sábado, 26 de março de 2022

Apelo à honestidade

 

Em vídeo que circula pelas redes sociais, há a fotografia do presidente da República, acompanhada da mensagem que diz: “REJEIÇÃO RECORDE  - FORA BOLSONARO - Datafolha aponta que 60% dos brasileiros não votam de jeito nenhum no...”.

Diante disso, faço veemente apelo aos homens de boa vontade e sentimentos apenas normais, para que se esforcem em primar pelos princípios da honestidade e da dignidade também nos seus propósitos ideológicos, com objetivos político-partidários, de modo que as suas informações na internet sobre campanha eleitoral, evidenciando a situação de seu candidato ou outros eleitoreiros sejam as mais precisas e fidedignas possíveis com relação à realidade dos fatos, para que a finalidade delas reflita exatamente a situação tratada.

Refiro-me, em especial, ao texto escrito acima, que diz precisamente, leiam com muita atenção, que o "Datafolha aponta que 60% dos brasileiros não votam de jeito nenhum no...".

Notem que, quando se diz que "60% dos brasileiros", tem-se a compreensão precisa de que mais de 130 milhões de brasileiros jamais votariam no candidato da situação, ou seja, o Datafolha teria pesquisado, exatamente toda população e teria chegado a esse resultado, os cerca de 220 milhões de brasileiros, que é a totalidade da população, cuja população que compreende a mais da metade dos brasileiros não votaria de "jeito nenhum" no atual presidente do país, fato este que é pura mentira.  

Trata-se de gigantesca aberração, por se tratar de informação deformada, em especial porque nem todos os brasileiros estão habilitados ao voto.

De acordo com as estatísticas oficiais, estão hábitos a votar cerca de mais de l50 milhões de eleitores e mesmo assim a sua totalidade nem vota, como mostram os resultados das votações.

À toda evidência, fica bastante cristalina a falta de respeito aos princípios da honestidade e da dignidade no que diz ao compartilhamento de informação de dados estatísticos falsos, inverídicos e mentirosos, porque isso mostra a exata falta de compromisso com a verdade, que precisa ser preservado por quem honra seus sentimentos de cidadania.

A bem da verdade, quem realmente quiser ter bons propósitos, inclusive para fins de propaganda política, procure somente compartilhar informações precisas, honestas e fidedignas com a realidade dos fatos.

Para esse fim, convém que seja compartilhada somente a informação digna e elegante, porque ela precisa corresponder à realidade dos fatos, nesse sentido, em que: "Datafolha aponta que 60% dos eleitores consultados, no total de 2 mil (ou 3, 4, 5 mil, conforme a quantidade exata) não votam de jeito nenhum no...".

Isso sim é informação honesta e fiel às pesquisas, tendo por base elementos reais, justos e verdadeiros, exatamente porque se trata de parcela das pessoas consultadas pela pesquisa sobre a preferência de votos delas, que nunca ultrapassam de três mil pessoas, se muito, conquanto a avaliação precisa se ater aos universo da consulta, que é bem diferente da totalidade dos brasileiros.

Agora, é preciso se reconhecer que essa forma distorcida de se mostrar informações falsas e mentirosas somente depõe contra os interesses da boa causa e também tem o condão de pôr em desconfiança, em dúvida as intenções de quem se encarrega da sua disseminação, exatamente porque não se sabe se é exatamente essa a sua intenção de ser sabotador da verdade, quando esta é tão necessária neste Brasil carregado de políticos desonestos e aproveitadores, que bem poderiam aprender com os bons exemplos dos verdadeiros brasileiros que primam pela mudança de comportamento também nas atividades políticas.

Espera-se que as pessoas compreendam que essa explanação não tem apenas por finalidade se criticar coisas erradas, normais no submundo da política, mas sim alertar as pessoas de bem que é preferível que os bons exemplos possam contribuir para o progresso das relações sociais e também para o respeito aos salutares princípios de cidadania.

Brasília, em 26 de março de 2022

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