Com a banalização da
violência no seio da sociedade, que é tão castigada pela incontrolável onda de homicídios,
assaltos e infinitas maldades protagonizadas exatamente com o auxílio de armas
de fogo, que tem o seu uso totalmente fora de controle por parte das
autoridades incumbidas da segurança pública, seria excelente oportunidade para que
as mentes brilhantes e inteligentes tivessem a sensibilidade de entender que a
propaganda explícita da política, mesmo que implicitamente, com o uso de armas
de fogo não pode ser ideia genial, diante do que elas realmente podem representar
para o lado também da maldade.
Imagina-se que a arma
calibre 22, pelo que se insinua na imagem mostrada na mensagem, poderá passar a
ser institucionalizada como verdadeiro símbolo para o candidato do partido com
o número 22, que teria a sua imagem identificada com essa arma e toda
propaganda, em camiseta, chaveiro, boné etc., feita sob o símbolo dela.
Não há a menor dúvida
de que, no Estado Democrático de Direito, são livres o pensamento e as ideias
criativas, sim as ideias criativas, principalmente quando elas têm como
propósito o cunho construtivo, em benefício da sociedade, que é exatamente o
contrário dessa ideia absurda de vinculação de arma a um candidato.
Não obstante, é dever
da sociedade discordar abertamente, como tenho oportunidade de fazê-lo e o faço
em nome dela, que se fortalece sempre que alguém tem condições de enxergar ou
vislumbrar algo que é claramente dissonante com os princípios comezinhos de
segurança social.
Nada impede que se faça
propaganda eleitoral fora da época legalmente autorizada, mesmo sob o risco de
questionamentos, mas seria de bom alvitre que se evitasse o uso de meios que
não condizem com o bom senso, porque este deve prevalecer também nas atividades
políticas.
Certamente que o uso de
armas de fogo deveria ser o último dos recursos de propaganda, exatamente por
se tratar de algo que tem conotação direta, conforme especificado acima, com
desgraça, destruição, crimes, enfim, violência, que destoam diametralmente em contrariedade
aos fins pretendidos com a dignidade das atividades políticas.
Espero que as pessoas de
bom senso entendam que se não tem a menor intenção de consertar o mundo nem
absolutamente nada, exatamente porque tudo que se possa dizer somente tem a
força inferior ao do minúsculo grão de areia, ou seja, ela é incapaz de
produzir o efeito de coisa alguma, mas é muito importante que as pessoas possam
dizer ao menos o que sentem sobre os fatos da vida.
Isso é forma de se
mostrar que as pessoas inteligentes também são capazes sim de entender que
armas de fogo são absolutamente contrárias aos salutares princípios que regem
as atividades políticas, eis que estas estão somente voltadas para medidas ou
ações que objetivam, em princípio, a valorização, a proteção e a segurança da
vida.
É importante ficar muito
claro de que não se pretende interferir nas ideias de ninguém e muito menos
tentar influenciar nos sentimentos das pessoas, mas sim se dizer que muitos
textos são escritos precisamente para chamar a atenção das pessoas para fatos
que possam servir de reflexão, sob o sentimento de que isso queira esclarecer exatamente
o que o homem precisa saber, em especial à vista do compartilhamento de ideias
absurdas como essa, que objetiva relacionar armas de fogo, que podem se
transformar em instrumentos letais, com objetivos políticos, em se tratando, em
especial, da diversidade de recursos úteis existente no mundo da propaganda e da
publicidade.
Não se trata de mera
opinião que tem o condão de doutrinação de coisa alguma, mas sim de verdadeiro
alerta aos brasileiros para a absurda imaginada ideia, importante que seja para
propósitos políticos, de associação a casos concretos, que podem ser despertados
para outros movimentos, no caso, de incentivo ao uso da arma de fogo, o que é
muito natural, diante do sentimento da ideologia aflorada nos últimos tempos,
em que as pessoas são transformadas em cegos sobre os fatos reais.
É importante o endereçamento
ao penhor pela atenção ao texto em causa, sabendo, de antemão, que muitas pessoas
não vão se sensibilizar com os absurdos que acontecem no dia a dia, quando elas
já são sábias o suficiente para a aceitação ao compartilhamento de propagando
política fazendo uso de arma de fogo, em que pese se tratar de risco ao perigo
e à violência que pode advir com o emprego desse cruel e vil instrumento criado
pelo homem.
Brasília, em 27 de janeiro
de 2022
Nenhum comentário:
Postar um comentário