A foto da minha turma de colégio é muito famosa não somente porque ela já compôs até capa de
livro, mas em especial por sua importância maior de ela retratar muitas pessoas
queridas e inesquecíveis dos meus memoráveis tempos do amado Grupo Escolar
Jovelina Gomes, como, por exemplo, a sempre festejada professora Maria do Céu
Fernandes e muitos ilustres amigos que não os vejo desde esse glorioso momento
de estudos.
Confesso que gostaria de revê-los, todos, não somente para se reviverem
alguns momentos que eram lindos e cheios de muita esperança para todos, que
certamente lutavam bravamente para estudar e tinham bonitos sonhos para a
conquista de lugar promissor na vida.
No meu caso, que deve ter sido singular, porque eu trabalhava duro no
Sitio Canadá, por um dos turnos, na roça, no comando da enxada, sempre debaixo
de sol escaldante, e me dirigia, sempre às pressas para a escola, para cumprir
o meu compromisso de aluno certamente o mais interessado de todos da classe.
Em compensação, felizmente as minhas notas enchiam de orgulho os meus
queridos pais, em especial a minha amada mamãe Dalila, que tinha a incumbência
de pegar o boletim escolar e sempre sorria ao ver as notas de seu dedicado
Antonio, que realmente, desde muito jovem, compreendia que somente os estudos
poderiam mudar aquela situação bastante adversa, de enormes dificuldades.
Como não poderia ser diferente, fico feliz e até emocionado quando
revejo essa foto, porque sinto que o meu olhar mirava distante horizonte, que
realmente seria de muitas e renhidas lutas, batalhas ferozes que se me apresentavam
no caminho da vida, mas felizmente de maravilhosas vitórias acumuladas nesse
longo percurso.
Exemplo disso é o fato de eu puder dizer da minha felicidade de ter sido
orientado por excelentes professoras, que souberam transmitir para mim, com
muita maestria, as principais e fundamentais lições sobre a necessidade da
importância da continuidade dos estudos e foi exatamente o que fiz, tão logo
quando cheguei em Brasília, nos primórdios do longínquo ano de 1966, quando
aqui cheguei.
Eu carreguei da querida Uiraúna, na diminuta bagagem, acomodada em
pequena valísere, o abarrotamento de sonhos e disposição para o enfrentamento
das agruras que se descortinavam para aquele jovem destemido guerreiro de
múltiplas ideias, entre as quais a de ser vencedor com a sua inquebrantável
disposição para o trabalho.
Enfim, é com muita alegria que publico a presente fato, que mostra as
carinhas desses “anjinhos” pensativos e estudiosos, na certeza de que todos
tenham vencido na vida e construído belas famílias, que certamente hão de dar
continuidade aos mesmos sonhos vividos por nós, naqueles remotos tempos, quais
sejam, o de vencer na vida...
Brasília, em 16 de outubro de 2020
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