terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Abaixo os regimes de exceção democrática

O presidente ditatorial de Cuba, ao comandar o principal evento principal das celebrações do 55º aniversário da revolução do seu país, fez, no discurso de comemoração, retrospectiva dos episódios principais da revolução desde os seus primórdios e afirmou que "nem o mais sonhador poderia imaginar que hoje estaríamos aqui", tendo elogiado a "imensa capacidade de resistência e luta do povo cubano.”. O presidente afirmou que a revolução cubana "pôs fim a vários mitos, entre eles o de que não era possível construir o socialismo em uma pequena ilha a 90 milhas dos Estados Unidos". Com orgulho, ele disse que foram 55 anos de enfrentamento contra 11 administrações americanas que, "com maior ou menor intensidade, insistiram no propósito de mudar o regime econômico e social vigente na ilha". O ditador aproveitou o ensejo para denunciar que seu país tem como obstáculo o desafio de resistir a "permanente campanha de subversão político-ideológica que tem como finalidade desmantelar o socialismo em Cuba desde dentro". Nesse sentido, ele afirmou que "podemos perceber as tentativas de introduzir, sutilmente, plataformas de pensamento neoliberal e de restauração do capitalismo neocolonial. Jamais cedemos, nem cederemos com agressões, chantagens e ameaças". O líder cubano sentenciou também que “A política externa de seu governo sempre foi uma arma poderosa para defender a independência, autodeterminação e soberania nacionais". Ele fez questão de ressaltar o isolamento forçado sofrido por seu país em relação ao restante das nações latino-americanas "por brutais pressões" norte-americanas, quando, nos primeiros anos, apenas o México manteve relações com o governo da revolução cubana. O mandatário cubano se esforça ao máximo para enaltecer as qualidades e vantagens do arcaico e retrógrado regime sociocomunista, mas deixa implícito, por justificar, com insistência, o fracasso e o subdesenvolvimento socioeconômico do país, ao culpar, principalmente, os norte-americanos, que não se cansam de instigar mudança do regime socialista para o pensamento neoliberal. Não obstante, o presidente cubano dar a entender, de maneira reiterada, as condições de país coitadinho, como se ele não fosse o próprio culpado por optar por seguir regime antidemocrático e totalmente fora do contexto da realidade mundial, de modernidade e de progresso. Na opinião do cubano, a ilha padece em decorrência das eternas perseguições pelos países de regimes contrários à terrível fechadura, que ignora os direitos elementares do ser humano, de viver em plenas liberdades, em todos os sentidos extensíveis à humanidade. Em pleno desenvolvimento da humanidade, em que o ser humano vive em harmonia com os princípios de completa liberdade nos mais diversos e amplos sentidos, de expressão, pensamento, ideologia, iniciativa, ir e vir etc., ainda há nação comemorando, com o maior ufanismo, a desgraça de gerações, totalmente perdidas no direito de viver condignamente e de usufruir os prazeres e as felicidades que existem fartamente no resto dos países civilizados e conscientizados sobre os verdadeiros valores ínsitos da vida e o sentido dos sentimentos do ser humano. É bastante lamentável que ainda existam seres humanos que, vivendo em pleno Estado Democrático de Direito, tenham a indignidade de se confraternizar com regimes totalitários, completamente contrários aos princípios salutares da liberdade e da democracia, que submetem seu povo aos mais anacrônicos e rigorosos costumes de inferioridade da convivência da raça humana, demonstrando total irracionalidade diante das conquistas e dos avanços do conhecimento do homem. A sociedade precisa se conscientizar, com urgência, sobre os malefícios causados à humanidade pelos regimes de exceção democrática, notadamente no que diz respeito à impossibilidade de viver com plena dignidade e liberdade, que são princípios inalienáveis em pleno século XXI. Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 20 de janeiro de 2014

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