sexta-feira, 16 de outubro de 2020

A importância de uma foto...

            A foto da minha turma de colégio é muito famosa não somente porque ela já compôs até capa de livro, mas em especial por sua importância maior de ela retratar muitas pessoas queridas e inesquecíveis dos meus memoráveis tempos do amado Grupo Escolar Jovelina Gomes, como, por exemplo, a sempre festejada professora Maria do Céu Fernandes e muitos ilustres amigos que não os vejo desde esse glorioso momento de estudos.

         Confesso que gostaria de revê-los, todos, não somente para se reviverem alguns momentos que eram lindos e cheios de muita esperança para todos, que certamente lutavam bravamente para estudar e tinham bonitos sonhos para a conquista de lugar promissor na vida.

          No meu caso, que deve ter sido singular, porque eu trabalhava duro no Sitio Canadá, por um dos turnos, na roça, no comando da enxada, sempre debaixo de sol escaldante, e me dirigia, sempre às pressas para a escola, para cumprir o meu compromisso de aluno certamente o mais interessado de todos da classe.

         Em compensação, felizmente as minhas notas enchiam de orgulho os meus queridos pais, em especial a minha amada mamãe Dalila, que tinha a incumbência de pegar o boletim escolar e sempre sorria ao ver as notas de seu dedicado Antonio, que realmente, desde muito jovem, compreendia que somente os estudos poderiam mudar aquela situação bastante adversa, de enormes dificuldades.

           Como não poderia ser diferente, fico feliz e até emocionado quando revejo essa foto, porque sinto que o meu olhar mirava distante horizonte, que realmente seria de muitas e renhidas lutas, batalhas ferozes que se me apresentavam no caminho da vida, mas felizmente de maravilhosas vitórias acumuladas nesse longo percurso.

        Exemplo disso é o fato de eu puder dizer da minha felicidade de ter sido orientado por excelentes professoras, que souberam transmitir para mim, com muita maestria, as principais e fundamentais lições sobre a necessidade da importância da continuidade dos estudos e foi exatamente o que fiz, tão logo quando cheguei em Brasília, nos primórdios do longínquo ano de 1966, quando aqui cheguei.

         Eu carreguei da querida Uiraúna, na diminuta bagagem, acomodada em pequena valísere, o abarrotamento de sonhos e disposição para o enfrentamento das agruras que se descortinavam para aquele jovem destemido guerreiro de múltiplas ideias, entre as quais a de ser vencedor com a sua inquebrantável disposição para o trabalho.

            Enfim, é com muita alegria que publico a presente fato, que mostra as carinhas desses “anjinhos” pensativos e estudiosos, na certeza de que todos tenham vencido na vida e construído belas famílias, que certamente hão de dar continuidade aos mesmos sonhos vividos por nós, naqueles remotos tempos, quais sejam, o de vencer na vida...

           Brasília, em 16 de outubro de 2020 

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