O fim de ano e o
começo de outro são momentos oportunos para os tradicionais balanços de nossas
vidas, a exigirem mentalização e reflexão sobre os acontecimentos passados, com
vistas à avaliação segura sobre os resultados da existência terrena. A
contabilidade dos acontecimentos se faz necessária para possibilitar a projeção
e o planejamento acerca das ações futuras. Isso faz sentido para o homem desde
os tempos remotos, mas, na atualidade, há maior preocupação quanto à
necessidade de serem aprimoradas as relações entre as pessoas, para melhor aproveitamento
das oportunidades e, em especial, de se buscarem as melhores maneiras para o resgate
da sublime e benfazeja aproximação com o semelhante. Não há dúvida de que o ano
que se finda sempre será lembrado pelos acontecimentos marcantes de alegrias,
felicidades e satisfações, que podem se traduzir nos fatos que ficam para
sempre para a história como sendo inesquecíveis. É evidente que há também os
episódios não desejáveis, tristes e infelizes, que exigem imediata ação de
limpeza da memória. Tudo isso faz parte do balanço da vida, que serve justamente
para se realizar avaliação sobre os fatos acontecidos, para a necessária correção
dos rumos da jornada da vida e orientação para os novos passos do futuro,
sempre na expectativa de que sejam possíveis novas e melhores experiências de
vida, com mais tolerância, amizade, solidariedade, doação, amor, compreensão,
misericórdia, benevolência e boas ações facilitadoras da sábia e salutar convivência
humana. Afinal, abstraindo-se os episódios maléficos oriundos da natureza, que
são quase inevitáveis, a bondade pode ser instalada dentro das pessoas,
bastando acreditar que isso é possível, porque, quem crer piamente no dom e nos
poderes do Ser Supremo, pode tudo no nome Dele, que tem a incumbência de
chancelar as boas ações, sempre atuando construtiva e beneficamente no processo
de crescimento da humanidade. Cada
pessoa tem o descortino de escrever a própria história de vida, timbrada com
sua personalidade, que pode ser verdadeiro poema de bondade, caridade,
fraternidade, bons exemplos, simplicidade, camaradagem, prosperidade,
sentimentos nobres e lições de vida recatada e abençoada por seu legado de amor
ao semelhante. O homem tem plena capacidade de viver em harmonia com o
seu tempo e aproveitar o melhor que ele pode lhe oferecer, cujas benesses da
vida podem ser propiciadas e facilitadas a partir da boa vontade do próprio
homem, que tem direito ao usufruto da sempre sonhada felicidade de viver bem
consigo e com seu próximo. O final de ano pode ser comemorado em duplo sentido.
Em primeiro momento, para agradecer a Deus pela graça e dádiva de mais um ano
de vida, pelas conquistas das benfeitorias e dos progressos e pela superação dos
eventuais e inevitáveis infortúnios e das perdas. E, depois, é jubiloso poder
participar dos festejos do limiar de novo ano, sempre aguardado com ansiedade,
na esperança de que se processem a renovação das esperanças, a realização dos
sonhos e dos desejos e a reafirmação de tudo que já foi conquistado, porque a
vida se enche de alegria e de festa com a chegada de novo ano. Em cada final de
ano, a reflexão torna-se obrigatória e ganha suma importância pelo fato de ser
possível operar a extração da famosa prova dos nove sobre os acontecimentos da
vida, como instrumento imprescindível ao aproveitamento dos resultados
positivos, com vistas a empregar o saldo superavitário, mais aperfeiçoado, no
percurso da nova jornada do ano que se inicia, como forma de valorização dos
princípios humanitários. Que o bondoso Deus permita que os votos, os desejos e os
vaticínios das pessoas sejam transformados em realidade no decorrer de 2014 e
que este ano seja marcado somente por acontecimentos maravilhosos, que a
humanidade celebre o seu término como o melhor ano da história e que o seu
superávit se repita para sempre. Adeus Ano Velho. Feliz Ano-Novo. Que todos os
sonhos se realizem e que todos sejam felizes...
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 1º de janeiro de 2014
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