terça-feira, 17 de julho de 2012

O maior brasileiro de todos os tempos

Um canal de televisão vem apresentando um programa com o sugestivo título deste texto, que conta com a participação do povo para indicar o cidadão que pode fazer jus à tão expressiva honraria, como forma de reconhecimento pelos seus feitos e trabalhos em prol de alguma causa nobilitante. Não há qualquer sombra de dúvida de que a ideia do programa é uma oportunidade especial para evidenciar não somente o maior, mas os maiores brasileiros que se destacaram no conhecimento humano ou por outro motivo relevante, contribuindo para o avanço da ciência, da tecnologia, da informação, da pesquisa e de tantos outros campos do conhecimento da história de todos os tempos, como forma de melhoria e enriquecimento das condições de vida e do progresso do Brasil ou do mundo, inclusive muitos dos quais se sacrificaram em defesa de ideias de interesse do país. A lista desses brasileiros ilustres é enorme, mas alguns nomes saltam facilmente à vista, tais como os incomparáveis Santos Dumont, o Pai da Aviação mundial; Tiradentes, o mártir da Independência; Osvaldo Cruz, médico, cientista e sanitarista; Assis Chateaubriand, político e jornalista de escol; Juscelino Kubitschek, político e construtor de Brasília; Rui Barbosa, renomado político, escritor e jurisconsulto; Marechal Rondon, indigenista e desbravador; Oscar Neimeyer, o papa da arquitetura; e tantos outros luminares decentes e famosos pelos seus atos de benefício e de dignificação da humanidade. Entretanto, para estrondosa surpresa da nação, aparece liderando a lista o ex-presidente petista, que ganhou destaque, em especial, por ter dado continuidade aos programas do bolsa família, puro assistencialismo custeado com o dinheiro do contribuinte, que qualquer um faz sem alarde e de forma eficiente, e da estabilidade da economia, que foram criados com sucesso no governo anterior ao seu. Infelizmente, essas duas ações foram marcantes e capazes de deslumbrar a sociedade menos aquinhoada de maiores informações sobre os meandros da política e de conseguir suplantar a marca intrínseca da ingovernabilidade do país pelo ex-presidente petista, com tantos exemplos de incompetência e de incapacidade gerencial do patrimônio da nação, sobressaindo sua enorme habilidade e esperteza na politicagem, como as alianças e coalizões fisiológicas, envolvendo o inchaço da máquina pública, que foi entregue aos partidos aliados, completos de incompetentes e de interesses escusos; a operação do maior escândalo político do mensalão, com a finalidade da compra, com dinheiro sujo, de votos de parlamentares para aprovação de seus projetos no Congresso e apoio político; a emérita manipulação em proveito de seus interesses políticos, com desmoralização da democracia; a contumácia de artífice na destruição dos princípios éticos e democráticos, quando se tratava da conquista do poder; a falta de reformas estruturais prometidas no seu governo, contribuindo para o subdesenvolvimento econômico e social da nação; a complacência e leniência com a corrupção e com a impunidade dos envolvidos em irregularidades no seu governo; o crescimento da bandidagem e da violência no seu governo; a deficiência e o atendimento caótico nos programas da saúde, da educação, da assistência fundamental dos brasileiros etc.; a manutenção de juros altíssimos, prejudicando o custo de vida; a proteção aos desvairados membros do MST, não coibindo suas invasões às fazendas produtivas; o apoio diplomático a ditadores, comunistas e demais políticos contrários aos princípios democráticos. Eis alguns procedimentos indecorosos e irrelevantes que tiveram o condão de prejudicar os interesses da nação, pela expressiva quantidade de desacertos e muito pouco sucesso. A politicagem e a desmoralização dos princípios democráticos não deveriam sobrepor às atitudes meritórias e importantes para o desenvolvimento da humanidade, como as praticadas pelos brasileiros acima nominados, que demonstraram verdadeira contribuição ao progresso e à valorização das suas atividades, não havendo censura sobre os atos dos quais tenham participado nem, por qualquer motivo, sejam objeto de envergonhação do povo brasileiro, em face de alguma indignidade ou indecência. Induvidosamente, um daqueles nomes e outros não indicados tem mérito inquestionável para ser o maior brasileiro de todos os tempos, por preencher os requisitos exigidos para o objetivo do aludido programa. Acorda, Brasil!

ANTONIO ADALMIR FERNANDES

Brasília, em 17 de julho de 2012

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