sábado, 5 de março de 2022

Publicação do meu 58° livro

            Renovo a felicidade no coração, no momento quando anuncio a conclusão de novo livro, que representa a minha quinquagésima oitava obra literária e se junta à minha coleção, cujo acontecimento contribui para alimentar as energias que necessito para a continuidade das maravilhosas atividades de escrever textos sobre os fatos da vida.

Dando continuidade ao prazeroso sentimento de homenagear valorosos ídolos, com a modéstia dedicatória de meus livros, ante a relevância de pessoas especiais e queridas, tenho o enorme prazer de trazer à lembrança, desta feita, de pessoa excepcional que conheci na vida militar, com quem consolidei primorosa amizade de linda e inesquecível memória, por seu comportamento exemplar de companheirismo construtivo.

Refiro-me ao amigo-irmão Valdemar Carneiro de Almeida, pessoa talhada para conquistar amigos, tendo a sabedoria e o jeitinho nordestinos de mantê-la em nível cada vez mais agradável e prazeroso.  

As minhas lembranças, somente boas, do velho amigo Almeida me dizem que o formato da sua amizade era genuinamente daqueles que tinham por propósito exclusivamente a satisfação do bem e dos bons princípios e isso ele mostrava com a espontaneidade de verdadeiro príncipe, com a elegância que foi mantida por toda a sua vida, conforme se percebe na dedicatória a seguir.

A fotografia da capa do livro é da árvore do ipê branco, uma raridade que embeleza as ruas da querida Brasília, a quem renovo o sentimento de carinho por esse monumento da humanidade.  

Transcrevo, a seguir, a dedicatória que faço com muito carinho, em homenagem a esse nobre amigo, que tem o condão de engrandecer, com o seu nome, o meu 58º livro.

                                               DEDICATÓRIA

Tenho enorme prazer em dedicar este livro ao admirável e inesquecível amigo Valdemar Carneiro de Almeida (in memoriam), velho conhecido desde meus iniciais tempos de caserna, na memorável Base Aérea de Brasília.

Ele era Cabo, com longa experiência de vida militar, e eu acabara de adentrar na Base, tendo o cuidado de aprender com as pessoas mais vividas e já doutrinadas com os costumes e os traquejos militares.

O Cabo Almeida sempre inspirou a minha confiança e logo começou a minha amizade com ele, que foi se consolidando ao longo do tempo, principalmente porque trabalhamos na mesma unidade e tínhamos o mesmo alojamento, compartilhando o trabalho, o alojamento e o rancho.

Por ser pessoa diferenciada e especial, eu o tinha como verdadeiro irmão que a gente sempre levava fé em tudo, na troca de ideias e conversava à vontade sobre os fatos da vida, no âmbito da camaradagem construtiva de mútua confiança.

Almeida tinha ricas qualidades como ser humano cheio de sabedoria e genialidade, acrescidas do especial sentimento de bom cristão, abençoado com a bondade do amor ao próximo, em sintonia com o coração de menino sempre alegre, compreensivo e disposto a ajudar às pessoas com que estivesse ao seu alcance.

Agradeço a Deus por ter tido a oportunidade de desfrutar a importante e incondicional amizade de Almeida, porque ele recebeu como dádiva de Deus o dom da inteligência, da felicidade e do carinho, que eram a marca da especialidade pessoal dele, com o que ele se identificava e interagia facilmente com as pessoas.

Acredito que tudo que vem de Deus é perfeito e uma das suas obras de especial perfeição foi reservada para esse quesito chamado amizade, que é uma das formas mais sublimes que foi criada para agradar o ser humano, em se puder dispor do privilégio da companhia de bons e queridos amigos.

Nesse particular, penso que Almeida soube compreender o exato pensamento do Criador sobre a representatividade de ser verdadeiro amigo, em todos os sentidos, porque não há a menor dúvida de que ele seguiu com sublime rigor a mensagem divina sobre amizade, por ter sabido disseminá-la como poucos.

A amizade construtiva que mantive com Almeida é daquelas que se pode chamar de precioso presente de Deus para ficar para a vida toda, diante da bondade que emanava do coração dele, sempre demonstrada quando nos encontrávamos e o fizemos por muitas e saudáveis vezes antes do surgimento da Covid-19, quando, quase que invariavelmente, a gente se viu às quartas-feiras ou aos sábados, em supermercados de Brasília, para onde ele ia, às vezes, somente para rever e abraçar os amigos.

Nessas ocasiões, a conversa corria solta, alegre e prazerosa, sempre havendo motivos para nos avistar, conversar e sorrir, que era do seu jeito especial de mostrar a sua maneira de felicidade de sentir a preciosidade da vida, com espontaneidade e prazer.

A grande lição deixada por essa pessoa especial foi o seu sentimento de apego à amizade no bom sentido, que o dominava de corpo e alma, pois ele demonstrava que amava preservar os bons amigos de longa data, com dedicação e voluntariado todo peculiar da sua origem nordestina de se empenhar na valorização das coisas mais simples, mas, para o seu sentimento, elas cresciam em importância como forma de relacionamento proveitoso.

Almeida fazia questão de saber notícia dos amigos como também de transmitir informações sobre eles, em clara demonstração de que isso lhe fazia bem em estar sempre por perto das pessoas amadas por ele.

A verdade é que a amizade sincera de Almeida era correspondida em igual intensidade por todos nós, seus amigos, que se sentiam prestigiados com a amizade de pessoa tão carismática, decente e humana.

Por fim, registre-se que, no coração de Almeida, somente cabia o sentimento de amor ao próximo e esse jeito carinhoso foi o seu bonito legado de verdadeiro cristão.

A saudade desse grande e especial amigo é imensurável, porque ele será sempre lembrado como fiel colega de lutas, inclusive e especialmente na vida militar, quando começamos a jornada de feliz amizade, nos idos anos da década de sessenta e por todo esse longo percurso, onde marchamos ombreados por distantes trincheiras e em todas as horas, inclusive as incertas.

Sem a menor dúvida, a vida de Almeida foi recheada de lindas e maravilhosas lições de sabedoria, bondade e amizade, em consonância com os ensinamentos e princípios humanitário e cristão, em perfeita harmonia com a vontade do Criador, que quis que ele fosse maravilhoso discípulo generoso e digno de bons exemplos, por toda a sua vida.

O querido amigo Almeida foi muito bem-conceituado e respeitado nas unidades militares onde trabalhou, sendo merecedor da admiração e do carinho dos seus superiores e pares, precisamente em reconhecimento pelo tanto de amor que ele difundia ao seu redor, como companheiro que sabia valorizar o seu próximo.

É com o coração cheio de alegria que decidi prestar esta singela homenagem ao querido amigo-irmão Almeida, na forma da dedicatória deste livro, que prova o meu reconhecimento e a minha gratidão a esse fiel companheiro, que foi mestre de corpo e alma em se dedicar em compreender e valorizar as amizades.

Agradeço a Deus por ter sido privilegiado com a especial e fraterna amizade de Almeida, que foi pessoa de sentimento nobre, que se destacava por espontânea e feliz amabilidade, que tinha por índole a permanente prática do bem.

Muito obrigado, querido irmão Almeida, por sua profícua e agradável amizade.”.

          Brasília, em 5 de março 2022

Nenhum comentário:

Postar um comentário