terça-feira, 11 de janeiro de 2022

O padre julgador

 

Vem circulando, nas redes sociais, a imagem de um padre pregando mensagem que procura denegrir a imagem do presidente da República e dos eleitores que o elegeram, com o teor a seguir.

Vocês querem que eu fale o quê? Aquilo que todos falam: ah, ele não trabalha porque não deixam ele trabalhar? Não, é porque ele não presta. Bolsonaro não vale nada. E quem votou nele precisa se confessar: pedir perdão a Deus pelo pecado que cometeu, porque elegeu um bandido para pôr para presidente.”.

À toda evidência, não compete ao religioso julgar ninguém, senão à pessoa dele, que deve se dedicar exclusivamente à evangelização para a qual ele foi ordenado, para ser fiel aos ensinamentos do amor entre as pessoas.

Nem mesmo Jesus Cristo julgou ninguém.

Pelo contrário, Ele pregava outra forma de julgamento das pessoas, em que dizia para os seus seguidores que somente atirassem a primeira pedra quando se sentissem sem pecado, o que é algo impossível, porque todos nós temos o pecado original.

Aqui, no caso, o padre julga tanto o presidente da República como, em especial, os eleitores dele, como sendo pecadores, quando, a bem da verdade, os eleitores jamais poderiam prevê possível desventura do mandatário, na forma como o padre julgador imagina que os atos do mandatário têm sido prejudiciais à população.

Na forma como esse padre se expressa, ele deixa transparecer muito ódio no seu sentimento perante o seu semelhante, por ter ajudado a eleger o presidente do país, que não é da simpatia dele

O julgamento do padre mostra a dissonância com os princípios de amor disseminados por Jesus Cristo, que pregava a generosidade de amar ao seu próximo como a si mesmo.

O religioso perde excelente oportunidade para ficar calado, porque ele faz julgamento absolutamente desnecessário, que somente evidencia destilação do veneno do seu ódio, que jamais deveria existir no seu coração de religioso, como aparenta ser, que precisa ter no seu hábito somente as belezas do amor, ao contrário do seu apego ao indevido julgamento de pessoas, que é contrário ao ideal de evangelização do bem, em engrandecimento às obras de Deus.

Brasília, em 11 de janeiro de 2022

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