O vice-presidente da República rebateu, nas
redes sociais, na data de ontem, qualquer ideia de que ele teria declarado
apoio ao ex-presidente da República petista ou ao Partido dos Trabalhadores.
Em sua conta do Twitter, o general disse, com
muita clareza, que o “governo do PT foi catastrófico para o Brasil”.
A declaração do vice-presidente foi dada após
a entrevista dele ao site Metrópoles, na semana passada, em que, na
ocasião, ele teria dito que via como “totalmente desproposital” a
possibilidade de setores das Forças Armadas não aceitarem eventual vitória do
ex-presidente petista, nas eleições deste ano.
Não obstante, o general assegurou que, caso o
PT volte a governar o Brasil, o país terá “retrocessos”.
O vice–presidente asseverou, in verbis:
Quem pensa que estou abrindo a porta dos quartéis para Lula e PT, desconhece
a minha história e o papel das Forças Armadas, em especial do Exército
Brasileiro. Continuo firme, afirmando que o governo do PT foi catastrófico para
o Brasil e que o retorno ao poder trará retrocessos.”.
Causa enorme preocupação e até perplexidade um
general declarar que seria despropósito parte das Forças Armadas não aceitar a eleição
do petista à Presidência da República, tendo em vista que essa instituição, na
sua integralidade tem o dever constitucional e, por tradição de guardião da moralidade
nacional, de zelar intransigentemente pela pureza institucional do Brasil, como
nação que merece ser respeitada, sobretudo, em termos de grandeza dos
princípios republicano e democrático.
A princípio, isso vale dizer que não é
totalmente despropositado que os verdadeiros militares devam se posicionar contra
a volta ao poder de sistema político que demonstrou horrorosa e desastrosa administração
dos recursos dos brasileiros, à vista da constatação de montanhas de dinheiro
desviada dos cofres da Petrobras, conforme as legítimas e justas investigações levadas a efeito pela Operação
Lava-Jato, cujos resultados prejudiciais aos interesses nacionais constam guardados
sob a custódia do Ministério Público Federal, que integrou legitimamente o
sistema de apuração dos crimes financeiros perpetrados pelo governo comandado pelo
potencial candidato da oposição à Presidência da República.
A grandeza moral do Brasil compreende, senhor
general, que a nação seja comandada exclusivamente, ou seja, tão somente, por brasileiro
que tenha condições de preencher os requisitos que comprovem a imaculabilidade
no exercício de cargos públicos eletivos, em termos de ficha limpa perante o
regramento jurídico pátrio, em especial no que se refere à sua conduta ilibada,
que precisa se harmonizar com a grandeza dos essenciais princípios da dignidade,
honradez e moralidade da República decente, como parâmetro de
insuspeitabilidade quanto aos quesitos de plenas imaculabilidade e legitimidade.
Diferentemente disso, tem-se, senhor
vice-presidente, a confirmação das plenas decrepitude e esculhambação dos princípios
republicanos, em que cidadão que coleciona vários processos penais na Justiça
brasileira, todos sob graves denúncias contendo suspeitas da prática de atos irregulares
na vida pública, inclusive já tendo sido julgado e condenado à prisão pela confirmação
do recebimento de propinas, sob a configuração dos crimes de corrupção passiva
e lavagem de dinheiro, passar a ter o direito de também comandar as honradas Forças
Armadas, instituições estas até então consideradas guardiães e depositárias do
respeito dos brasileiros, justamente em razão do seu íntegro zelo quanto à preservação,
ao longo da sua história secular, dos princípios da moralidade e da dignidade no
seio da República.
Na verdade, essa ideia absurda e insana de as
Forças Armadas aceitarem passivamente a vitória de brasileiro em plena decadência
moral, conforme mostra o seu currículo perante a Justiça brasileira, para
presidir o Brasil, é forma primária de vacina quanto à plena perda da
consciência cívica e patriótica por parte de instituição que conseguiu conquistar
o sublime respeito dos brasileiros, muito além do que quaisquer outros órgãos
da República, justamente por sua posição de equilíbrio e amor demonstrados em
defesa dos interesses maiores da pátria brasileira, no sentido da preservação dos
princípios republicano e democrático, que tem sido o mais sagrada compromisso de
luta em prol da integridade nacional.
A propósito, os brasileiros acreditam que o
general mantenha a sua coerência de firme pensamento de não se aceitar a desmoralização
do glorioso Brasil, como forma de continuar a inspirar os militares em geral imbuído
com o verdadeiro espírito de brasilidade, no sentido de defender os princípios
e os valores ínsitos de moralidade e honradez no âmbito da nação.
Diante disso, faz muito bem se relembrar a mensagem que circula,
nas redes sociais, em cujo vídeo consta a lapidar sentença que diz, ipsis
litteris: “MOURÃO AFIRMA QUE FORÇAS ARMADAS NÃO VÃO ACEITAR LULA COMO
CANDIDATO”.
No aludido vídeo, consta o discurso do general vice-presidente
da República, que foi ouvido por pessoas em auditório repleto de ouvintes, quando
o militar da reserva afirmou, ipsis litteris: “Aí vem o repúdio das Forças
Armadas a essa questão. É claro, por que isso? Se o Lulas fosse ladrão de
celular, eu até dizia que podia ser candidato a presidente da República, mas
ele, como presidente da República, usou o cargo em proveito próprio e da sua
família, para desviar recursos que a nação tanto precisa. Como é que esse
camarada vai voltar para esse cargo? Como é que ele vai ser comandante-em-chefe
das Forças Armadas? Nós vamos ter um ladrão como comandante? Não pode. Para
mim, esse cara tá fora (...)”.
Essas
afirmações do general têm a clareza que precisa ressoar no seio das Forças Armadas,
porque elas traduzem o mais expressivo sentimento que precisa sedimentar a vocação
dos militares em defesa da sustentação dos sólidos princípios de moralidade,
dignidade e honradez, que são os pilares básicos da República merecedora do
respeito dos brasileiros e dos povos do mundo.
As
palavras do general são cristalinas, objetivas e contundentes, que guardam perfeita
harmonia com o sentimento maior representado pelos verdadeiros brasileiros que
defendem o melhor para o Brasil, principalmente no que diz respeito à administração
do patrimônio do povo e dos negócios da nação, sob os princípios sagrados da
decência, da legitimidade e da dignidade que precisam ser defendidos com o
sacrifício do dever ínsito de brasilidade que tem sido genuinamente demonstrado
pelos fiéis militares das Forças Armadas, sendo merecedores, por isso, do
respeito e da admiração dos brasileiros.
O
país com a grandeza do Brasil, reconhecido como gigante continente, em termos de
dimensão territorial, sociedade, riquezas naturais, cultura, economia etc., precisa
ser presidido exclusivamente por brasileiro que represente a pureza da nacionalidade,
tendo condições de atender aos essenciais requisitos de moralidade, dignidade,
honestidade, probidade, entre outros que se harmonizem com as conduta ilibada e
idoneidade imaculada, sob pena de se aceitar a perniciosa banalização da desmoralização
e da esculhambação na administração brasileira, em clara manifestação de indignidade
e desonra dos brasileiros.
Urge que os verdadeiros
brasileiros em geral, civis e militares, indistintamente de suas ideologias
políticas, decidam com a urgência possível somente a aceitação da candidatura
legítima à presidência da República de brasileiro com comprovada situação de honradez,
dignidade e moralidade na vida pública, de modo a se atenderem plenamente às exigências
básicas inerentes aos princípios compatíveis com a relevância do cargo de mandatário
da nação e ainda que isso possa servir de exemplo para o mundo, como demonstração
de evolução da essência de civilidade e cidadania, diante do respeito aos
valores republicano e democrático.
Brasília,
em 14 de março de 2022
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