Diante da crônica que escrevi alusiva às comemorações
do Dia do Professor, a respeitável professora Socorro Fernandes redigiu
mensagem de carinho à minha pessoa, tendo dito o seguinte: “Que maravilha
amigo Antonio Adalmir! Vc é uma fonte inesgotável de belas palavras e textos
esplêndidos! que mais uma vez nos impressiona com suas expressivas atribuições!
Desta , feita, à homenagem à classe trabalhadora em EDUCAÇÃO! O magistério! por
excelência! Exercido nesse Nosso País! tão pouco reconhecido! Porém, a nobreza
da missão fortalece à força e à coragem de cada professor... que no compromisso
da sua missão e no cumprimento dos seus deveres se doa da forma mais
humanitária! Por que lida cotidianamente com a formação dos futuros cidadãos!
crianças e jovens preparados, responsáveis, dignos e capazes de conduzir
futuras gerações... Parabéns sábio literário! Suas palavras nos enriquecem de
grandes conhecimentos e aprendizados! Obrigada! ORGULHOSAMENTE PROFESSORA!
SEMPRE! Grande abraço.”.
Em
resposta à generosa mensagem, eu disse à querida professora Socorro Fernandes
que é pena que eu não consiga me expressar, em palavras, na mesma intensidade
que sinto com relação à estima ao professor e, de certa forma, isso parece ser muito
bom que assim seja, porque certamente as demais profissões iriam cair de pau, no
bom sentido, em cima de mim.
Vou
confessar agora uma pontinha de frustração que guardo comigo, como todo mundo sente
algo parecido na vida.
Meu
sonho era ser professor universitário e, para tanto, até me preparei da melhor maneira
possível para o mister, a ponto de duas matérias, no curso superior, somente eu
conseguir levar os problemas resolvidos para a aula e o professor, de uma
delas, já apontava o dedo para a minha direção e eu me dirigia ao quadro, para
mostrar como era possível se "virar nos trinta", ou seja, destrinchar
o imbróglio.
O
Resultado dessa história é que o mencionado professor queria que eu continuasse
dando aula, depois de formado e até que ainda dei algumas aulas como
profissional, mas por tempo mínimo, sem nem esquentar a cadeira de professor.
Houve
dois importantes empecilhos para a minha desistência de me tornar talvez o pior
professor de Brasília, quais sejam, eu exercia importante cargo em comissão no
trabalho, já ganhando o suficiente para custear as despesas mensais, e o
salário de professor universitário era irrisório, naquela época, no meado da
década de setenta, não compensando o hercúleo sacrifício que eu precisaria
fazer para conciliar as duas importantíssimas atividades, mesmo eu tendo
absoluta certeza de que ser professor era a profissão dos meus sonhos, pelo
tanto que eu a admirava e ainda a venero.
Acho
que a minha missão, como patriota, foi cumprida a contento e de maneira
satisfatória, mesmo não ministrando aula na sala, mas tenho certeza de que ela foi
muito bem executada no controle do dinheiro público, que foi o que fiz com muita
dedicação, por mais de trinta e anos.
Muito
obrigado, estimada professora Socorro Fernandes, pelo carinho sincero ao meu
trabalho literário.
Brasília, em 16 de outubro de 2020
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