Um
ator ganhador do Oscar agrediu outro ator, que apresentava o Oscar do melhor
diretor, com soco no rosto dele, causando perplexidade no ambiente da
solenidade, mas o espetáculo continuou normalmente.
Tive
o desprazer de acompanhar a cena extremamente deplorável de violência, em plena
solenidade da entrega do Oscar.
Sob
meu ponto de vista, trata-se de péssimo exemplo de falta de equilíbrio
emocional e psicológico, em ambiente de alto nível, que surpreendeu a todos pela
forma irracional e impensada como acontecido, que jamais poderia ter havido episódio
de tamanha indignidade humana, de forma absolutamente brusca, surpreendente e
covarde, perante o mundo que, talvez como eu, não esperava que situação tão
deprimente pudesse acontecer em noite de glamour.
Alguém
pode até dizer que o agressor estaria dando lição a quem teria agredido com
piada deselegante a imagem da sua linda esposa, em razão de crítica indevidamente
feita contra ela.
Sim
isso pode ter ocorrido exatamente com essa finalidade, tanto que o agressor
ainda alertou para o agredido tirar o nome da mulher dele da boca, algo assim,
dando a entender que ele ficou muito aborrecido e contrariado com a brincadeira
em tom deselegante do ator-humorista.
Sim
ele teria todo direito de revidar, porque se sentiu ofendido e quem é agredido
pensa realmente em revide e isso é normal entre os homens. Agora, a forma
animalesca processada pelo agressor merece a reprovação do mundo civilizado,
que vive angustiado pela injustificável violência por causa de pequenos
desentendidos do dia a dia, cada vez mais carregados de incompreensões entre os
homens, que precisam se esforçar bastante para servirem de exemplos para as
gerações.
Nas
circunstâncias, teria sido mais elegante que o agressor fizesse uso,
igualmente, do microfone para manifestar ao agredido, aos presentes e ao mundo
o seu real sentimento de muita insatisfação pela forma extremamente
desagradável como a sua esposa foi indevidamente tratada, uma vez que isso teria
causado constrangimento para ela, seus familiares e amigos, conquanto tudo
poderia ter ficado circunscrito no âmbito dos princípios da racionalidade e da
civilidade, como assim precisam ser tratados os desentendimentos que são
normais nas relações sociais.
De
nada adiantou o gesto de pedido de desculpas por parte do agressor, porque ele
fez somente diretamente à Academia, quando ele poderia ter tido a grandeza de
chamar ao palco o agredido, para apresentar seu sentimento de arrependimento,
por atitude visivelmente irracional, e pedir desculpas a ele, aos presentes, ao
mundo e à Academia de Ciências de Hollywood, como demonstração do
reconhecimento do seu monumental e brutal deslize de comportamento.
Enfim,
como se tratava da entrega do Oscar, certamente que o agressor também merecia
ser laureado, por mérito, com a estatueta do Oscar, pela monstruosidade do ano,
de modo que o seu desnecessário e injustificável gesto de vileza servisse de
lição pedagógica para o mundo, mostrando que a violência tem o seu real valor
de apenas denegrir a imagem do homem.
Uma
das grandezas do homem diz com o equilíbrio mental e emocional, que tem a
capacidade de sustentar seus ímpetos em momento de desconforto como esse que
dominou o sentimento do brilhante ator-agressor, mas ele demonstrou ser totalmente
incapaz de interpretar importante papel na vida real, deixando à mostra que sua
perfeição artística precisa se voltar o mais urgentemente possível para a arte
da vida real, que exige equilíbrio, tolerância e amor ao próximo, mesmo em momento
difícil como esse vivido na entrega do Oscar.
Brasília,
em 28 de março de 2022
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