segunda-feira, 19 de outubro de 2020

O sucateamento humanitário

Diante do sucateamento dos equipamentos para a exploração de petróleo na Venezuela, os principais poços que integram a quarta maior reserva petrolífera mundial foram ou estão sendo abandonados ou ainda deixados à própria sorte, queimando gases tóxicos e poluindo irresponsavelmente a natureza.

Hoje, as refinarias que forneciam o óleo para exportação estão acumulando montanhas de metal enferrujado e inaproveitável, cujo petróleo que vaza vem manchando as praias e cobre a superfície da proximidade do mar com óleo brilhoso.

Aquele país que já foi o paraíso do ouro negro, hoje se encontra em estado falimentar, por arrecadar menos de 1% dos bilhões de dólares que recebia das vendas do petróleo ao exterior, o que demonstra verdadeira debacle não somente das suas atividades petrolíferas, mas também econômicas, com imensuráveis danos ao país e ao seu povo, que é submetido ao monstruoso sacrifício de privações generalizadas, desde alimentos, remédios, assistência à saúde e tantos outros produtos e serviços essenciais à sobrevivência humana.

A surpreendente escassez de combustível levou o país, pasmem, à quase paralisação, não tendo condições sequer de abastecimento interno de combustível, cujo caos tem causado enormes filas de carros nos postos de gasolina, por extensão quilométrica.

As extraordinárias atividades petrolíferas venezuelanas, que sustentavam economicamente e impulsionavam vida do país, por meio da distribuição de combustíveis no mercado internacional, está praticamente sem movimento, porquanto a produção foi reduzida a algo insignificante, em razão, em especial, da má administração da empresa petrolífera, uma espécie da Petrobras brasileira, que foi transferida para o domínio e a gestão estatais, cujo choque de incompetência foi reforçado pelas severas sanções aplicadas à Venezuela pelos norte-americanos.

O conjunto da má gestão constatada também na área do petróleo contribuiu para o colapso da economia do país, que se encontra completamente destruída, desestrutura e devastada, segundo a visão de analistas do mercado financeiro, que decretaram o fim da era sólida da Venezuela como importante fornecedora de energia, exatamente porque a completa incompetência gerencial cuidou de sepultar, em muito pouco tempo, a riqueza e a pujança de setor que era bem administrado e garantia a sustentabilidade econômica do país.

Uma famosa analista do Eurasia Group, consultoria de risco político, decretou o fim melancólico daquele país, ao afirmar que “Os dias da Venezuela como um país petrolífero acabaram”.

Um famoso economista venezuelano declarou que “O país, que dez anos atrás, era o maior produtor da América Latina, com uma receita de cerca de US$ 90 bilhões por ano com as exportações, no final deste ano, deverá faturar líquidos apenas US$ 2,3 bilhões – menos do que o montante agregado que os imigrantes venezuelanos enviarão para casa para sustentar suas famílias.”.

Ele disse que, “Por ocasião do boom do petróleo, a estatal petrolífera conseguia distribuir alimentos grátis, acampamentos de verão e brinquedos natalinos, além da construção de hospitais e escolas, mas, agora, milhares de operários da companhia falida trabalham no desmantelamento das instalações da companhia em busca de ferro velho, ou tentam vender seus característicos macacões com o logo da companhia, para conseguir algum dinheiro.”.

Essa situação catastrófica da Venezuela representa o fim da função central do petróleo na economia daquele país, constituindo marco e reviravolta traumáticos para o povo que se definia como uma nação que, basicamente, se garantia com o resultado das atividades petrolíferas e agora não consegue vislumbrar alternativa senão o gigantesco abismo das incertezas.

Muitos especialistas e analistas políticos afirmam que a riqueza do petróleo venezuelano se esvaiu a partir das desastradas gestões socialistas implantas pela Revolução Bolivariana, que também foram introduzidos na administração do país potentes sistemas de incompetência, ineficiência, corrupção e desigualdade, tendo à frente as mentes orientadoras das lideranças socialistas, depois da implantação da Revolução Bolivariana.

Esse sistema tem por base a pregação da socialização da economia e das condições igualitárias da sociedade, onde tudo é administrado pelo Estado, essencialmente a economia, em que o patrimônio das pessoas é confiscado, passando indústrias, fábricas, negócios, tudo mesmo para o controle e a gestão do governo, precisamente sob o gerenciamento das pessoas da sua inteira confiança, normalmente aquelas brutalmente sem noção nem conhecimento empresarial com capacidade para dar continuidade à produção e aos negócios econômicos, a exemplo do que sucedeu com a empresa petrolífera, que naufragou justamente em razão também da incompetência administrativa.

O líder dessa desastrada revolução, autodenominado salvador da pátria venezuelana, surgiu como ditador prometendo que colocaria o petróleo para a sustentação do povo, que já tinha importante parcela na linha da pobreza, quando tudo começou, cujo caos foi progressivamente se afundando na fossa que não tem fim, notadamente com a falência da galinha dos ovos de ouro, no caso, as atividades rendosas provindas do petróleo.

O poder garantido por meio da revolução foi suficiente para o ditador se apropriar, em definitivo, da companhia petrolífera estatal, que passou por reestruturação comandada por ele, tendo como brutal iniciativa a demissão de cerca de 20 mil profissionais experientes, a estatização de ativos petrolíferos estrangeiros e a permissão para que seus aliados bolivarianos pilhassem as gordas receitas do petróleo, sem o menor empecilho, tendo como drástica consequência a incapacidade de investimentos na necessária manutenção dos equipamentos e das instalações em condições da normal continuidade da efetividade da produção, em nível de possibilitar a extração de petróleo para a exportação, sem necessidade de solução de continuidade.

Essa tragédia tem pesadíssimo ônus para a sociedade, que é submetida aos piores tratamentos pelo governo, que conseguiu levar a Venezuela ao horroroso abismo, em razão das péssimas condições oferecidas ao ser humano, diante da escassez generalizada de alimentos básicos, remédios, saúde, segurança e tudo o mais da competência do Estado, que não tem mais de onde tirar recursos para o sustento da população, em condições mínimas de satisfatoriedade.

Essa situação de terrível conturbação da ordem pública só tende a se agravar, à vista da progressiva redução de recursos, porque a Venezuela não produz absolutamente nada além do petróleo, que se reduziu ao máximo e nenhuma alternativa razoável se levanta neste momento de bastante dificuldade, porque não há recursos para se investir nas refinarias, que se tornaram obsoletas, ineficientes e improdutivas.

Não é exagero algum que se enfatize, muito a propósito desse fatídico caso do petróleo, a real situação de falibilidade da gestão da Venezuela, tendo por base o sistema socialista, que é modelo de governo que conta com as simpatia e defesa da esquerda brasileira, que não demonstra a mínima preocupação diante de extraordinário desastre causado contra a nação e o seu povo, quando, principalmente a economia de qualquer país, é visivelmente dizimada por força da incompetência da implantação de métodos decorrentes da socialização inconsequente e irresponsável.

Não é novidade alguma que a socialização consegue, literalmente, destruir a nação e o povo, por completo e em todos os sentidos, econômico, político, administrativo, moral, humanitário, enfim, todas as estruturas básicas do país, em nome desse famigerado socialismo que consegue cegar o homem, que se entorpece pela ideologia socialista e fica completamente dominado por causa que somente atinge resultados nefastos, desastrosos, mortais e de falência generalizada do Estado e do povo, a exemplo do país vizinho, que não tem mais condições de sobrevivência de seu povo, o que significa dizer que a beleza do socialismo não passa de droga cancerosa, que, lamentavelmente, ainda serve de substância para alimentar a sonhadora esquerda brasileira.

A Venezuela hoje é o retrato fiel e irretocável do real e perfeito caos, prontinho e lapidado para qualquer nação que embarcar do “sonho” do socialismo loucamente defendido pela esquerda brasileira, que demonstra total incapacidade para enxergar a enorme deformação que esse cancro encerra na vida da sociedade, à vista das nações que o adotou como forma de governo, a exemplo do país vizinho, que debate ao meio de graves crises de gigantescas calamidades, em especial, sociais, econômicas e humanitárias.  

Induvidosamente, por ser irredutivelmente defensora do regime que destruiu o país vizinho, sem o mínimo de condescendência com o povo daquela nação, a esquerda tupiniquim certamente gostaria que os mesmos métodos irracionais, incivilizados, desumanos e retrógrados sejam empregados igualmente no Brasil, em que pese toda atrocidade que reina ali, tendo como consequência o completo desprezo aos princípios de racionalidade, com destaque para os econômico e humano, havendo destaque ali para a costumeira prevalência da incompetência, ineficiência e irresponsabilidade, com relação a tudo que diz respeito aos direitos humanos e aos conceitos democráticos.

É impressionante o que acontece com a padronização de indiferença de sentimento humano da esquerda brasileira, que faz vista grossa para as maldades que estão acontecendo com o povo da Venezuela, que já fugiu em multidão para outros países, em cerca de 20% da sua população, exatamente para evitar tratamento cruel e desumano do regime socialista, que vem matando de forme e maus-tratos a população.

Como ficar insensível a esse estado de crueldade e miserabilidade provocado pelas lideranças desse regime insensato, bestial, cruel e desumano, que demonstra completa desarmonia com os princípios saudáveis de valorização do ser humano, em dissonância com a impregnada mentalidade da esquerdista, que dá o estapafúrdio entendimento de que é exatamente isso que pretende, conquanto o seu discurso é veemente pregado como sendo o socialismo a cura milagrosa de todos os males da face da Terra.

Ao contrário disso, na realidade, não podem haver maiores horror e desgraça para a humanidade, conforme mostram os fatos advindos dos países ditatorialmente governados sob a sua égide, do que o regime socialista/comunista, que precisa ser conhecido, nas suas raízes, para que pessoas as possam realmente sentir na pele o verdadeiro calor do inferno terrestre pelo qual vem passando os martirizados venezuelanos, para se concluírem se realmente vale a pena a defesa de ideologia que somente tem enorme potencial para a prática da maldade contra o ser humano e absolutamente nenhuma condição capaz de beneficiá-lo.

À toda evidência, causa estupefação em se perceber que o ser humano, por puro sentimento ideológico, consiga, mesmo de olhos abertos, não enxergar a verdade e ignorar completamente as terríveis maldades causadas ao homem, em nome do regime socialista e ainda o confessa e o defende como se ele fosse o apanágio capaz de propiciar bonanças e felicidade, quando os resultados da sua prática somente oferece destruição, miséria, atraso e as piores formas de dificuldades para a humanidade, a exemplo do que vem acontecendo nos países onde os governos o adotam, mesmo que isso implique, que é o caso real, a perda dos direitos humanos e as liberdades individuais e democráticas.

Por fim, à toda evidência, convém se notar, a propósito, que as práticas deletérias contrárias aos princípios humanitários, muitas das quais em termos de violência física, perda dos direitos humanos e das liberdades individuais, demonstram claro ferimentos aos conceitos basilares da cristandade e à dignidade do ser humano, pelo cerceamento dos comezinhos direitos fundamentais da criatura, o que vale se inferir que, o verdadeiro cristão, pode cometer heresia, ao confessar a religião católica, base para o amor ao próximo, e, ao mesmo tempo, ser credor de regime que desrespeita os princípios cristãos, por meio de atos anticristãos de violência e privação dos direitos humanos.

Ante todo o exposto, apelam-se para que as pessoas de boa vontade e que tenham amor no coração se preocupem em conhecer melhor o que realmente significa o regime socialista/socialista, esse mesmo que é exaltado e defendido pela esquerda brasileira, para o fim de se inteirarem sobre os desastres e as maldades já causados à população nas nações governadas sob à sua égide, que, em síntese, sempre resultam em atos contrários aos salutares princípios cristãos e humanitários.

Brasília, em 19 de outubro de 2020  


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