Um canal de televisão vem apresentando um programa
com o sugestivo título deste texto, que conta com a participação do povo para
indicar o cidadão que pode fazer jus à tão expressiva honraria, como forma de reconhecimento
pelos seus feitos e trabalhos em prol de alguma causa nobilitante. Não há
qualquer sombra de dúvida de que a ideia do programa é uma oportunidade
especial para evidenciar não somente o maior, mas os maiores brasileiros que se
destacaram no conhecimento humano ou por outro motivo relevante, contribuindo
para o avanço da ciência, da tecnologia, da informação, da pesquisa e de tantos
outros campos do conhecimento da história de todos os tempos, como forma de melhoria
e enriquecimento das condições de vida e do progresso do Brasil ou do mundo,
inclusive muitos dos quais se sacrificaram em defesa de ideias de interesse do
país. A lista desses brasileiros ilustres é enorme, mas alguns nomes saltam
facilmente à vista, tais como os incomparáveis Santos Dumont, o Pai da Aviação
mundial; Tiradentes, o mártir da Independência; Osvaldo Cruz, médico, cientista
e sanitarista; Assis Chateaubriand, político e jornalista de escol; Juscelino
Kubitschek, político e construtor de Brasília; Rui Barbosa, renomado político,
escritor e jurisconsulto; Marechal Rondon, indigenista e desbravador; Oscar
Neimeyer, o papa da arquitetura; e tantos outros luminares decentes e famosos
pelos seus atos de benefício e de dignificação da humanidade. Entretanto, para estrondosa surpresa
da nação, aparece liderando a lista o ex-presidente petista, que ganhou
destaque, em especial, por ter dado continuidade aos programas do bolsa família,
puro assistencialismo custeado com o dinheiro do contribuinte, que qualquer um
faz sem alarde e de forma eficiente, e da estabilidade da economia, que foram
criados com sucesso no governo anterior ao seu. Infelizmente, essas duas ações foram
marcantes e capazes de deslumbrar a sociedade menos aquinhoada de maiores
informações sobre os meandros da política e de conseguir suplantar a marca intrínseca
da ingovernabilidade do país pelo ex-presidente petista, com tantos exemplos de
incompetência e de incapacidade gerencial do patrimônio da nação, sobressaindo
sua enorme habilidade e esperteza na politicagem, como as alianças e coalizões
fisiológicas, envolvendo o inchaço da máquina pública, que foi entregue aos
partidos aliados, completos de incompetentes e de interesses escusos; a
operação do maior escândalo político do mensalão, com a finalidade da compra,
com dinheiro sujo, de votos de parlamentares para aprovação de seus projetos no
Congresso e apoio político; a emérita manipulação em proveito de seus
interesses políticos, com desmoralização da democracia; a contumácia de artífice
na destruição dos princípios éticos e democráticos, quando se tratava da
conquista do poder; a falta de reformas estruturais prometidas no seu governo,
contribuindo para o subdesenvolvimento econômico e social da nação; a complacência
e leniência com a corrupção e com a impunidade dos envolvidos em
irregularidades no seu governo; o crescimento da bandidagem e da violência no
seu governo; a deficiência e o atendimento caótico nos programas da saúde, da
educação, da assistência fundamental dos brasileiros etc.; a manutenção de
juros altíssimos, prejudicando o custo de vida; a proteção aos desvairados
membros do MST, não coibindo suas invasões às fazendas produtivas; o apoio
diplomático a ditadores, comunistas e demais políticos contrários aos
princípios democráticos. Eis alguns procedimentos indecorosos e irrelevantes
que tiveram o condão de prejudicar os interesses da nação, pela expressiva quantidade
de desacertos e muito pouco sucesso. A politicagem e a desmoralização dos
princípios democráticos não deveriam sobrepor às atitudes meritórias e
importantes para o desenvolvimento da humanidade, como as praticadas pelos brasileiros
acima nominados, que demonstraram verdadeira contribuição ao progresso e à
valorização das suas atividades, não havendo censura sobre os atos dos quais tenham
participado nem, por qualquer motivo, sejam objeto de envergonhação do povo
brasileiro, em face de alguma indignidade ou indecência. Induvidosamente, um
daqueles nomes e outros não indicados tem mérito inquestionável para ser o
maior brasileiro de todos os tempos, por preencher os requisitos exigidos para
o objetivo do aludido programa. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 17 de julho de 2012
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