quarta-feira, 11 de julho de 2012

Brasil! Que vergonha...

Um rapaz paraense de apenas 24 anos, assassino confesso de um jornalista maranhense, diz que já perdeu a conta de quantas pessoas matou, mas, segundo a polícia, ele já assassinou mais de 40 pessoas e é um dos maiores matadores do Norte e Nordeste do país. Ao ser detido, o criminoso disse ter sido contratado por uma quadrilha de agiotas para cometer o crime e revelou ser um pistoleiro de aluguel. Ele afirma que não sente prazer em matar e não se considera um monstro. Na entrevista, o criminoso respondeu com aparente tranquilidade as perguntas formuladas, inclusive a de que a sua profissão preferida foi o caminho do crime, mediante a qual teria condições de comprar os seus objetos pretendidos, como motos, carros etc., tendo cometido o primeiro assassinato aos 14 anos. A polícia disse que, nos depoimentos, o criminoso revela sempre mais um de seus assassinatos, que, somados nas contas das investigações, já são quase 50 vítimas. Durante toda entrevista, o criminoso permaneceu com a mesma expressão e fisionomia, não demonstrando qualquer remorso nem arrependimento por mais horrendo, bárbaro, agressivo que tenha sido o crime. Trata-se de um típico caso de horroroso desprezo à preciosa vida humana, que se soma a tantos outros da bandidagem e da pistolagem existentes no Norte e Nordeste, que funcionam nas barbas das autoridades e nada é feito para combater com severidade essas excrescências sociais. À exceção somente ocorre quando é morto um importante jornalista, como se os demais casos não tivessem o menor significado para a sociedade e muito menos para os seus familiares. O Brasil tem a triste sina de contar com a aviltante profissão de matador. Tudo por culpa da vergonhosa legislação penal, que, além de ser frouxa demais, ainda concede benefícios, concessões possibilitando a antecipação da soltura do criminoso, por ser considerado bonzinho e de comportamento exemplar. Além do mais, essa legislação magnânima deixa de prever penas duras para criminosos bárbaros e contumazes O mundo avança, em termos de conhecimentos científico e tecnológico, mas a civilização retrocede para prejudicar a própria humanidade, como no caso brasileiro, em que um cidadão se vangloria de ser matador com carteira e tudo, faltando apenas se cadastrar na previdência, mas isso poderá acontecer logo em breve, já que as autoridades públicas não se conscientizam que medidas energéticas precisam ser implementadas com a máxima urgência, para exterminar de vez esse lamentável estado de penúria e de flagelo social, que ainda existe em pleno século XXI, sob pena de se banalizar e oficializar a profissão de matador no país. A sociedade tem sua parcela de culpa nesses casos, porquanto o seu silêncio e a sua paciência contribuem de forma positiva para que haja tanta incompetência das autoridades públicas, que assistem toda essa barbárie e não têm a dignidade da iniciativa de sequer esboçar reação, no sentido de repudiar os fatos terríveis e abomináveis e de ter a coragem e a decência de criar leis duras e exemplares para combater esses casos de extrema violência. A sociedade, repugnando com veemência as atrocidades em comento, tem o dever de exigir das autoridades públicas a adoção de urgentes medidas de severo combate a quaisquer espécies de violência, em especial à pistolagem, tão ostensivamente disseminada no Norte e Nordeste do país. Acorda, Brasil!                                     

ANTONIO ADALMIR FERNANDES

Brasília, em 11 de julho de 2012

Nenhum comentário:

Postar um comentário