Na viagem programada pela Presidência da República,
a mandatária brasileira discursaria no Fórum Econômico Mundial de Davos, na
Suíça, e seguiria direto para Havana, Cuba, mas, nesse ínterim, ela e sua
sempre robusta comitiva de políticos aproveitadores das mordomias à custa dos
bestas dos contribuintes preferiram fazer turismo em Portugal, tendo reservado
o último sábado para descansar, antes de seguir viagem para o verdadeiro
destino, em cumprimento de visita oficial. A passagem por Portugal não constava
da agenda oficial, inicialmente divulgada por aquele órgão. A escala sigilosa
da comitiva presidencial em Lisboa exigiu a ocupação de 30 ou 45 quartos dos
hotéis Ritz e Tivoli, considerados os mais caros da cidade. Somente para
variar, a presidente se hospedou numa suíte presidencial do Ritz, ao custo,
pasmem, de 8 mil euros por dia, o equivalente a R$ 27,1 mil. A presidente, para
ser coerente, aproveitou o ensejo para opíparo jantar num dos melhores e mais
caros restaurantes de Lisboa. É evidente que os gastos extravagantes dela foram
custeados pelo erário. O Líder do PSDB na Câmara classificou como “disparate” a estadia da presidente e sua
comitiva em Portugal, por ter ocorrido “em
sigilo” e sem que ela tivesse "compromissos
oficiais." naquele país, tendo concluído que o desembolso para a
hospedagem pertinente constitui “uma
gastança desnecessária.”. Diante dos questionamentos, a Secretaria de
Comunicação Social da Presidência da República informa alteração da agenda presidencial,
incluindo a estadia em Portugal no roteiro, e nega que a escala da comitiva
presidencial em Lisboa tenha sido “desnecessária.”. O aludido órgão assegura
que a parada era “obrigatória” porque a aeronave oficial não tem autonomia para
um voo entre Zurique e Havana, mas isso não foi dito antes. A decisão de fazer
o voo diurno até Cuba “foi tomada pela
Aeronáutica a partir da avaliação das condições meteorológicas que permitiram
que o trecho Lisboa-Havana fosse coberto no domingo em 9 horas 45 minutos.”.
Tem pouca valia o discurso da presidente ao mundo, para "vender" a
imagem positiva do Brasil ao mundo empresarial, na tentativa de remover
desconfianças de investidores estrangeiros com o país, mas seu esforço, ao
longo de cerca de meia hora de discurso, mostrando grandes oportunidades de
negócios oferecidas pelo Brasil e destacando medidas adotadas por seu governo
com o objetivo de equilibrar as contas públicas, perde fôlego com as atitudes
perdulárias dela. A “modesta” comitiva presidencial ocupou apenas 45 quartos de
dois hotéis, ao custo total de R$ 71 mil. Caso a presidente quisesse
economizar de verdade, poderia ter ocupado o palácio que serve de embaixada
brasileira em Portugal, mantida regiamente pelo governo tupiniquim, para
acomodação de parte da comitiva. Essa escala em Portugal contraria, em tão
pouco tempo, as afirmações da presidente ao público alvo do seu discurso no
Fórum de Davos, quando ela teria afirmado rigoroso controle das contas públicas. Isso ajuda à ilação de que somente acredita nas palavras dela quem não
tem compromisso com a verdade e a realidade do que se passa no país. Não há dúvida de que é difícil se acreditar em quem afirma com convicção e,
logo em seguida, pratica exatamente o contrário, ao se esbanjar com recursos
públicos em caríssimas suíte presidencial e restaurante, gastos esses que
poderiam ser amenizados caso fossem levadas em conta a realidade socioeconômica
do país e a suposta intenção presidencial de economizar verbas públicas, quando
os fatos mostram que deveria prevalecer exatamente a vontade social de efetiva
austeridade e não de meras e enganosas falácias. É que, na versão dos
mentirosos, a mentira contada repetidas vezes torna-se realidade e isso é o que
parece estar acontecendo atualmente no Brasil, em que o povo, na sua extrema ingenuidade,
vem sendo iludido muito facilmente, acreditando que o país está sob a administração
da competência da melhor qualidade, quando a cruel e inconfundível realidade é
a de se afirmar uma coisa como verdadeira e se fazer outra, de forma diferente,
surpreendente e inusitada, não importando as consequências, em especial os
elevados custos de despesas que acarretam elevados ônus para os cofres
públicos, que deveriam ser avaliados previamente. O caso retratado na
reportagem evidencia a realidade nua e crua da administração do país, onde o
princípio da economicidade é jogado literalmente para o espaço, com a pousada
inesperada da presidente em local que não estava previsto, sob argumento pouco
plausível e de difícil convencimento, salvo para quem prefere continuar
convivendo com as mentiras e as inverdades, que ajudam a construir o país
desacreditado pela comunidade internacional, que já percebeu as fragilidades da
sua administração, notadamente das políticas econômicas, à vista dos seus pequenos
crescimentos, demonstrados pelos pífios desempenhos do Produto Interno Bruto, normalmente
ridicularizado por Pibinho. Não é novidade que a presidente procura ostentar a
pose de estrela pop star da política tupiniquim, na forma do aparato que não se
compatibiliza com a realidade do país que ela representa, mesmo porque ninguém
pode se achar no direito de abusar dos recursos dos cidadãos, quando eles são
escassos nos programas de governo, que têm sido a justificativa para a
incapacidade administrativa da realização de obras públicas, em evidente
demonstração de carência de governabilidade, racionalidade e competência. Alhures, um extraordinário humorista brasileiro, no
embalo dos governos gastadores e corruptos da época, já dizia nos seus famosos
bordões: "O povo que se exploda",
fazendo alusão às indiferenças dos governantes que não estavam nem aí para a
opinião pública sobre suas mordomias, regalias e extravagâncias à custa dos
minguados recursos públicos, que continuam sendo usados pelos modernos socialistas,
que, em absoluta incoerência, vão para Cuba, logo para onde a democracia é
tratada a ferro e fogo, para tratar, pasmem, de pobreza e de desigualdade
social, quando, na prática e nos seus hábitos sofisticados, abusam do dinheiro
da sociedade. Causa estranheza que a presidente brasileira
participe de encontro para discutir tão importante tema, como o referido acima,
quando ela não tem o pudor de gastar, somente numa noite e à custa da nação, o
equivalente à sua remuneração de um mês, no valor de R$ 27,1 mil, com o pernoite
num luxuoso hotel de Lisboa. Urge que os homens públicos se conscientizem sobre
as verdadeiras importância e razão para a sociedade do princípio da
economicidade nos gastos públicos, em especial quanto à premente necessidade de
ser levado em conta o sacrifício imposto à capacidade contributiva do cidadão diante
da terrível, cruel e impiedosa carga tributária. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 27 de janeiro de 2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário