Uma cantora tcheca, que era contra a vacinação anticovid,
resolveu correr o risco de se contaminar, deliberadamente, para obter o
passaporte de vacinação.
Para azar dela, o seu intento resultou no seu falecimento,
aos 57 anos, por complicações relacionadas à doença.
Em entrevista a uma rádio pública tcheca, o filho da
cantora confirmou que a mãe era antivacina e que ele e o pai dele estavam
completamente imunizados contra a Covid-19, mas contraíram a doença no final do
ano passado.
Na ocasião, a cantora decidiu se expor, de propósito, à
Covid-19, segundo disse o filho dela, nestes termos: "Ela preferiu
viver normalmente conosco e pegar a doença para não ter que se vacinar. É
triste que ela quis mais acreditar em estranhos do que em sua própria família".
Nas redes sociais, a artista chegou a comemorar a contaminação,
tendo afirmado, verbis "Estou muito feliz porque, desta forma,
poderei ter uma 'vida livre' como os outros, ir ao cinema, tirar férias, ir à
sauna, ao teatro", escreveu ela quando teve a confirmação que realmente
estava infectada.
Em caso idêntico, em novembro de 2021, um austríaco também foi
a uma festa, para se contaminar de propósito, pegou Covid-19 e faleceu.
No caso da cantora, é curioso que a atitude dela foi elogiada
por muitos de seus fãs e amigos que também expressaram o desejo de pegar a Covid,
para se imunizar, ao invés de se vacinar como fazem as pessoas normais.
Dois dias antes da sua morte, a artista voltou a
compartilhar, nas redes sociais, informações sobre seu estado de saúde, quando
havia afirmado estar emocionada por ter vencido a doença, quando não era
verdade.
A ex-cantora também teria afirmado que, para comemorar o
seu altruísmo, faria uma viagem "urgente" a uma praia, quando tivesse
alta.
O filho da cantora se diz convencido de que militantes
antivacinas da República Tcheca são os principais responsáveis pela morte da sua
mãe.
Em um post no Facebook, ele culpa diretamente um ator e uma
bióloga, que os nomina, os quais são representantes daquele polêmico movimento,
que até se vangloriam em dizer em "ter sangue em suas mãos".
A cantora compartilhava, frequentemente, posts dessas duas
figuras contra os imunizantes anticovid.
O rapaz também contou que ele e o pai tentaram, incansavelmente,
convencer a cantora a se vacinar, mas todas as tentativas foram em vão.
Ele espera que, ao divulgar a trágica história sobre a
morte de sua mãe, puder esclarecer sobre a importância de ouvir especialistas e
confiar em dados seguros sobre a vacinação.
O
rapaz explicou que "Minha mãe não foi apenas alvo de uma desinformação
total, mas também acreditava em opiniões sobre a imunidade natural e anticorpos
que criaria quando pegasse a doença".
A República Tcheca, como o resto do mundo, enfrenta, na atualidade,
nova e preocupante onda da Covid-19, que é impulsionada pela variante ômicron.
Ontem, o Brasil registrou mais de trezentos mil novos casos
da Covid-19, sob tendência desse número aumentar, atingindo o pico da incidência
no mês de fevereiro.
É graça à vacina que a incidência de mortes por causa da Covid-19
diminuiu drasticamente, em todo o mundo e especialmente no Brasil, que chegou a
registrar, por dia, mais de 4 mil mortes, quando agora os óbitos estão abaixo
de 200 mortes e isso pode perfeitamente ser considerado verdadeiro milagre, mas,
infelizmente, possivelmente por motivação ideológica, muitas pessoas preferem
resistir ao apelo à imunização e ainda disseminar notícias negativas e
contrárias a esse procedimento tão salutar à vida.
É
possível que a vacina possa não ser completamente segura e confiável, mas o
imunizante tem a sua serventia da maior relevância, em se tratando de pandemia,
cujo efeito maléfico foi devastador e a vacina é responsável pela preservação de
muitas vidas, em que pesem muitas pessoas, com suas crendices e ideologias, não
acreditarem no seu poder de imunização, preferindo acreditar que os riscos de
vida são muitos grandes, o que não é verdade, solvo a morte de algumas pessoas,
que tem sido em percentual quase que insignificante, em especial em relação às
mais de 4 mil vidas perdidas diariamente, antes da vacinação.
É
evidente que não precisaria que morresse a cantora para se chamar a atenção
para a existência dos negativistas, que ficam, erroneamente, fazendo propagando
negativa contra a vacina, a despeito de poucas mortes, quando o tanto de vidas
preservadas justifica em muito o possível risco de se tomar vacina, porque a
segurança de se evitar maiores consequências é certamente bem maior do que não
tomar vacina e ficar exposto ao deus-dará da sorte, torcendo para a proteção do
Deus da saúde.
É
preciso que as pessoas se conscientizem, diante da gravidade da pandemia, sobre
os riscos que correm sem a proteção da vacina, que praticamente aumenta de
intensidade, de forma expressiva, a incidência de morte, por força da inevitável
contaminação, exatamente em razão do efeito da Covid, que tem sido devastadora
em relação àqueles que não foram imunizados, por temerem efeitos colaterais,
sem sopesarem que nada pode ser pior do que ficar desprotegido do vírus.
Em
termos de sentimento quanto à necessidade da preservação da vida, é consenso do
meio científico de que os negacionistas que defendem, de forma irracional, o distanciamento
da imunização, prestam nefasto e perverso desserviço à causa humanitária, quando
as suas ações estão em clara serventia da desinformação e do encorajamento a
atitudes como a que levou à morte da cantora mencionada acima e de muitas
pessoas que preferem correr esse sério risco, em renúncia à vida, no caso de
outros experimentos sem a menor segurança nem eficácia.
Apelam-se
aos insensatos da militância negacionista que guardem consigo a sua convicção sobre
o seu pensamento contrário à imunização, deixando que cada pessoa tome a
iniciativa de avaliação sobre a conveniência ou não de se vacinar, uma vez que
a mobilização contra as vacinas tem contribuído para muitas mortes, conforme
mostram as notícias nesse sentido.
Brasília, em 21 de janeiro de 2022
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