Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, o governo do Brasil
está oferecendo cerca de US$ 500 milhões de crédito por ano - aproximadamente
R$ 1,2 bilhão - para Cuba, tendo por finalidade a aquisição de produtos e
serviços brasileiros. Até setembro de 2013, foi desembolsada pelo governo
brasileiro, mediante o BNDES, a quantia de US$ 152,7 milhões, contra US$ 220,58
milhões no ano de 2012, adicionado ao valor de US$ 221,2 milhões pelo Banco do
Brasil, nesse ano de 2013. Além desse desembolso, o Ministério do Desenvolvimento
Agrário disponibilizou para a ilha linha anual de US$ 70 milhões do programa
Mais Alimentos Internacional, para a aquisição de implementos agrícolas
brasileiros. Impende ressaltar ainda que o principal projeto brasileiro, de
maior visibilidade em Cuba, é o porto de Mariel, que se encontra em construção
com investimento de US$ 957 milhões, dos quais US$ 682 milhões são financiados
com recursos do BNDES. Com a exclusão do petróleo da Venezuela, o Brasil já
representa o segundo maior exportador de produtos para Cuba, representando 16%
do total, sendo superado pela China, que exporta 42%. Os principais produtos
que Brasil vende para a ilha são óleo de soja, milho, frango, arroz, carne e
café. Agora que a Venezuela ensaia reduzir sua ajuda à ilha, em razão de seus
notórios e graves problemas econômicos, Cuba se derrete em simpatia e mimo ao
governo tupiniquim, evidentemente na expectativa de angariar o máximo de
crédito e recursos dos autênticos fãs brasileiros, tendo em vista que esses
financiamentos são muito bem recebidos na ilha, por serem de fundamental
importância para a continuidade do seu decrépito regime comunista, que submete
sua população às mais deprimentes restrições de liberdades e do usufruto dos
direitos humanos e democráticos. Na melhor das hipóteses em que o Brasil
estivesse nadando em dinheiro, sem nenhum problema relacionado com a saúde
pública, o ensino público, os transportes, a segurança pública, a
infraestrutura etc., essa ideia absurda de se conceder financiamento para governo
de regime ditatorial não se coaduna nenhum pouco com os princípios da
razoabilidade e da responsabilidade administrativa, porque os governantes devem
primar pelo desenvolvimento da humanidade e não pelo apoio incondicional a quem
contribui decisivamente para o subdesenvolvimento dos seres humanos. Em termos
de responsabilidade verdadeiramente patriótica, o governo brasileiro deveria
pensar prioristicamente na melhoria, no aperfeiçoamento e na modernização dos
nossos portos, aeroportos, estradas, vias fluviais e, de restos, dos sistemas
relacionados com o escoamento dos produtos nacionais, inclusive dos agrícolas,
que, normalmente, ficam encalhados nas estradas, nos porões dos navios e nos
galpões, devido à falta de estruturas adequadas e eficientes para atender a
demanda das riquezas brasileiras. Essa forma de financiamento a Cuba e demais
países com regimes antidemocráticos demonstra o nível cultural da classe
dominante e de seus seguidores, que preferem apoiar financeiramente quem
efetivamente contribui para a degeneração dos direitos humanos em evidente
detrimento dos interesses da nacionalidade e da sociedade brasileiras. Causa
perplexidade os amantes da sanguinolenta ditadura castrista justificarem a
entrega do patrimônio nacional a possível falha cometida por governos anteriores
ao do PT, como se os atos de lesa pátria do passado tivessem o condão senão de
corrigir os procedimentos da atualidade, evitando que governo sem compromisso
com o saneamento das mazelas brasileiras fique distribuindo graciosamente dinheiro
público que jamais deveria ser aplicado senão aqui no Brasil, na construção,
reforma e/ou recuperação de hospitais, escolas, creches, estradas, moradias,
adutoras, açudes, barragens, presídios e outras obras capazes de justificar a
boa e regular aplicação de recursos dos bestas dos contribuintes, que
certamente não concordam com a perdulária e espúria forma como eles são
despendidos, em total desprezo às prioridades que devem ser rigorosamente
observadas pelos administradores cônscios da sublime responsabilidade de
observar fielmente as normas aplicáveis à execução das despesas públicas. À
toda evidência, compete à oposição questionar e impedir que o patrimônio
nacional seja mandado para Cuba, sem a menor garantia de retorno, quando as
causas nacionais estão a exigir, de longa data, medidas saneadoras, justamente
por falta de recursos que estão sendo enviados livremente e sem o menor
critério para os “idolatrados” ditadores cubanos. A sociedade tem o dever
cívico e patriótico de repudiar a forma ilegítima da concessão de
financiamentos ao regime comunista cubano, sem o menor vislumbre de
beneficiamento ao interesse público brasileiro, e exigir por que o governo
brasileiro tenha a sensibilidade e a consciência de priorizar as políticas e as
causas do povo brasileiro. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 30 de janeiro de 2014
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