Vem circulando, nas redes sociais,
mensagem de bolsonaristas dizendo que governadores e prefeitos de São Paulo e
Rio de Janeiro estão arquitetando críticas ao presidente da República, por ocasião
do Carnaval, conforme o texto a seguir.
“ATENÇÃO: Já se sabe que
governadores e prefeitos das cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo estão
financiando as Escolas de Samba, pra fazerem sambas enredos CONTRA o Presidente
Bolsonaro. Já se sabe que governadores das cidades do Rio de Janeiro e São
Paulo estão pedindo para as Escolas de Samba fazerem uma ‘paradinha’ para GRITAR
EM CORO ‘FORA BOLSONARO’. O que podemos fazer contra essa sujeira? Como o Covid
aumentou ESTUPIDAMENTE depois do Réveillon, temos que pressionar para que NÃO
HAJA Desfiles das Escolas de Samba. TEMOS QUE PRESSIONAR ATRAVÉS DAS REDES
SOCIAIS, É ÓBVIO! Se você é Bolsonarista, compartilhe por favor.”.
Essa mensagem é a prova viva e
autêntica da mentalidade das pessoas que aprenderam o pior da prática política
e querem pôr em evidência, ao preferirem discutir como reação, em termos de
agressividade, para o fim do combate nas redes sociais, tendo por propósito
exclusivo tão somente a medição de forças no campo da mediocridade, que não
leva a coisíssima alguma, salvo em acirramento da imaturidade e da
irracionalidade, enquanto os eventuais desvios na gestão pública, por causa de
possível deficiência, continuam a
prejudicar a população, por tempo indefinido.
À
vista dessa constatação, convém que os brasileiros, que realmente amam o
Brasil, se conscientizem, o mais urgentemente possível, no sentido do respeito à
liberdade de expressão e manifestação, no âmbito da importante permissividade
democrática, onde os cidadãos são livres para criticar inclusive e
especialmente o governo, apontando o que acharem que está errado, e, ao mesmo
tempo, propugnarem por que se tenha a devida competência para o combate às
acusações, às mentiras, por meio de trabalho competente que resulte em real benefício
do povo.
Ou
seja, é preciso se compreender que as críticas dirigidas ao governo nascem,
normalmente, em razão de possíveis desacertos na gestão de políticas que
precisam ser identificadas e tratadas com a devida competência, sem necessidade
de discussão nas redes sociais, que somente levam à distensão dos problemas,
muitas das vezes resultando em prejuízo para a sociedade.
As
questões sociais precisam ser levantadas e discutidas pelo governo, no interesse
da viabilização do seu saneamento, mediante a compreensão sobre a necessidade do
entendimento no sentido de que é importante se auscultar os reclamos da
sociedade, no seu conjunto, independentemente de ideologias, para o fim da adoção
das medidas pertinentes, quanto à demoção das causas que originaram as críticas
formuladas contra o desempenho do presidente, que não basta ser considerado o
melhor do mundo, sem que não se permita avaliação sobre a sua gestão.
O
povo tem sim importante papel em se manifestar e exigir o óbvio, que é
precisamente no sentido de querer competência governamental, para a reversão, o
mais rapidamente possível, da alarmante rejeição ao desempenho da gestão
pública.
Cabe
primordialmente ao presidente do país, por meio dos órgãos competentes, identificar
se realmente a sua gestão vem priorizando as políticas de cunho social e
econômico, em benefício dos brasileiros, de modo que seja possível a adoção, em
cada caso, das necessárias medidas saneadoras, porque isso faz parte dos
compromissos do governante, na melhor compreensão de país sério e evoluído, em
termos de administração moderna, competente e responsável.
É
exatamente assim que se procedem os administradores com o mínimo de competência
gerencial, tendo a preocupação com o melhor desempenho do governo, não importando
de onde vêm as críticas, porque o povo sabe compreender o seu esforço e tudo
que vier para prejudicá-lo não terá o efeito da difamação e do fora do governo,
como assim querem os seus desafetos, na forma da descrição constante da mensagem
em apreço.
Há
de se convir que a tentativa de se usar as redes sociais, pelos bolsonaristas, como
forma de inócua reação às críticas ao governo, não resolve absolutamente nada e
ainda tem o condão de se contribuir, em demonstração de cumplicidade com as
possíveis deficiências administrativas, que precisam ser extirpadas ou
esclarecidas que elas são inexistentes, em razão dos fatos verdadeiros de
gestão.
Ao
contrário do desejável pelos bolsonaristas, de reação às críticas pelas redes sociais,
porque isso só contribui para intensificar as causas da insatisfação popular,
quando o mais razoável, nesse caso de rejeição ao governo, é o emprego dos
princípios do bom senso e da racionalidade, como forma inteligente e competente
destinada à minimização dos problemas sociais, que já atingiram limites
insuportáveis, pelo menos em termos de insatisfação popular.
À
toda evidência, não é nada recomendável, para os interesses dos brasileiros, a discussão
em público entre facções adversas, senão que haja apenas ponderação e moderação
na condução das medidas saneadoras.
A
propósito, o curioso de toda celeuma é que os chamados bolsonaristas, ao
partirem para a reação, evidentemente de forma irracional, com o contra-ataque
nas redes sociais, estão apenas caindo, como verdadeiros patinhos, na armadilha
preparada para o pior das disputas eleitorais, aceitando a mediocridade da discussão
sobre fatos que podem resultar em benefício dos oponentes ao governo.
Nesse
caso, o ideal mesmo seria ignorar o jogo baixo proposto e procurar a correção das
possíveis falhas na gestão de políticas sociais, cujo resultado seria apenas favorável
ao desempenho do governo.
É
preciso juízo para os brasileiros de bem, no sentido de apenas cuidar dos
interesses do Brasil, de modo a se buscar a solução dos problemas, por meio de
medidas competentes, inteligentes e construtivas, com o embargo de reações
irracionais, nas redes sociais, porque isso só contribui para alimentar as discussões
infrutíferas e desnecessárias, que são da vontade estratégica de quem pretende
desgastar politicamente a imagem do governo e tirar vantagem do episódio.
Brasília,
em 18 de janeiro de 2022
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