sexta-feira, 2 de outubro de 2020

A honra da amizade!

 

Em crônica que comentei sobre a chapa da situação para os cargos de prefeito e vice-prefeito de Uiraúna, Paraíba, teci comentário sobre a sintética apresentação dos candidatos, porém com destaque para a seguinte expressão: “AGORA PODE Soltar o Grito EU VOTO EM QUEM TRABALHA Meu Voto é 14”.

Entendi que o aludido texto dá margem à insinuação segundo a qual somente o titular dessa chapa trabalha e que a outra chapa não, deixado claro sobre a impossibilidade de comparação sobre o desempenho de ambos os candidatos, eis que a opositora ao Executivo é novata na vida pública.

Com base nas minhas análises, ilustre conterrâneo houve por bem se expressar, em forma de mensagem explanando a impossibilidade do confronto entre o trabalho desenvolvido pelos candidatos concorrentes, sendo que, sobre o mesmo fato, eu já havia me manifestado nos mesmos sentido e direção.

Não obstante, o nominado cidadão se mostrou insatisfeito por conta do meu silêncio e disse, em síntese, que a pessoa que publica texto tem obrigação de ouvir o contraditório ou os aplausos, visto que até Jesus Cristo fez, no Sermão da Montanha, questionamento aos seus discípulos sobre as suas ideias.

Nesse caso, certamente que eu li e ouvi a explanação em causa, mas não me manifestei sobre ela, por ter entendido ser dispensável, já que o cerne da aludida mensagem tinha sido discorrido por mim com outras palavras e em consonância com ele, com o que, penso, não houve descortesia da minha parte, salvo melhor juízo.

De maneira muito gentilmente, o mencionado cidadão volta a se comunicar comigo, por meio de mensagem apresentando desculpas pelos comentários feitos sobre meus textos, acrescidas do consentimento no sentido de que eu, se quisesse, poderia bloqueá-lo.

Em resposta à aludida mensagem, eu fiz questão de justificar o motivo pelo qual eu havia bloqueado, em passado recente, a relação de amizade com outro cidadão, no Facebook.

          Eu disse que bloqueio sim as pessoas do meu Face quando elas se tornarem incompatíveis com os princípios de civilidade e não se dignam a se retratarem como procedem normalmente as pessoas educadas, que reconhecem o seu erro.

Eu afirmei que não seria o caso dessa pessoa, imagina?

O certo é que, outro dia mesmo, uma pessoa me chamou, de forma reiterada e grosseira, de mentiroso e outros impropérios inadmissíveis e, mesmo eu tendo deixado meu posicionamento muito claro sobre a questão, por meio de crônica, essa pessoa não teve a dignidade de se desculpar.

Na ocasião, entendi que a pessoa não estava confortavelmente no meu Face e a bloqueei e, desculpem-me a franqueza, bloquearei as pessoas que estejam incomodadas com o que eu escrevo, na forma como penso, porque estou no meu direito e no exercício da minha liberdade de pensamento e expressão, cuja liberdade também é igualmente de todos, mas de maneira educada e civilizada, como tenho procurado respeitar os direitos de todas as pessoas, menos de quem se tornarem inconvenientes para o relacionamento sociável e saudável.

Diante desse contexto, eu disse que ele é pessoa considerada gentleman e sei que ela tem consciência bastante do que fala.

Na ocasião, eu ponderei para que ficasse a critério da pessoa de querer continuar ou não com a nossa amizade no Face, mas, da minha parte, eu deixei claro, de logo e com sinceridade, que a amizade dela sempre me honra, em puder contar com ela, evidentemente em âmbito de respeito mútuo, na conformidade das relações sociais saudáveis e civilizadas.

Gostaria de afirmar que tenho procurado manter boa amizade com as pessoas, mas não posso tolerar aquelas que me agridem, em especial por mera motivação ideológica ou algo do gênero, porque não tenho como acatar isso, diante da reciprocidade do princípio do respeito, no sentido da necessidade da observância da evoluída liberdade de pensamento e expressão, que precisa se distanciar de qualquer sentimento de agressividade.

Ressaltei a esperança de que prevaleça a compreensão de que eu não tenho nada contra ninguém e espero também que ninguém tenha nada contra mim, porque, no meu coração, não existe lugar para nada que não seja construtivo e com o propósito de contribuir para o bem comum.

Pelo menos é assim que penso, apelando por que as pessoas possam ser mais tolerantes e compreensíveis para com o seu próximo.

Eu disse que essas palavras são muito lindas e doces, mas é assim que penso.

    Enfim, agradeço muito pela compreensão de todos, comprometendo-me corresponder do mesmo modo, em gentileza, como tem sido o meu jeito de viver.

          Brasília, em 2 de outubro de 2020

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