O presidente ditatorial
de Cuba, ao comandar o principal evento principal das celebrações do 55º
aniversário da revolução do seu país, fez, no discurso de comemoração, retrospectiva
dos episódios principais da revolução desde os seus primórdios e afirmou que
"nem o mais sonhador poderia imaginar
que hoje estaríamos aqui", tendo elogiado a "imensa capacidade de resistência e luta do povo cubano.”. O
presidente afirmou que a revolução cubana "pôs fim a vários mitos, entre eles o de que não era possível construir
o socialismo em uma pequena ilha a 90 milhas dos Estados Unidos". Com
orgulho, ele disse que foram 55 anos de enfrentamento contra 11 administrações
americanas que, "com maior ou menor
intensidade, insistiram no propósito de mudar o regime econômico e social
vigente na ilha". O ditador aproveitou o ensejo para denunciar que seu
país tem como obstáculo o desafio de resistir a "permanente campanha de subversão político-ideológica que tem como
finalidade desmantelar o socialismo em Cuba desde dentro". Nesse
sentido, ele afirmou que "podemos
perceber as tentativas de introduzir, sutilmente, plataformas de pensamento
neoliberal e de restauração do capitalismo neocolonial. Jamais cedemos, nem
cederemos com agressões, chantagens e ameaças". O líder cubano
sentenciou também que “A política externa
de seu governo sempre foi uma arma poderosa para defender a independência,
autodeterminação e soberania nacionais". Ele fez questão de ressaltar o
isolamento forçado sofrido por seu país em relação ao restante das nações
latino-americanas "por brutais
pressões" norte-americanas, quando, nos primeiros anos, apenas o
México manteve relações com o governo da revolução cubana. O mandatário cubano
se esforça ao máximo para enaltecer as qualidades e vantagens do arcaico e
retrógrado regime sociocomunista, mas deixa implícito, por justificar, com
insistência, o fracasso e o subdesenvolvimento socioeconômico do país, ao
culpar, principalmente, os norte-americanos, que não se cansam de instigar
mudança do regime socialista para o pensamento neoliberal. Não obstante, o
presidente cubano dar a entender, de maneira reiterada, as condições de país coitadinho,
como se ele não fosse o próprio culpado por optar por seguir regime
antidemocrático e totalmente fora do contexto da realidade mundial, de
modernidade e de progresso. Na opinião do cubano, a ilha padece em decorrência das
eternas perseguições pelos países de regimes contrários à terrível fechadura,
que ignora os direitos elementares do ser humano, de viver em plenas liberdades,
em todos os sentidos extensíveis à humanidade. Em pleno desenvolvimento da
humanidade, em que o ser humano vive em harmonia com os princípios de completa
liberdade nos mais diversos e amplos sentidos, de expressão, pensamento, ideologia,
iniciativa, ir e vir etc., ainda há nação comemorando, com o maior ufanismo, a
desgraça de gerações, totalmente perdidas no direito de viver condignamente e
de usufruir os prazeres e as felicidades que existem fartamente no resto dos
países civilizados e conscientizados sobre os verdadeiros valores ínsitos da
vida e o sentido dos sentimentos do ser humano. É bastante lamentável que ainda
existam seres humanos que, vivendo em pleno Estado Democrático de Direito,
tenham a indignidade de se confraternizar com regimes totalitários, completamente
contrários aos princípios salutares da liberdade e da democracia, que submetem
seu povo aos mais anacrônicos e rigorosos costumes de inferioridade da
convivência da raça humana, demonstrando total irracionalidade diante das
conquistas e dos avanços do conhecimento do homem. A sociedade precisa se conscientizar, com urgência, sobre os malefícios causados à humanidade pelos regimes
de exceção democrática, notadamente no que diz respeito à impossibilidade de
viver com plena dignidade e liberdade, que são princípios inalienáveis em pleno
século XXI. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 20 de janeiro de 2014
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