quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Como água impura?


Na crônica intitulada “Quem se preocupa com a água?”, procurei demonstrar preocupação com a iminência da falta de água na cidade de Uiraúna, Paraíba, diante do diminuto volume do líquido, inferior a 1% da capacidade total do açude de Capivara, que abastece a população de alguns municípios da redondeza.
Na ocasião, fiz incitação para a população de Uiraúna se despertar da insuportável e prejudicial letargia e se mobilizar, com urgência, para o fim de exigir explicações a quem de direito sobre a existência de medidas emergenciais destinadas ao abastecimento normal de água naquela cidade.
O sempre atento cidadão uiraunense, Ditinho Minervino, disse que, verbis: “Já era pra ter sido resolvido tendo em vista que a água já cheira mau ao sair das torneiras. O maior perigo, é o velho costume de deixarem pra fazer certas coisa as vésperas das eleições. Não duvido nada!“.
Eu digo ao distinto conterrâneo Ditinho Minervino que, além da extrema preocupação com a visível escassez da água, a sua informação sobre a péssima qualidade do precioso líquido já é outro aspecto da maior gravidade que se associa àquele, a se considerar que a água potável, em plenas condições de consumo, precisa ser incolor, inodora, i.e., sem cor, sem odor, absolutamente límpida e transparente, com plena segurança de ser distribuída sem nenhum risco à saúde pública.
Causa perplexidade a sua informação sobre a questionável qualidade da água fornecida na cidade, notadamente porque esse fato de mau cheiro é extremamente estranho e acima de tudo totalmente incompreensível que as autoridades incumbidas do saneamento público permitam que, nessas condições, ela seja distribuída normalmente à população, sem nenhuma justificativa, diante da possibilidade de o elemento gerador dessa anatomia vir a causar sérios danos à saúde dos consumidores, podendo até provocar epidemia de doença bacteriológica, mediante o seu uso generalizado e descontrolado pela população.
Tendo em vista a seriedade da sua informação, prezado amigo Ditinho Minervino, é preciso que as autoridades incumbidas do tratamento e distribuição da água em Uiraúna informem à população qual elemento vem realmente interferindo diretamente na qualidade dela, a ponto de causar mau cheiro, a despeito de não ser recomendável a distribuição de água nessa condição de indiscutível anormalidade, diante do acarretamento de consequências prejudiciais para toda comunidade consumidora.
A situação se torna ainda mais grave e preocupante porque a maior autoridade do município tem formação médica e sabe perfeitamente a seriedade do consumo de água fora dos padrões universais recomendáveis para tanto, permitindo não somente        que ele, mas toda população consuma líquido com visível impureza, com a constatação de mau cheiro, que devia, no mínimo, por questão de segurança sob o aspecto da saúde pública, ser suspensa a sua distribuição, para fins da devida checagem sobre essa anormalidade, salvo melhor juízo.
Convém que a população, para o seu próprio bem e as suas segurança e tranquilidade, exija de quem tem a incumbência de cuidar da pureza da água distribuída em Uiraúna não somente as providências que estão sendo adotadas para pronta normalidade do abastecimento de água pura na cidade, mas também os devidos esclarecimentos sobre os motivos pelos quais ela se encontra com mau cheiro, devendo ser informado se isso pode ou não causar alguma consequência prejudicial ao organismo humano, além de se atestar se já estão tomando alguma medida no sentido de somente fornecer água pura, em condições absolutamente tranquilizadoras para a população.
Brasília, em 4 de dezembro de 2019

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