O ex-presidente da República tucano disse, em
entrevista ao programa Manhattan Connection da Globonews, que o presidente do
Supremo Tribunal Federal “Não tem o
traquejo, treinamento para isso (ser presidente). Uma coisa é fazer carreira de juiz. Outra coisa é ter capacidade de
liderar um país. Eu não creio que ele tenha as características necessárias para
conduzir o Brasil de maneira a não provocar grandes crises no país. Tenho admiração por ele. Acho que seria mais
positiva uma candidatura não diretamente para a Presidência. Ao Senado, ou
talvez até à vice-presidência”. O tucano disse que o ministro do Supremo
surgiu com destaque no cenário político graças à descrença do povo nas
instituições, cujo sentimento se manifestou junto com as manifestações de junho.
Ele disse que “As pessoas descreem tanto
nas instituições que buscam heróis salvadores. Ele teria de ter um partido para
começar, acho que ele é uma pessoa que tem sentido comum e duvido que vá fazer
uma aventura desse tipo. O sentimento de que nós precisamos ainda de um
salvador é a mostra de que nossa democracia não está ainda consolidada. É
perigoso.”. O magistrado já negou, de forma enfática, que não pretende se
candidatar à Presidência da República em 2014, mas poderá disputar eleição no futuro,
principalmente pelo fato de o seu nome ser costumeiramente incluído em cenários
de pesquisas de intenção de voto, em razão da sua projeção na relatoria do
processo do mensalão. Sob a ótica dos princípios democrático e republicano, não
parece de bom tom que o ex-presidente tucano faça juízo de valor sobre a
capacidade político-administrativa do presidente do Supremo ou de outra pessoa,
por configurar forma precipitada totalmente fora de contexto e demonstrar seu “altíssimo”
poder de julgar as condições e as capacidades administrativas e gerenciais de
quem não deixou dúvida quanto ao poder de superação às poderosas adversidades e
mediocridades do mundo político, que esteve a todo instante com a espada sobre
a cabeça dele, por ocasião do julgamento do mensalão. Esquece o político tucano
que um metalúrgico, além de ser semianalfabeto, que pouco tinha trabalhado e
sem nenhuma experiência na administração de coisa alguma, não sabia de nada,
não via nada, mas foi presidente da República por dois períodos consecutivos e possivelmente
poderá se eleger novamente, no momento que quiser, graças ao baixíssimo nível
cultural do povo que ele soube conquistar com suas políticas assistencialistas
e seu cativante populismo de ser e de agir. Não foi por capacidade ou competência
que o ex-presidente petista conseguiu notoriedade junto aos seus admiradores,
porque essas qualidades passam bem distantes da sua formação. É justamente por
acreditar que pessoa comprovadamente despreparada, sem condições e sem a mínima
experiência gerencial e administrativa pudesse conduzir o país com as
potencialidades do Brasil senão ao subdesenvolvimento e ao atraso em todos os
níveis social, cultural, político, científico, tecnológico, econômico, entre
outros que teriam alcançado estágios de desenvolvimento se o país tivesse sido administrado
com competência e necessária capacidade no mesmo período do governo dele, que
conseguiu marcas incríveis de péssimo desempenho na prestação de serviços
públicos, como educação, saúde, transporte, segurança pública, infraestrutura e
demais componentes essenciais à satisfação da qualidade que o ser humano exige
para viver com dignidade. Em princípio, governante experiente e preparado com
os ingredientes da política e da administração pública pode obter sucesso muito
mais rapidamente do que quem depende desses atributos no curso do mandato, mas
nem por isso ninguém tem o direito de opinar categoricamente no sentido de que
alguém não deva ser candidato a cargo tal, mais sim a outro cargo, por ser mais
apropriado ao seu perfil, porque isso é demonstração de antecipada e
precipitada avaliação sobre algo que não se pode garantir, nem mesmo por
cautela. O ex-presidente tucano perdeu excelente oportunidade para ficar
calado, embora a sua desastrosa opinião possa até servir para incitar e
encorajar o magistrado mais admirado do país a provar que tem condições morais,
políticas, administrativas e outros importantes atributos que os atuais homens
públicos não mostraram até agora para governar o país tão carente de dignidade,
competência, eficiência e principalmente de moralidade e probidade. Acorda,
Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 25 de janeiro de 2014
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