagem, eu disse ao escritor e historiador Xavier Fernandes que foi com enorme espanto quando, logo cedo, que acompanhei, ao vivo, o noticiário, aqui em Brasília, pelo telejornal, com transmissão direta de João Pessoa, mostrando o trabalho da Polícia Federal entrando em palácio estadual e residência do governador da Paraíba, com ordem para prender autoridades e apreender documentos, em razão da descoberta do desvio de dinheiro público.
Custei a acreditar que o povo, tão carente da querida Paraíba, também havia sido roubado e logo por seu então governador, que passava para a população a imagem de político "santo", cheio de virtudes, honestidade, competência e amor ao povo do seu estado, tanto foi eleito, reeleito e ainda conseguiu passar o bastão governamental para seu correligionário, em demonstração de poder político no estado.
Percebo que o seu espanto. Professor Xavier Fernandes, tem pontos em comum com o meu estarrecimento, quase nem acreditando que o ex-governador seria capaz de protagonizar situação tão deprimente, sendo o principal mentor e gerenciador de organização criminosa que se beneficiou de recursos públicos, que se destinavam também ao financiamento de milionárias campanhas eleitorais.
Concordo com você, mestre Xavier, quando diz que a sociedade está cansada e saturada de tanta roubalheira, mas ela precisa reagir, com o máximo de urgência, e a única maneira para que isso possa se evidenciar e se materializar é dá o grito de independência em relação aos maus políticos, os eliminando por completo e definitivamente da vida pública.
Basta, para tanto, tão somente que os homens públicos É com o coração contristado que os paraibanos se despertaram hoje, diante da surpreendente notícia da presença da Polícia Federal batendo às portas da residência do governador da Paraíba e do respeitável Palácio da Redenção, em cumprimento de estarrecedora missão de apreender elementos alvo de investigações sobre atos irregulares protagonizados pelo governador anterior ao atual, sob suspeita de ser o comandante de organização criminosa que desviava, de longa data, recursos públicos destinados à saúde pública e à educação do estado.
Segundo a imprensa, a organização criminosa teria conseguido desviar dos cofres púbicos a quantia equivalente a R$ 134,2 milhões, que eram destinados à saúde e à educação, que são duas atividades essenciais à prestação de serviços à população mais carente, em termos de satisfação de necessidades básicas.
 tenham contra si qualquer denúncia sobre a prática de atos irregulares ou de envolvimento em corrupção com recursos públicos, com a importante ressalva de que o seu reingresso às atividades políticas, caso ainda seja do interesse deles, dependeria apenas da comprovação da sua inculpabilidade perante as entidades competentes.
Ou seja, é preciso que haja a compreensão, a firme conscientização, de que somente pode exercer cargo público eletivo o cidadão que comprovar conduta ilibada, por meio de ficha limpa corrida, de forma permanente, expedida por autoridade competente, atestando plena imaculabilidade, como forma de tentativa de moralização dessa pouca-vergonha que se estabeleceu no Brasil afora, onde a regra é a roubalheira generalizada, como se todo homem público fosse dono do patrimônio dos brasileiros, podendo usufruir dele ao seu bel-prazer e ainda imune à condenação.
É óbvio que, se não houver verdadeira revolução, no bom sentido, por iniciativa das pessoas de bem, no sentido da persecução da moralidade na administração pública, sob o patrocínio exclusivo da satisfação do interesse público, certamente que a esculhambação há de continuar a imperar fortemente no seio da classe política, que prefere a perpetuação do status quo, com a prevalência da penúria e do progresso da degeneração dos princípios republicano e democrático, o que só demonstra a plena decadência política de povo.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 18 de dezembro de 2019

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