Um
seguidor do principal líder da esquerda brasileira publicou, no Facebook,
mensagem que diz o seguinte: “A última pesquisa do Instituto Vox
Populi mostra que Lula venceria a eleição de 2022 no primeiro turno. Na pesquisa
Lula aparece com 43% contra 24% de Bolsonaro e na espontânea 33% contra 19% de
Bolsonaro. Em 2022, nossa estrela voltará a brilhar!”.
Sem querer contestar as pesquisas de opinião
pública, tem sido comum se vê que a sua base é sempre, em média, de 2.000 a
3.000 pessoas, que nem se sabe se elas são realmente eleitores, enquanto o
Brasil tem mais de 150 milhões de eleitores habilitados ao voto, o que bem
demonstra a alarmante disparidade entre o sonho à realidade.
Ao
que se pode sentir, não passa de extraordinária miragem alguém se basear em
pesquisa de apenas, no máximo, três mil pessoas contra milhões de votos, para
se concluir, como faz de forma irresponsável, as empresas de pesquisa de
opinião, que chegam a concluir que determinado candidato ganha a futura eleição
com base em consulta entre três mil votos, como se isso desse respaldo para o entendimento
de que essa insignificante amostra, o equivalente a diminuto grão de areia pudesse
capacitar ou determinar o resultado da eleição entre milhões de votos, em
regiões diferentes.
Com
isso, é perfeitamente compreensível que essas pesquisas e nada têm o mesmo
sentido, porque é absolutamente inacreditável que os brasileiros honrados, que
amam verdadeiramente o Brasil, queiram realmente que o país seja governado por
homem público que tem implicação com a Justiça brasileira, por ele responder a várias
processos sobre denúncias referentes à prática de irregularidades graves na sua
gestão como presidente da República, inclusive o cerne do objeto delas versa
sobre o recebimento de propina por parte dele, o que o torna sob forte suspeita
de malversação de dinheiro público, evidentemente até se provar em contrário.
Tudo
bem que ele até possa ser inocente, diante das alegações dele nesse sentido,
mas isso somente se confirma e tem validade jurídica, perante o regramento
jurídico, quando ele provar que as denúncias em causa não têm consistência, i.e.,
há necessidade de que haja prova em contrário às denúncias, em todos os
processos que estão em tramitação na Justiça, considerando que todos os casos estão
em plena validade, uma vez que o seu objeto não foi anulado, mas sim somente as
sentenças já proferidas.
Quanto
a isso, o que houve mesmo foi a anulação das sentenças que o declararam culpado
em dois processos, pela prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro,
exatamente porque ele não conseguiu provar a sua inocência, cuja pena já havia
sido cumprida parcialmente.
A
bem da verdade, a anulação dessas sentenças não foi em razão do mérito referente
aos crimes, não, mas sim porque um ministro do Supremo Tribunal Federal entendeu
que o juiz da Operação da Lava-Jato não tinha competência jurisdicional para
julgar as ações penais que resultaram no julgamento da prisão dele.
Isso
vale dizer que os fatos delituosos constituem irregularidades que ainda precisam
ser esclarecidas ou justificadas pelo político, visto que ele continua no dever
moral de prestar contas aos brasileiros sobre a plena licitude da sua gestão
como presidente do país, de modo que é da maior importância que ele faça
exatamente isso, antes mesmo de se colocar como representante do povo, porque
não fica nada elegante nem honrado para os brasileiros sendo governado por
alguém que responde a vários processos na Justiça, caso desgraça nesse sentido
venha a acontecer.
À
toda evidência, trata-se de fato inusitado que exige que o político seja
despertado, pelo próprio povo que o apoia, a se esforçar no sentido de procurar
limpar seu nome diante do Poder Judiciário brasileiro, especialmente porque é o
mínimo que o homem público decente deve fazer para evitar que o seu nome tenha
qualquer vinculação com processo judicial, notadamente porque o exercício de
cargo público eletivo exige o preenchimento dos requisitos de conduta ilibada e
maculabilidade na vida pública, em especial compreendendo a apresentação do nada
consta expedido pelo Poder Judiciário pátrio.
Enfim,
não se trata, em absoluto, de nenhuma desconfiança sobre a legitimidade das
pesquisas, mas certamente quanta à quantidade de pessoas pesquisadas, na
hipótese de três mil, se muita, é humanamente impossível se acreditar que
aproximadamente 1.290 pessoas, o equivalente a 43% desse total, sejam capazes de
eleger o presidente da República, como assim concluiu a mensagem em epígrafe, porque
é exatamente a quantidade de possíveis eleitores que dizem que votariam no líder
da esquerda brasileira, o que, a bem da verdade, não se pode antecipar o brilho
de absolutamente nada.
Espera-se
que os brasileiros honrados e dignos se conscientizem de que o futuro
presidente da República seja homem público que tenha no seu currículo as
melhores referências, em termos da ética e da moralidade, que não responda a
processo de forma alguma na Justiça brasileira, por qualquer motivo, muito menos
por suspeita de improbidade administrativa, além de comprovados competência,
zelo e responsabilidade perante a coisa pública, uma vez que a população não
suporta mais eleger aproveitadores de esquemas de roubalheiras, a exemplo dos
famigerados mensalão e petrolão, além dos integrantes do fisiológico Centrão.
Brasília,
em 8 de janeiro de 2022
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