Na
crônica intitulada “Quem se preocupa com a água?”, procurei demonstrar preocupação
com a iminência da falta de água na cidade de Uiraúna, Paraíba, diante do diminuto
volume do líquido, inferior a 1% da capacidade total do açude de Capivara, que
abastece a população de alguns municípios da redondeza.
Na
ocasião, fiz incitação para a população de Uiraúna se
despertar da insuportável e prejudicial letargia e se mobilizar, com urgência,
para o fim de exigir explicações a quem de direito sobre a existência de
medidas emergenciais destinadas ao abastecimento normal de água naquela cidade.
O sempre
atento cidadão uiraunense, Ditinho Minervino, disse que, verbis: “Já
era pra ter sido resolvido tendo em vista que a água já cheira mau ao sair das torneiras.
O maior perigo, é o velho costume de deixarem pra fazer certas coisa as
vésperas das eleições. Não duvido nada!“.
Eu
digo ao distinto conterrâneo Ditinho Minervino que, além da extrema preocupação
com a visível escassez da água, a sua informação sobre a péssima qualidade do
precioso líquido já é outro aspecto da maior gravidade que se associa àquele, a
se considerar que a água potável, em plenas condições de consumo, precisa ser
incolor, inodora, i.e., sem cor, sem odor, absolutamente límpida e transparente,
com plena segurança de ser distribuída sem nenhum risco à saúde pública.
Causa
perplexidade a sua informação sobre a questionável qualidade da água fornecida
na cidade, notadamente porque esse fato de mau cheiro é extremamente estranho e
acima de tudo totalmente incompreensível que as autoridades incumbidas do
saneamento público permitam que, nessas condições, ela seja distribuída normalmente
à população, sem nenhuma justificativa, diante da possibilidade de o elemento
gerador dessa anatomia vir a causar sérios danos à saúde dos consumidores,
podendo até provocar epidemia de doença bacteriológica, mediante o seu uso generalizado
e descontrolado pela população.
Tendo
em vista a seriedade da sua informação, prezado amigo Ditinho Minervino, é
preciso que as autoridades incumbidas do tratamento e distribuição da água em
Uiraúna informem à população qual elemento vem realmente interferindo
diretamente na qualidade dela, a ponto de causar mau cheiro, a despeito de não
ser recomendável a distribuição de água nessa condição de indiscutível anormalidade,
diante do acarretamento de consequências prejudiciais para toda comunidade
consumidora.
A
situação se torna ainda mais grave e preocupante porque a maior autoridade do
município tem formação médica e sabe perfeitamente a seriedade do consumo de
água fora dos padrões universais recomendáveis para tanto, permitindo não
somente que ele, mas toda população
consuma líquido com visível impureza, com a constatação de mau cheiro, que devia,
no mínimo, por questão de segurança sob o aspecto da saúde pública, ser suspensa
a sua distribuição, para fins da devida checagem sobre essa anormalidade, salvo
melhor juízo.
Convém
que a população, para o seu próprio bem e as suas segurança e tranquilidade,
exija de quem tem a incumbência de cuidar da pureza da água distribuída em
Uiraúna não somente as providências que estão sendo adotadas para pronta
normalidade do abastecimento de água pura na cidade, mas também os devidos esclarecimentos
sobre os motivos pelos quais ela se encontra com mau cheiro, devendo ser
informado se isso pode ou não causar alguma consequência prejudicial ao
organismo humano, além de se atestar se já estão tomando alguma medida no
sentido de somente fornecer água pura, em condições absolutamente
tranquilizadoras para a população.
Brasília, em 4 de dezembro de 2019
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