Brasileiros, prestem muito atenção para a declaração presidencial
das mais infelizes que um estadista jamais poderia fazer no seu governo, porque
é absolutamente imaginável que alguém na face da Terra consiga raciocinar em
momento da maior tristeza para a humanidade, tendo por finalidade o enaltecimento
de desgraça para mostrar que isso é bom para o Brasil, com o aproveitamento da
desgraça da humanidade.
Ou seja, o presidente brasileiro enxerga como algo maravilhoso
a existência da guerra para justificar que os parlamentares se conscientizem
sobre a necessidade de o país vir a futuramente ter condições de ser autossuficiente
em fertilizantes, bastando, para tanto, que eles aprovem projeto nesse sentido.
Esse deplorável, degradante e decepcionante acontecimento
só demonstra o extremo da insensibilidade e da incompetência administrativas,
em demonstração de que não se consegue convencer os congressistas, com
argumentos apropriados e pertinentes, sobre a imprescindibilidade da criação dos
instrumentos legais necessários, independentemente da ridícula e insensata exploração
da guerra, para mostrar, em tempos de paz, que o país tem condições de fabricar
seus insumos.
Causa perplexidade que o presidente da República não se sensibilize
sobre o fato de aproveitar a terrível crise da guerra para tentar conseguir
convencer os parlamentares sobre a imperiosa necessidade da aprovação de
medidas que poderiam ser conseguidas há muito tempo, logo no início do seu governo,
obviamente, em tempos de paz.
Não obstante, isso talvez não tenha sido possível exatamente
em razão da lastimável incompetência gerencial, em especial pela falta de condições
técnicas de argumentação suficientes para se mostrar que o Brasil possui os
minerais, em terra, com capacidade para o fornecimento da matéria-prima dos
fertilizantes que tanto o país precisa.
Infelizmente, foi preciso que surgisse a mortífera e
indesejável guerra, para que possibilitasse “boa oportunidade para a gente.”,
ou seja, isso é o mesmo que se afirmar como é bom que tenha surgido a desgraçada
guerra, para servir de excelente motivação para a aprovação de importante
mecanismo necessário ao fomento da agricultura do Brasil.
Esse fato tem o condão de evidenciar infinita pobreza de
competência, que se alia à insensibilidade humana, quando a pestilenta guerra
não se aproveita para absolutamente nada, senão para causar terrível sofrimento
à sensata humanidade.
Meu Deus do céu, como pôde o Brasil atingir nível de
gestão pública tão medíocre degradante, em condições de absoluta pobreza de gerenciamento
público, a ponto de se valer da guerra para justificar a criação de normas que
são da maior importância para o fabrico de fertilizantes, levando-se em conta
que nenhuma republiqueta, por mais depauperada que seja, talvez precisasse do
recursos da guerra para conseguir a aprovação de projetos necessários ao
desenvolvimento do país, como é o caso desses produtos essenciais à agricultura
brasileira.
Vejam
como é absurda e descabida a afirmação do presidente brasileiro, in verbis: “Essa
questão da crise entre Ucrânia e Rússia… da crise apareceu boa oportunidade
para a gente. Temos um projeto que permite explorarmos terras indígenas de
acordo com interesse dos índios. Por essa crise internacional, da guerra, o Congresso
sinalizou em votar esse projeto em regime de urgência. Espero que seja aprovado
na Câmara já agora em março”.
Segundo a argumentação do presidente do país, a exuberância
de áreas exploradas é enorme, por existirem mais de 500 jazidas do mineral pretendido
fora de reservas indígenas, em fase de licenciamento para pesquisa e exploração.
De acordo com o presidente do país, as reservas múltiplas
indígenas brasileiras são ricas em potássio, que é matéria-prima para alguns
tipos de fertilizantes, fato este que se permite afirmar que a exploração desse
minério possibilitará que o Brasil possa se tornar menos dependente das importações
russas.
Ele disse que “Espero que daqui a dois, três anos
possamos dizer que não somos mais dependentes de importação de potássio para o
agronegócio".
O presidente do país aproveitou para comentar que a “Roraima
é minha menina dos olhos. Se eu fosse rei de Roraima, em 10 anos teríamos
economia semelhante à do Japão. É um Estado fantástico. (...) Isso tudo
foi perdido, mas dá para ser recuperado. É inadmissível, dois terços do Estado
estão inviabilizados (com as reservas). Espero que Roraima possa ser um
Estado que possa usar suas riquezas, em especial das minerais.”.
À toda evidência, causa enorme constrangimento e até estarrecimento
o presidente do país dizer que é bom que a guerra sirva de motivação para a aprovação
de norma para a viabilização de medidas que poderiam ser conseguidas apenas com
o emprego de atos revestidos de competência gerencial, independentemente da
desgraça e da trágica guerra, que só merece condenação e repúdio, por ser causa
de perda de milhares de mortes de vidas humanas, não sendo exemplo
absolutamente para mais nada, nem mesmo para o incentivo lembrado pelo
presidente brasileiro, por mais importante que ele realmente é, mas não é o
caso.
Enfim, por falta de competência administrativa, na normalidade
mundial, merecem especial repúdio da humanidade, em especial dos brasileiros,
com o extremo da veemência, às mentalidades retrógradas de quem aproveita, em cristalina
demonstração de insensatez, da calamidade da guerra para respaldar conveniência
sobre necessidade da aprovação de medidas legislativas, quando elas poderiam
ser implementadas fora desse momento horroroso que aflige os povos, que
reprovam a insensatez, a crueldade e a desumanidade perpetradas pelo mostro ditador
russo, que ainda conta com a solidariedade de seu amigo, o presidente da
República brasileira, em total afronta aos princípios do bom senso, da racionalidade
e humanitários.
Brasília, em 8 de março
de 2022
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