segunda-feira, 7 de março de 2022

A tristeza da humanidade

 

Os fatos do cotidiano mostram que o presidente da República adota medidas com a peculiaridade que lhe é própria, normalmente tendo por uniformidade e consistência impressionantes no sentido do contrário, em quase tudo dos assuntos mais importantes que decide tomar partido.

É evidente que o seu desiderato é sempre o de agradar aos seus fiéis seguidores, que sempre o aplaudem na coerência do radicalismo dele em tudo que dissente do que é mormente certo, porque ele termina optando pelo lado errado, na certeza de que ele sempre terá a companhia de seus apoiadores, sob o argumento de que os votos deles foram exatamente para que ele faça a coisa dissonância com a normalidade, que mesmo assim tem maciço apoio de seus admiradores.

Esse conceito que se harmoniza com as decisões que privilegiam o sentido contrário da gestão pública conta com diversos casos confirmados pela opção presidencial, em contrariedade à normalidade, sob a compreensão de que o certo é defender precisamente algo que possa suscitar discussão quanto ao seu acerto, o que constitui estratégia própria de gestão pública, sempre na certeza de que isso resultará no desagrado de parcela de brasileiros.

A verdadeira confirmação de algo próximo da irracionalidade tem seu fiel retrato delineado precisamente por ocasião do combate à pandemia do coronavírus, quando a posição presidencial sempre teve a deliberação de contradizer às salutares regras e orientações emanadas pelas autoridades e organizações oficiais incumbidas dos cuidados sanitários, posto que a atitude dele sempre estava em desconecção com a ciência, cujo posicionamento se harmonizava com o apoio de seus aliados, no entendimento de que era normal a defesa do uso da cloroquina, em contraposição à vacina, enquanto o resultado era o de muito mais mortes de brasileiros.

No que se dizia respeito ao uso de máscara e ao distanciamento social, que tinham a recomendação da ciência como formas preventivas contra a Covid-19, isso certamente tinha total desprezo do presidente e, de igual modo, de seus idólatras, que o aplaudiam nos costumeiros encontros que jamais deveriam ter acontecidos, em razão das condenáveis aglomerações de pessoas, no auge da pandemia do coronavírus.

Outro fato que salta aos olhos é a destruição das florestas brasileiras, em que dados do próprio governo confirmam que o meio ambiente vem sendo dizimado em estrondosa e incontrolável velocidade, mas a decisão do presidente do país é exatamente a de apoiar a ação do agronegócio, das mineradoras e dos agentes patrocinadores da devastação das matas.

Ou seja, o presidente do país prefere tomar partido exatamente em sentido contrário aos fatos prevalentes, conforme mostram os exemplos e ainda jura que estão sendo tomadas as medidas preventivas pertinentes, conquanto isso conspira em dissonância com o crescimento dos desmatamentos oficializados pelo próprio governo, consentidos por quem deveria coibi-los, com a devida severidade.

Os fatos mostram à saciedade que as omissões governamentais contribuem para a destruição da natureza, uma vez que nada se faz para impedir as perversas e ilegais ações de grileiros, garimpeiros e outros agentes contrários à preservação das matas brasileiras.

Ao invés de se preocupar em tornar o Brasil autossuficiente de fertilizantes, com o emprego de medidas incentivadoras da sua produção interna, o presidente se arriscou ao ir ao centro das discussões da guerra, logo no epicentro na Rússia, para tratar do aumento das importações desse produto para o Brasil, quando também havia a possibilidade da busca de outros fornecedores internacionais, que pudessem disponibilizar o referido insumo em condições favoráveis aos interesses nacionais, evidentemente além de se optar por investimentos na produção no próprio país, como exposto acima.

Considerando que os estudos e as conclusões sinalizam que o aumento desordenado do uso de armas de fogo pela sociedade contribui para potencializar a criminalidade e a violência urbana, evidentemente ante à falta das devidas normas cautelares, que é o caso brasileiro, em termos de preparo e orientação precisas da sociedade, o presidente do país se esforça para facilitar, o máximo possível, o acesso às armas, até de forma indiscriminada, por meio da flexibilização das regras, em especial, nos casos, de caçadores e colecionadores.

Diante da visível falta de rigoroso controle do uso de armas de fogo, ainda há a tentativa de se reduzir ao máximo a possibilidade de identificação das munições vendidas, quando se sabe que, nesse particular, deveria haver medidas em sentido contrário, para se evitar o aumento das armas no mercado negro, que é bastante interessante para a incrementar a criminalidade profissional, que massacra cruelmente a sociedade, com o aumento da violência, diante do potencial poder das armar nas suas mãos.

À toda evidência quanto à decisão dissidente da normalidade, que diz respeito à posição brasileira em apoiar a parceria com o sanguinário presidente-ditador russo, a quem o mandatário tupiniquim empenhou solidariedade, em que pese se tratar, na atualidade, de conflito mais perigoso na história da humanidade, diante do envolvimento das potências mundiais, em que o Brasil resolveu embarcar na canoa com bastante fragilidade, porque ela pode levar ao naufrago da humanidade e o país só tem a perder, porque poderá ficar completamente isolado.

A verdade é que a guerra não diz respeito diretamente ao Brasil, mas as suas consequências certamente hão de afetar os interesses de todas as nações, não somente no que se refere à economia, mas em especial no sentido humanitário, que vem sendo prejudicado com as perdas de vidas humanas, mas nada disso foi capaz de sensibilizar o presidente brasileiro, que se diz “solidário” com o presidente-ditador comunista, que faz uso da insensatez para invadir a Ucrânia.

 À toda evidência, essa insana invasão já vem sacrificando muitas vidas, com o extermínio de milhares de civis e militares, muitos dos quais ou todos são inocentes, porque o que se encontra em jogo mesmo é a exclusiva sanha de ditador sanguinário, insensato e revolucionário desumano, tendo por causa a dominação territorial que não encontra justificativa plausível para as atrocidades contra a humanidade.

Essa guerra se torna ainda mais preocupante porque o comunista-ditador da Rússia ameaçou o Ocidente, com a possibilidade do uso de armas nucleares, mas, mesmo assim, o presidente brasileiro se mantém firme ao lado dessa insanidade, dando a entender para ele que isso é normal, evidentemente em completo desprezo à importância das vidas humanas.

Ou seja, o presidente brasileiro se dispõe a apoiar logo o presidente comunista, que tem ideologia contrária à que ele diz que defende, mesmo que ele já tenha invadido a Ucrânia, que é era até então país soberano, causando milhares de mortes, inclusive de civis inocentes, mas a insensibilidade do presidente tupiniquim foi totalmente incapaz de avaliar o tamanho da sua monstruosidade em ceder o seu apoio a um monstro que viola o direito à vida de milhares de pessoas.

Diante desse horroroso posicionamento do presidente brasileiro, em apoiar a monstruosidade da guerra, inclusive se aliando a ditador comunista, em contrariedade aos seus princípios ideológicos, quando o Brasil, por sua grandeza no contexto mundial, tem o dever de defender a vida, em quaisquer circunstâncias, não importando que os conflitos não digam respeito aos seus interesses imediatos e direitos, os brasileiros precisam sim refletir bastante sobre a real importância dessa posição presidencial, à vista do verdadeiro sentido da relevância da vida humana.

Por fim, em atenção aos princípios do bom sendo e da racionalidade, diante de situação complexo e grave como é o pleno e avançado estado de guerra, é dever dos grandes estadistas tomarem partido em favor da vida humana.

Convém que os verdadeiros estadistas mostrem firme sensibilidade, disposição e preocupação com a deplorável crise que se abate sobre o mundo, sob o manto da monstruosidade da guerra, para terem a clarividência do esforço na luta do convencimento sobre a urgente necessidade de negociações entre as partes envolvidas, tendo a intermediação das grandes nações, tendo por primordial objetivo o selo da paz mundial, inclusive contribuindo com sugestões levantadas entre especialistas brasileiros nos assuntos diplomáticos.

Os brasileiros precisam se conscientizar sobre a conveniência de se condenar a posição cômoda do presidente brasileiro, que preferiu apoiar logo a parte poderosa, em detrimento do lado fragilizado pela impotência bélica, quando é inevitável a perda de milhares de vidas humanas, por causa de guerra que não se justifica, que tem a capacidade de prejudicar o resto do mundo, em especial, com grave afetação da economia e dos mercados, cujos reflexos incidem diretamente na vida de todo mundo.          Brasília, em 6 de março de 2022

Nenhum comentário:

Postar um comentário