Um rapaz paraense de apenas 24 anos, assassino
confesso de um jornalista maranhense, diz que já perdeu a conta de quantas
pessoas matou, mas, segundo a polícia, ele já assassinou mais de 40 pessoas e é
um dos maiores matadores do Norte e Nordeste do país. Ao ser detido, o criminoso
disse ter sido contratado por uma quadrilha de agiotas para cometer o crime e
revelou ser um pistoleiro de aluguel. Ele afirma que não sente prazer em matar
e não se considera um monstro. Na entrevista, o criminoso respondeu com
aparente tranquilidade as perguntas formuladas, inclusive a de que a sua
profissão preferida foi o caminho do crime, mediante a qual teria condições de comprar
os seus objetos pretendidos, como motos, carros etc., tendo cometido o primeiro
assassinato aos 14 anos. A polícia disse que, nos depoimentos, o criminoso
revela sempre mais um de seus assassinatos, que, somados nas contas das
investigações, já são quase 50 vítimas. Durante toda entrevista, o criminoso
permaneceu com a mesma expressão e fisionomia, não demonstrando qualquer
remorso nem arrependimento por mais horrendo, bárbaro, agressivo que tenha sido
o crime. Trata-se de um típico caso de horroroso desprezo à preciosa vida
humana, que se soma a tantos outros da bandidagem e da pistolagem existentes no
Norte e Nordeste, que funcionam nas barbas das autoridades e nada é feito para
combater com severidade essas excrescências sociais. À exceção somente ocorre
quando é morto um importante jornalista, como se os demais casos não tivessem o
menor significado para a sociedade e muito menos para os seus familiares. O Brasil tem a triste sina de contar com a aviltante profissão de
matador. Tudo por culpa da vergonhosa legislação penal, que, além de ser frouxa
demais, ainda concede benefícios, concessões possibilitando a antecipação da
soltura do criminoso, por ser considerado bonzinho e de comportamento exemplar.
Além do mais, essa legislação magnânima deixa de prever penas duras para criminosos
bárbaros e contumazes O mundo avança, em termos de conhecimentos científico e
tecnológico, mas a civilização retrocede para prejudicar a própria humanidade,
como no caso brasileiro, em que um cidadão se vangloria de ser matador com
carteira e tudo, faltando apenas se cadastrar na previdência, mas isso poderá
acontecer logo em breve, já que as autoridades públicas não se conscientizam
que medidas energéticas precisam ser implementadas com a máxima urgência, para exterminar
de vez esse lamentável estado de penúria e de flagelo social, que ainda existe em
pleno século XXI, sob pena de se banalizar e oficializar a profissão de matador
no país. A sociedade tem sua parcela de culpa nesses casos, porquanto o seu
silêncio e a sua paciência contribuem de forma positiva para que haja tanta incompetência
das autoridades públicas, que assistem toda essa barbárie e não têm a dignidade
da iniciativa de sequer esboçar reação, no sentido de repudiar os fatos
terríveis e abomináveis e de ter a coragem e a decência de criar leis duras e
exemplares para combater esses casos de extrema violência. A sociedade, repugnando
com veemência as atrocidades em comento, tem o dever de exigir das autoridades
públicas a adoção de urgentes medidas de severo combate a quaisquer espécies de
violência, em especial à pistolagem, tão ostensivamente disseminada no Norte e
Nordeste do país. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 11 de julho de 2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário