Na mesma ocasião, o
ministro da Saúde, evidentemente parafraseando o negativismo do presidente do
país, afirmou que "Às vezes é melhor perder a vida do que perder a
liberdade", cujo posicionamento é mais absurdo desserviço prestado por
essa autoridade, porque a principal função dele é proteger a saúde da população
.
Fica muito claro que o
ministro da Saúde escolheu o lado da política, muito mais por motivação eleitoreira,
em detrimento da essência da sua função de zelar pela saúde do povo, ficando
bem evidente o alheamento do governo à gravidade da pandemia do coronavírus.
É bastante estranha a mentalidade de quem valoriza a liberdade, em
detrimento da vida do ser humano, conforme defende a mensagem em tela, da autoria
da principal autoridade em saúde pública, pelo menos é o que se pode inferir,
por ele ser o chefe do órgão com função constitucional de proteger as saúde dos
brasileiros.
Penso que a exigência de vacina tem vinculação direta com a preservação
da vida e, em qualquer circunstância, esta jamais pode ser confundida, em termos
de calor, com a liberdade.
Antes da vacina, morriam, por dia, mais de 4 mil brasileiros, enquanto,
agora, com a vacina, há notícia de apenas, no máximo, 200 mortes e isso é
fantástico, porque demonstra o tanto de vidas preservadas.
Como ser indiferente à vacina, que proporcionou a preservação de
milhares de vida?
A liberdade é extremamente importante sim, mas, sem saúde, ela tem valor
tão significativo à absolutamente nada.
Na verdade, trata-se o sentido da liberdade como se não existisse a
Covid, que foi capaz de matar mais de 600 mil pessoas em muito pouco tempo.
É preciso se compreender que, no auge da pandemia, não tinha vacina, não
tinha liberdade e todos que se salvaram ainda deram graças a Deus, mesmo tendo
ficado privado a absolutamente tudo, especialmente, repita-se, à liberdade.
Agora, não se sabe exatamente por qual razão, fala-se em liberdade como
se essa tivesse a primazia da saúde, devendo se compreender que ambas têm a sua
importância e precisam ser compreendidas cada qual no seu momento, de modo que
o tratamento dispensado elas estejam em harmonia com as suas funções especiais,
sem essa de primazia da liberdade.
Novos tempos em que a ordem natural consegue ser invertida não pela
insensibilidade humana, com o respaldo da insensatez ideológica, que já
demonstrou verdadeira tragédia, em forma de calamidade humanitária.
É triste que o homem se deixe influenciar, quando ele precisa agir com
base nos salutares princípios do bom senso e da razoabilidade, sempre pensando
no que seja melhor para a sociedade, em sintonia com a evolução da humanidade.
Apelam-se para que se respeitem a luta pela preservação da vida,
evidentemente sem desmerecer a importância da liberdade.
Quem discordar da vacina, que seja fiel aos princípios, não a tomando, mas
tenha a dignidade humana de respeitar as pessoas que se submetem às medidas e
às orientações aconselháveis à preservação da vida, porque quem se respeita tem
o direito de não a tomar, à vista da liberdade de pensamento, opinião e
sentimento.
É preciso haver a conscientização
de que a imunização é medida que tem arcabouço científico, mesmo que ainda não
haja plena segurança e eficácia, mas já está mais do que provado, com a
significativa redução das mortes, a par de que também a sua implantação já foi
capaz de ajudar, em termos socioeconômicos,
os países, diante da criação de atmosfera positiva de maior segurança para as
populações e ao mesmo tempo há a evidência da maior tranquilidade para o
sistema público de saúde, evitando casos graves e, sobretudo, sobrecarga do
sistema de atendimento médico-hospitalar.
É inacreditável que, em plena experiência evolutiva do homem, com o aproveitamento dos benefícios resultantes dos avanços da ciência e da tecnologia, ainda existem mentalidades que defendem, como metas de governo, a liberdade, em claro desprezo à vida, fato este que só demonstra a inversão dos valores inerentes ao ser humano, cuja grandeza se sobrepõe a tudo que existe na natureza.
Convém que seja necessário o
compromisso com a responsabilidade cívica e humanitária, quanto ao respeito à liberdade
de se tomar vacina ou não, a depender do grau da compreensão, em especial,
sobre os riscos que correm aqueles que preferem não se vacinar.
Brasília, em 07 de janeiro
de 2027
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