Em
pouco mais de três anos de governo, o presidente da República tem muito pouco a
comemorar, em termos de resultados socioeconômicos, salvo um caso ou outro que
faz parte das promessas da campanha eleitoral, porque todo candidato somente excelentes
realizações no seu governo.
Com
a finalidade de mostrar muitas dificuldades oferecidas ao desempenho do governo,
seguem algumas análises que jamais deveriam ter ocorrido, porque elas precipitam
reais desencontros da eficiência pretendida na gestão pública com os
inevitáveis resultados, que não são os melhores, à vista da rejeição popular ao
presidente do país.
Como
o principal órgão incumbido de tratar dos assuntos relacionados com o combate à
pandemia do coronavírus, o Ministério da Saúde foi cuidadosamente aparelhado
com militares e negacionistas profissionais, liderados por general leigo em medicina
e sanitarismo, que contribuíram para a reversão da tradicional e consolidada imunização
ao longo de décadas, a cargo do SUS.
Aquele
ministério ficou quase acéfalo durante a fase crucial da pandemia, com exceção da
contribuição de abnegados profissionais e agências, que se dedicaram bravamente
para manter elevado o conceito do trabalho de incumbência desse órgão.
Ressalte-se,
em especial, que a compra das vacinas se transformou em verdadeira batalha
interna do governo, tendo como cenário terrível conjunto de trapalhadas lideradas
pelo presidente do país, a ponto de o ministro da Saúde esclarecer à imprensa
que cumpria ordens superiores, se referindo ao chefe do Executivo, em razão da
compra de imunizante.
Enquanto
isso acontecia, as quadrilhas de oportunistas tentavam desviar verbas
bilionárias, envolvendo a venda de vacina, conforme investigação e documentação
coligidas pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid, que funcionou no Senado
Federal.
Por
sua vez o Ministério da Educação se transformou em objeto de disputas de
ideologias e ninguém consegue implantar políticas sérias para a melhoria da
qualidade do ensino brasileiro, sobressaindo obstáculos em praticamente todas
as unidades daquela pasta, todas estratégicas para a implantação de políticas de
modernização da educação.
Os
servidores do Ministério da Educação, praticamente, foram substituídos por
amadores e fanáticos ideológicos, tendo como consequência as notórias agonia e regressão
generalizadas nos trabalhos necessários às mudanças de modernidade da educação,
quando se pretende ensino de real qualidade, que tem sido muito diferente dos
resultados alcançados por esse governo, que não tem iniciativa para reformar absolutamente
nada, em termos da educação compatível com a grandeza do Brasil, bem assim do
seu desenvolvimento.
Outro
gigantesco travamento do progresso ocorreu com os investimentos tão necessários
na Ciência, que, ao contrário do sinônimo de progresso, foram reduzidos e
permitiram a impossibilidade de implantação de importantes programas próprios da
área, tendo como consequência a fuga de talentos e bons cientistas para o
exterior, em razão da falta de apoio do governo, em especial financeiro.
Esse
dado demonstra o cúmulo da incompetência gerencial, particularmente alarmante
para o desenvolvimento do país, que permanece estagnado em termos de ciência e
tecnologia, devido à falta de prioridade para área considerada vital para os
setores do governo, que se encarregam da criação de ideias capazes de
contribuir para o desenvolvimento em geral.
Como
a melhoria da educação e das pesquisas científica e tecnológica é fundamental para
o progresso do país, por se tratar de verdadeiro passaporte para o futuro, há realmente
muita dificuldade para o desenvolvimento socioeconômico, diante da acefalia de
ideias e gerenciamento em sintonia com o progresso.
A
contribuição negativa do governo, nessas áreas importantes, demonstra
indiscutível retrocesso em todas as atividades, de modo a contribuir para comprometer
a vida de uma geração inteira de brasileiros, mesmo que se agilizem as necessárias
medidas para a correção das gigantescas omissões por parte deste governo, de
quem se esperava medidas objetivas de mudanças, em todas as políticas públicas,
tendo por finalidade beneficiar a sociedade.
Ninguém
tem dúvida de que o presidente do país se elegeu sob a égide de projeto
econômico ultraliberal, tendo o respaldo do então economista que foi
transformado em poderoso ministro da Economia, com o codinome de “posto
Ipiranga”, por ser especialista entendedor de tudo, em especial nas áreas da privatização
e do enxugamento da máquina pública, que praticamente permaneceram intocáveis e
o resultado é a máquina inchada, inoperante, ineficiente e onerosa.
Na
verdade, aquele conhecido por posto Ipiranga até agora não revolucionou a economia,
como prometido, tendo como começo a privatização e a venda de ativos públicos,
além das mudanças estruturais que poderiam contribuir para a redução do Estado,
como forma de contribuir para o melhor desempenho dos investimentos privados.
A
bem da verdade, nada dessas megalômanas metas foi implementado, diante, ao que
tudo indica, da falta de vontade política e de interesse para as mudanças
prometidas na campanha eleitoral, quando já se aproxima, daqui a pouco, nova batalha
eleitoral.
O
certo é que as metas prometidas na campanha se chocaram com a realidade
antagônica, dando a entender que houve superestimativa dos objetivos
pretendidos, sem se levar em conta a realidade dos fatos verdadeiros, ou seja,
as metas projetadas pelo candidatos foram superestimadas, sem parâmetros para dimensioná-las.
Consequentemente,
por falta de base, ou seja, de dados precisos, nada foi feito e a realidade é
que houve a continuidade da desorganização das atividades de incumbência do
governo, com reflexos nas cadeias produtivas, além do afastamento dos
importantes investidores estrangeiros, cujos indicadores nefastos recrudesceram,
em que pese eles parecerem superados, a exemplo da disparada do dólar, para
cerca de R$ 5,60, da inflação, que atingiu 10,06%, em 2021, fatos que contribuíram
para a efetiva redução do poder aquisitivo das famílias e a desorganização dos
orçamentos dos trabalhadores.
Por
sua vez, ao invés da criação de empregos, o perverso desemprego foi potencializado,
tendo atingido o recorde de 14,8 milhões de trabalhadores.
Nesse
particular, em que pese ter havido pequeno recuo, o índice de desemprego se
mantém em patamar elevado de 14 milhões de desempregados este ano, segundo a
Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Após
grande queda nas taxas de juros operadas pelo Banco Central, que não se sustentaram
por longo tempo, a Selic voltou a operar em dois dígitos, onde deve permanecer
até pelo menos o próximo ano e isso é muito ruim, porque tem implicação com o
pagamento dos juros, a quem o governo é inseparável refém, por força das suas
elevadas dívidas.
No
que diz respeito ao controle das contas públicas, o atual governo conseguiu desmoronar
importante pilar, em que pese ele constituir um dos maiores ganhos
institucionais do país, desde a redemocratização, com a aprovação da Lei de
Responsabilidade Fiscal - LRF, que foi fundamental para o crescimento econômico
nos últimos anos, como auxiliar do controle inflacionário.
Essa
importante norma de controle fiscal foi detonada pelo presidente do país, tendo
conseguido a ultrapassagem do teto de gastos públicos, por entender que são necessários
ajustes nos gastos, com vistas, pasmem, às medidas sociais visando à reeleição,
de que se fez imperiosa a liberação das contas públicas, com a farra da irrigação
nos gastos populistas e eleitoreiros, em evidente dissonância com o interesse
público.
Outra
aberração deste governo veio com a estapafúrdia invenção do “orçamento secreto”,
tendo por exclusiva destina, por incrível que seja, a compra do apoio político
no Congresso Nacional, driblando por completo o sentimento de moralidade dos
gastos públicos, diante da inexistência de prestação de contas por parte dos
beneficiários.
Isso
oficializa a entrega do orçamento público para os interesses de oportunistas,
que podem fazer farra, à vontade, com recursos públicos, realizando gastos sem
qualquer controle, fato este que o governo ressuscita o mensalão, diante da distribuição
de dinheiro para quem bem se dispuser a apoiar os projetos do governo no Congresso,
ou seja, o Brasil revive os tempos de patifaria com o dinheiro do contribuinte.
O
certo é que o atual governo, em termos de orçamento público, perdeu
completamente a compostura, por ter conseguido se igualar, em termos de ilegitimidade,
aos governos gastadores do passado, só que a forma de desmoralização ultrapassar
em muito aos seus antecessores, porque a sua atitude é bem pior do que no passado,
por se tratar de abuso oficializado com o dinheiro público, eis que, no caso do
orçamento secreto, ele foi aprovado pelo Legislativo, enquanto o mensalão era operado
por debaixo dos panos, totalmente irregular e criminoso.
Não
há a menor dúvida de que a inaceitável farra praticada nas contas públicas e o
populismo fiscal são fatos assombrosos e irresponsáveis, diante da falta de
respaldo legal e moral, que se materializa para fins meramente eleitoreiros, em
atendimento de interesse pessoal do presidente do país, cujas medidas merecem o
repúdio dos brasileiros honrados e dignos.
A
propósito, ressalte-se que a PEC dos Precatórios, que implodiu na prática o
teto de gastos, consagrou o calote oficial e aumentou a insegurança jurídica, que
era um dos pilares do custo Brasil.
As
permissividades nas contas públicas criarão verdadeira bola de neve na dívida
pública, que poderá ultrapassar a estratosférica cifra da ordem de R$ 900
bilhões, criando ônus insuportável para os sacrificados contribuintes, que já
suportam umas das mais perversas cargas tributárias do mundo.
Não
se pode olvidar que as pedaladas do governo nas contas do setor elétrico poderão
deixar outra bomba inflacionária, com passivo de cerca de R$ 140 bilhões, que
será repassado aos consumidores no próximo ano, segundo conclusão do Instituto
Clima e Sociedade.
Aquele
instituto esclarece que a próxima gestão herdará inevitável disparada nas
contas de energia elétrica, como resultado de problema não solucionado neste
governo, que simplesmente o jogará para debaixo do tapete e terá que ser
assumido pela gestão futura, ou mais precisamente pelos brasileiros.
Convém
assinalar que, por conta da crise hídrica, a conta de luz sob o atual governo já
teve aumento de 35%, desde janeiro de 2019, quase o dobro da inflação oficial, medida
pelo IPCA.
De
acordo com a Aneel, quase 40% dos consumidores já atrasaram o pagamento da
conta de luz, por pelo menos um mês, que é o maior índice verificado desde
2012.
A
par desse dado, o consumidor de baixa renda vem enfrentando enormes dificuldades,
conforme há estatísticas que mostram que, no final de 2021, a proporção de
brasileiros endividados bateu o recorde de 76,3%, em relação ao ano anterior.
A
síntese desse governo é o de que, ao invés da fartura prometida, os três anos dele
são marcados pelo aumento da miséria e pela volta da fome, com cenas dantescas
de pessoas disputando ossos em caminhões e filas à espera de cestas básicas.
A
insensibilidade social se mostra atenta, em que pese o presidente do país ter
sido eleito fazendo críticas ao programa Bolsa Família, sob a alegação de se
tratar de benefício viciado, que perpetua a pobreza e isso, por óbvio, poderia
sinalizar que, necessariamente, haveria mudanças na parte que se refere às
questões sociais, mas não foi exatamente isso que aconteceu, porque as crises ocorridas
no período de governo só contribuíram para potencializar as dinâmicas da
gravidade social, que não foi correspondida, em termos de medidas compatíveis ao
seu combate.
Não
obstante, já no poder, o presidente do país nada fez para o aperfeiçoamento do
programa, com vistas às necessárias mudanças, salvo para aumentar o valor do seu
pagamento, por meio do Auxílio Brasil, que tem indiscutível finalidade eleitoreira,
com vistas à tentativa de recuperação das popularidades perdidas, tanto sua
como do seu governo, de modo a se turbinar o programa e apenas o rebatizar com
outro sugestivo nome e nada mais.
Como
tudo que este governo faz tem por finalidade populista e eleitoreira, com a mudança
do nome do Bolsa Família, houve a eliminação da necessidade de frequência
escolar e da vacinação obrigatória das crianças, ou seja, na verdade, houve
pioro, em relação ao que existia.
Em
resumo, a impressão que fica é a de que houve regresso ao cabresto eleitoreiro e
ao coronelismo político, em consonância com programa destinado à disseminação da
miséria, quando o sentido objetivado pela competência administrativa, já deveria
existir, em três anos, programa social decente, com vistas à efetiva erradicação
da pobreza, por meio de iniciativas de criação de emprego e estímulo ao
desenvolvimento das regiões afetadas pela ausência de governo.
Ou
seja, o governo com o mínimo de vontade política e competência administrativa já
teria implantado programa capaz de mandar para o espaço sideral os programas
assistencialistas e eleitoreiros, a exemplo de Bolsa Família, que somente
servem de eterno paliativo, exatamente por meio da criação de programa sério e sustentável,
destinado a assegurar dignidade às famílias pobres, por meio da criação de
empregos e outras atividades dignas, em termos humanitários.
Sabe-se
que o presidente descartou a adoção de projeto de metas contra a pobreza, que
se destinaria ao estudo dos problemas sociais enraizados nas regiões mais pobres
do país, porque isso demandaria tempo, mas ele tem pressa em ver resultado do
seu “novo” Auxílio Brasil.
Outra
área que foi completamente deformada pelo governo foi o meio ambiente, que
sofreu cabal desmanche nas suas estruturas, cujos resultados aparecem nas notícias
sobre desmatamentos nos principais biomas brasileiros, inclusive com as
queimadas detonando a imagem do Brasil, no exterior.
É
evidente que, nessa área, não se verifica desastre natural, porque o chefe do
Executivo assumiu publicamente o patrocínio de grileiros, madeireiros e garimpeiros
ilegais.
E
o pior que órgãos de fiscalização, a exemplo do Ibama e do ICMBio, foram
desmantelados, nas suas estruturas, evidentemente com finalidade de facilitar o
avanço do poder econômico nas áreas agredidas pela ação do homem, na sua
ganância pelo lucro econômico, não importando na perda de qualidade da vida do
próprio homem.
Há
notícia de que agentes da Polícia Federal, incumbidos de operações contra o
tráfico de madeira, foram afastados, perseguidos e punidos injustamente, cujo resultado,
segundo o Instituto Amazon, foi o maior desmatamento na Amazônia em 14 anos,
com expansão da degradação florestal de 29%, apenas em 2021.
A
verdade é que a devastação da Amazônia está mudando o regime de chuvas em
muitas regiões, fato este que vem causando prejuízos bilionários ao
agronegócio, ao longo dos anos, com sinalização de que a tendência do
desmatamento contribui, de forma significativa, para agravar ainda mais o que
já é ruim do meio ambiente.
Causa
espécie e até espanto, especialmente por parte dos especialistas e da
comunidade internacional, que o presidente do país se orgulha desse feito e até
assegura que vem cuidando das florestas brasileiras, em que pese o indiscutível
desmantelamento das estruturas administrativas pertinentes.
Estranhamente,
por ocasião de evento oficial, em Brasília, o presidente brasileiro anunciou,
com semblante de orgulho, que o governo reduziu em 80% as infrações ambientais,
tendo ele declarado, verbis: “Paramos de ter grandes problemas com a questão
ambiental, em especial no tocante à multa”, e ainda elogiado o trabalho
realizado pelo ex-ministro da pasta, que é investigado por suspeita de
envolvimento com madeireiros ilegais.
Ao
que parece, o presidente do país acha interessante dar sinal verde aos crimes
ambientais, como maneira de estimular o progresso econômico, embora isso seja
extremamente prejudicial à preservação das florestas, conforme mostram os fatos.
O
presidente brasileiro conseguiu realizar, com relativo sucesso, a flexibilização
de armas de fogo, que foi uma das suas bandeiras na campanha eleitoral, ao relaxar
as normas de controle de armamentos, com a eliminação do rastreamento de armas e
a permissão do uso de armas especiais por grupos fora do controle das
autoridades.
Trata-se
de verdadeiro desastre, em forma de pesadelo para a sociedade, que tem autorização
para o uso de armas, quando nem todo mundo tem condições de usá-las com as
devidas segurança e precisão, cujo reflexo dessa aberração tem como contraprestação
a enorme facilidade para a criminalidade se beneficiar de mais armas em poder
da população.
Os
efeitos dessa tragédia poderão ser impactantes, em futuro não muito distante,
porque somente a liberação do uso de armas não é suficiente para tornar eficiente
o sistema de segurança pública, que exige investimentos maciços para torná-lo capaz
de propiciar proteção e segurança à população e ao seu patrimônio.
Com
esse sistema de liberdade do uso de armas de fogo implantado pelo governo, a violência
urbana tende a se intensificar, à falta de outras medidas de segurança pública,
segundo o entendimento de que nunca a criminalidade foi tão beneficiada com as
melhores perspectivas de favorabilidade às suas práticas delituosas, permitindo
expansão tranquila do crime organizado, ante a excelente abertura para as suas
ações criminosas, aproveitando a oportunidade proporcionada pelo presidente
armamentista, tudo fez sem o merecimento de estudos de impacto social, em
respeito à vida humana.
À
toda evidência, o governo tanto se esforçou que conseguiu a volta da impunidade
e da corrupção, que já ganharam o sinete da administração, com o sepultamento da
Operação Lava-Jato, por meio da nomeação de procurador-geral da República, que
cuidou desse processo, e o aparelhamento da Polícia Federal, além da tentativa
de interferência em órgãos de controle, a exemplo do Conselho de Controle de
Atividades Financeiras, com a finalidade de impedir investigações contra sua
família, envolvida com denúncias sobre “rachadinhas”.
Como
não seria favorável ao governo, a emergência sanitária recebeu a culpa para a gigantesca
crise econômica que o país de encontra mergulhado, porquanto é inevitável a exposição
da incompetência gerencial do governo, de dispôs a priorizar a insurreição de
agressões às instituições da República, em especial o Supremo Tribunal Federal,
que, por muito pouco, quase seria responsabilizado por golpe de Estado, que vinha
sendo arquitetado pelo presidente do país, cujo façanha fez parte se seus
mirabolantes planos, pelo menos até dia 7 de Setembro, quando ele foi demovido
dessa trágica ideia.
Sabe-se
que o mundo vem se preparando, estrategicamente, para o enfrentamento do
pós-Covid, mas não se tem notícia de iniciativa alguma nesse sentido, no
Brasil, ao se preferir esperar que primeiro imploda o desastre para se pensar
no que poderá ser feito, permitindo que os estragos se alastrem e os danos
sejam inevitáveis, como sói acontecer.
Não
há a menor dúvida de que o custo das improvisações e do desgoverno certamente será
cobrado na forma de dificuldades de desenvolvimento e intensificação das desigualdades
sociais, ante a paralisação do crescimento econômico, exatamente em razão da
falta de medidas preventivas, sempre necessárias, quando o governo se organiza
para o enfrentamento de crises.
Diante
desse quadro de incertezas administrativas, o Brasil vem deixando de ser
atrativo para os investidores estrangeiros, que retiraram o seu capital para
outros países com melhores perspectivas, à vista da instabilidade mostrada pelo
comando do país, que não tem planos destinados à estabilização das crises da economia
e à retomada do crescimento pós-Covid.
Por
fim, saliente-se que, em março de 2019, o presidente do Brasil discursou, em Washington
(EUA), e disse para lideranças conservadoras que “O Brasil não é um terreno
aberto onde nós pretendemos construir coisas para o nosso povo. Nós temos é que
desconstruir muita coisa. Desfazer muita coisa. Para depois nós começarmos a
fazer. Que eu sirva para que, pelo menos, eu possa ser um ponto de inflexão, já
estou muito feliz”.
Agora,
tem-se a certeza absoluta de que o presidente do país conseguiu sim “desconstruir
muita coisa. Desfazer muita coisa”, conforme mostram os resultados do seu
governo, que não deixam dúvidas de que as suas promessas foram literalmente
cumpridas.
Não
obstante, os brasileiros ainda nutrem a esperança de que tudo que o presidente
pôde desconstruir e desfazer já tenha conseguido implementar, nos seus três anos
de governo, e que o restante da sua gestão seja suficientemente capaz para que ele
possa “construir coisas para o nosso povo”.
Brasília,
em 26 de janeiro de 2022