Por se tratar de situação extremamente delicada, envolvendo a morte de ser humano, peço vênia para escrever esta crônica tendo por finalidade alertar as pessoas sobre o uso indiscriminado de drogas, em especial para algum tratamento específico, como no caso especial de emagrecimento, à vista de haver comprometimento de órgãos vitais, que parece ter sido o caso da cantora, que faleceu muito prematuramente, em razão do uso de medicamentos, sem os devidos cuidados preventivos.
O resultado oficial do exame toxicológico
pertinente revelou que as causas da morte da cantora teria sido, em especial, meningoencefalite,
hipertensão craniana, insuficiência renal aguda e hepatite, inclusive mostrando
as substâncias presentes no corpo dela, conforme a descrição constante do seu
atestado de óbito.
O painel toxicológico, com data de 21 de fevereiro, mostrou
o resultado positivo para anfetaminas, encontradas em remédio já utilizado
juntamente com outros medicamentos para controle do peso, pela cantora, enquanto
os barbitúricos, presentes em sedativos, possivelmente foram administrados
durante a internação.
O resultado da biópsia confirmou lesão hepática aguda com
inflamação e morte das células que formam o fígado, o que poderia ter sido
causado pelo uso de medicamentos.
Houve a divulgação de lista de remédios e suplementos
utilizados pela cantora, com indicação de nutróloga, para o auxílio do controle
de peso, entre eles, um estimulante anfetamínico.
De acordo com opinião de psiquiatra, as anfetaminas
costumam aumentar a substância a nível cerebral, a noradrenalina e a dopamina, tendo
como efeito colateral a diminuição do apetite para o quem tem o transtorno da
compulsão alimentar.
O quadro clínico da cantora se agravou rapidamente, depois
da internação, tendo entrado em coma no terceiro dia e logo ela foi transferida
para a UTI, vindo em seguida as lesões neurológicas, que se agravaram e sua
morte encefálica foi confirmada, ou seja, a situação clínica da cantora teve
repentina evolução por causa da morte das células do fígado.
A
propósito desse lamentável caso, convém trazer à lume a discussão sobre a
responsabilidade dos profissionais de saúde sobre o controle dos medicamentos ministrados
aos seus clientes.
Pois
bem, lembro que, certa feita, um amigo meu me relatou que, em exame de
laboratório, o seu médico pediu algo que ele, a princípio achou estranho, mas o
fez normalmente e, no retorno ao doutor, ele perguntou o porquê daquela prescrição,
tendo obtido o esclarecimento do especialista de que ele estava querendo saber
se o remédio que ele havia prescrito poderia afetar a saúde do funcionamento
dos rins.
Na
verdade, essa forma de preocupação do médico é de suma importância para o
paciente, tendo em vista que ele tinha conhecimento, talvez por experiência com
outras pessoas, de que o tal remédio poderia ser bom para curar a doença que
estava incomodando seu cliente, mas, em forma de efeito colateral, também poderia
ser prejudicial ao funcionamento de órgão essencial como os rins e isso
precisava ser avaliado, em termos de importância metabólica em geral, uma vez
que importava, para ele, não somente curar o paciente, mas ter certeza de que
isso não pudesse prejudicá-lo com o surgimento de outro mal, até mesmo com maior
gravidade.
Diante
do relato desse caso, pode se inferir que o médico, cônscio da sua gigantesca responsabilidade
profissional, quanto à administração dos medicamentos aos seus clientes, passa
a fazer parte desse processo de tratamento, porque ele tem o dever de saber qual
o resultado sobre a incidência dos possíveis efeitos colaterais dos
medicamentos prescritos e ainda tendo a obrigação de controlar as suas
consequências ao organismo do seu paciente, em termos de assimilação exata e
precisa contra o mal a ser debelado, bastando apenas se avaliar, por meio de
exames laboratoriais, a receptividade deles pelos órgãos passíveis de afetação,
em termos de possíveis prejuízo de funcionamento.
Ou
seja, não basta o médico tão somente prescrever as doses que ele acha que são
ideais para o seu paciente, mas também ter a consciência sobre a necessidade da
avaliar se outros órgãos não estão sendo prejudicados, caso em que poderia ter
sido evitado a morte dessa cantora, se o profissional tivesse tido o cuidado de
avaliar, repita-se, por meio de exames específicos, no caso dos rins, do coração
ou do fígado, se eles estavam suportando tranquilamente as dosagens recomendadas
dos medicamentos, em especial quando eles têm históricos que podem causar
efeitos colaterais graves em outras pessoas.
Penso
que essas informações possam prestar importante contribuição às pessoas e à
classe médica em geral, no sentido de que sejam da maior relevância o
acompanhamento e a avaliação sobre possíveis efeitos colaterais resultantes das
doses ministradas de medicamentos passíveis de cuidados especiais, a exemplo de
casos específicos, como emagrecimento, em que fórmulas pesadas de fármacos
podem ser incompatíveis com o normal funcionamento do fígado, dos rins, do
coração ou de outros órgãos essenciais à vida humana.
Casos
em que a avaliação laboratorial pode perfeitamente se conhecer se há ou não
incompatibilidade do medicamento com o funcionamento de determinado órgão,
quando se faz necessária a imediata troca dele por outro ou a diminuição da
dosagem ou o que for necessário para que o paciente não venha a ser
prejudicado, vindo a falecer por causa de incompetência médica que pode
perfeitamente ser evitada, a exemplo do caso em referência, em que fica evidente
que os cuidados elencados nessa síntese não foram observados, uma vez que a cantora
já foi internada com seu fígado sem funcionamento e a consequência só poderia
ter sido a pior possível, ou seja, a sua morte.
É
muito ruim escrever para relatar situação difícil como essa, mas a importância
da crônica é exatamente a de tentar mostrar que as pessoas devem se preocupar sim
com o controle do peso, mas no limite permitido pelo próprio organismo, diante
do risco do comprometimento de algum órgão vital, a exemplo do fígado, que,
normalmente, é o primeiro a ser contraminado com as toxinas medicamentosas, que,
em muitos casos, são incapazes da aceitação do processo de reversão, depois de
seriamente afetado, como no caso da cantora, que já foi internada em estado
preocupante e irreversível, vindo ao óbito.
Enfim,
há a esperança de que as pessoas se conscientizem para a real gravidade quanto ao
uso agressivo de drogas para emagrecimento e outras situações orgânicas
relevantes, mesmo prescritas por nutrólogos e outros famosos especialistas em
regimes e outras deficiências orgânicas, uma vez que o funcionamento do sistema
do homem tem as suas peculiaridades, em termos de tolerância, que precisam ser
respeitadas, uma vez a dose medicamentosa desregrada ou a falta de avaliação sobre
os efeitos colaterais podem resultar em fins imprevisíveis, em contrariedade
aos benefícios de se viver em paz com a consciência, permitindo a plena harmonia
de funcionamento dos órgãos vitais, em benefício da vida saudável.
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