quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

A felicidade é bem universal

Na atualidade, muito se questiona sobre o comportamento do ser humano, na vã tentativa da imposição de igualdade de princípios procedimentais e comportamentais, como se fosse possível enquadrar o biótipo da humanidade num único padrão genético, com as mesmas características sociais, obrigando-a a seguir o mesmo convencionalismo social, psicológico e comportamental. Graças às evoluções científica e tecnológica, o mundo se transformou, de forma significativa para melhor, acompanhando as naturais inovações e modernizações, certamente em benefício da humanidade, que não se cansa na busca da eterna felicidade. Com esse propósito, as pessoas se esforçam ao máximo para conquistar e se apoderar, de forma permanente, dos bens mais preciosos da natureza humana, como a liberdade de pensamento, a criação de ideias, as vocações comportamentais, a conscientização sobre a importância das relações humanas, as opções ocupacionais, entre outros componentes favoráveis ao atingimento da satisfação dos primordiais objetivos da vida, em superação aos abomináveis estereótipos tradicionais, religiosos, sociais e comportamentais, convencionados pelos costumes antiquados e contrários aos valores e hábitos hodiernos, que têm servido propositadamente como instrumento limitador do descortino de opções benéficas ao crescimento do homem e também como elemento desfavorável à definitiva conquista do usufruto dos bens da vida, na sua plenitude, que se oferece na natureza, como realidade palpável que veio para se vislumbrar nascentes de felicidade inata ao Homo sapiens. Na modernidade, não deve haver limitação para a conquista do bem-estar, da realização de desejos e da plena liberdade para se alcançar a felicidade, porque o contrário disso tornaria a convivência da humanidade incompatível com os avanços ditados naturalmente pela sua evolução, que estão respaldados pelo Ser Supremo, com seu poder ilimitado de conceder ao homem capacidade e discernimento para optar e escolher o melhor caminha a ser seguido, inclusive àquele que insiste em interferir na qualidade de vida do seu semelhante, apesar de que, na realidade, quem ousa negar as transformações sociais nem sempre têm consciência do que seja a verdade real, pois, se tivesse, com certeza ficaria muito mais preocupado em tratar dos próprios interesses, deixando que as pessoas sigam livremente seus planos de vida, da maneira que o seu livre arbítrio melhor orientar para o seu destino, de modo a ser construído segundo os princípios que não interfiram nem interajam negativamente nas relações entre as pessoas. O que importa para o desenvolvimento da humidade é a certeza do usufruto da plena liberdade para viver em harmonia, em paz e em conformidade com o seu pensamento totalmente imune às limitações impostas injustas e indevidamente pelas mentes reacionárias e irrealistas. Por sua natureza unissonante, o ser humano tem o direito de se correlacionar com o seu semelhante, segundo sua vontade e em respeito aos princípios humanitários, sem descurar da preservação da formação moral ou comportamental, porquanto a beleza da vida consiste exatamente em aceitar a realidade dos fatos e em aprender a respeitar as desigualdades que inevitavelmente existem na natureza. Não há dúvida de que ganha relevância o entendimento das diferenças e o respeito às opções de vida das pessoas, que têm direito à plena felicidade. O homem, para ter vida mais sadia e pura, deve se despir dos inúteis e extremistas preconceitos e passar a cultuar a tolerância, a compreensão e a concórdia, como forma de convivência pacífica e inteligente, segundo pregava Jesus Cristo, que, com sua sapiência celestial, ensinava que aquele que fosse puro atirasse a primeira pedra, fato este que convida o homem, também na atualidade, a refletir sobre seu verdadeiro papel quanto ao legado daquele que foi julgado e condenado injustamente à pena de morte. Qualquer forma de censura denota inconcebível e odiosa infâmia, sob o estúpido e irracional pretexto de que a razão está com aquele que se acha no direito de julgar seu semelhante, mesmo que isso atropele, de forma desrespeitosa e absurda, o direito das pessoas de viver em consonância com sua idiossincrasia, fundamentada nos sentimentos pacíficos de amor e compreensão mútua de convivência construtiva, alegre e prazerosa. Causam enorme perplexidade as lamentáveis manifestações de puro preconceito contra os sentimentos de quem apenas nutre o desejo de viver em felicidade. Em qualquer hipótese, não importando a sua preferência religiosa, cultural, sexual, política ou algo que o valha, o homem tem o sublime direito de realizar seus anseios de felicidade, porque a questão de discernimento e de sentimento é inerente a cada ser humano, que não pode abdicar da sua vocação de qualidade de vida por causa da opinião ou da vontade de outrem. Ninguém pode se julgar dono da razão e se achar que deve prevalecer sobre os outros seu sentimento ou entendimento do que seja certo ou errado, de modo a impor regras de conduta e de procedimentos ao seu semelhante, obrigando-o a segui-las, mesmo que isso possa ferir seus princípios e sua consciência e ainda implicar na violação de sentimentos que devem ser igualmente respeitados universalmente pelas pessoas, como forma se construir um mundo mais humanizado e fortalecido com os fluidos benfazejos da tão sonhada felicidade, em harmonia com a natural transformação da humanidade e a evolução dos conhecimentos, que surgiram para beneficiar de forma isonômica os habitantes do planeta Terra.
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 31 de dezembro de 2013

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