De nada adiantou
tanta pompa preparada para a estreia do craque holandês, no Botafogo, se o time
ainda não se encontra preparado para competir em condições de igualdade com as
demais equipes. Não faltou apoio da torcida, que acorreu em bom número ao
Engenhão, de onde saiu frustrada após surpreendente derrota para o seu
adversário. Não é que o estreante tivesse atuação decepcionante. O seu
desempenho pode ser considerado razoável, tendo em conta o seu primeiro jogo
pelo time, mas as expectativas da torcida e o foco da mídia, inclusive mundial,
podem ter contribuído para que o seu rendimento fosse bastante abaixo do que dele
se pode esperar, quando ele estiver livre das naturais cobranças. Não há dúvida
de que o novo atleta simplesmente se nivela aos demais jogadores, sem poder
anormal ou superior aos outros para acrescentar algo especial a um time apenas
mediano que esboça algum esforço, que poderá se muito lutar a duras penas para
não ser rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro. Na verdade,
a participação desse novo jogador, na sua estreia, teve contribuição
sensivelmente negativa, porque o time, no conjunto, jogou bem inferior ao que
vinha atuando, principalmente em se tratando que ele estava jogando na sua
casa, onde normalmente joga bem e vinha conseguido ganhar as disputas nos seus
domínios. O resultado do jogo foi lastimável para as pretensões do Fogão e a
sua participação no campeonato já começa a preocupar os torcedores, que estão
vendo os concorrentes se distanciarem na ponta da tabela e deixando-o sua parte
na intermediária. Mais uma vez, tendo em conta o que foi mostrado em termos de
desempenho do time em onze partidas, percebe-se com clareza, numa análise
bastante realista, que o Botafogo realmente não tem condição de competir com
quem teve capacidade para formar equipe competitiva e bem preparada profissionalmente,
com bastante antecedência do início da competição. Não deixa de ser lamentável que
os fieis torcedores, ao terem renovado
este ano suas esperanças em conquistas, sejam obrigados a amargar mais uma
triste jornada de inglória e decepção, contrariando o passado vitorioso da
sempre querida Estrela Solitária, que vem sendo desluzida por força da incompetência
e má gestão.
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 23 de julho de 2012
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