Muito tem
se falado sobre as peripécias e as falcatruas engendradas por integrantes do
PT, com a finalidade de incriminar adversários políticos, na tentativa da criação
de embaraços políticos para eles, a exemplo dos famosos dossiês apontando fatos
inventados com especificamente para complicar o desempenho deles nas campanhas
eleitorais. Com raras exceções, os autores desses documentos nunca assumiam
suas criações comprometedoras. Agora, um delegado aposentado, que fez parte do
governo petista revela, em denso livro, o verdadeiro “estado policial petista”,
assegurando que as atividades de sabotagens são uma realidade intrínseca da
filosofia petista de ser. O livro pretende escancarar as formas indecentes e
deselegantes das práticas políticas, consistentes, em especial, nas estratégicas
perseguições e difamações produzidas com o auxílio do eficiente aparelhamento
da máquina pública, cuja estrutura de investigação e de colheita de informações
funciona normalmente em proveito do partido, que se beneficia de informações
privilegiadas para revelar irregularidades praticadas pelos adversários
políticos. O teor explosivo do livro se concentra na informação de que o
ex-presidente da República petista teria sido informante da ditadura, o que
significa que ele não tem moral para criticá-la, eis que, sabidamente, ninguém
seria capaz de alcaguetar sem se beneficiar da situação. O livro revela e
comprovar a existência de truculenta “fábrica de dossiês” no Ministério da
Justiça, tendo por finalidade criar dossiês apócrifos sobre adversários, para
desestabilizá-los politicamente. Além desses
casos escabrosos, que são capazes de denigrir a imagem e a reputação de
qualquer partido político, o PT vem colecionando uma séria de situações que não
se coaduna com os preceitos éticos e morais, por exigirem transparência e a
legitimidade dos fatos públicos. Veja-se o caso da defesa dos mensaleiros
presos, que vem sendo feita tão somente no grito, com base no histórico dos
petistas, quando os elementos constantes do processo do mensalão demonstram
outra realidade, bem diferente da criada pelos petistas. Esse fato decepciona os cidadãos honrados,
por verificar que o partido se reúne em Congresso Nacional, com a integração da
presidente da República e da cúpula da agremiação, para aplaudir os mensaleiros
condenados por formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva,
lavagem de dinheiro e outros crimes graves, ou seja, para promover desagravo a
bandidos que estão presos por serem autores intelectuais e operadores de
esquemas para desviar dinheiros públicos destinados ao pagamento de propina a
inescrupulosos parlamentares. Essa forma de participação de grupo para
aplaudir, elogiar e saudar efusivamente criminosos não condiz, definitivamente,
com os salutares princípios da decência, dignidade e grandeza que devem estar
presentes nas atividades políticas, que são obrigadas a primar pela responsabilidade
e pelas práticas dos bons exemplos construtivos. Ao contrário disso, o PT vem
demonstrando, com seus atos de apoio aos delinquentes do mensalão, afinidade
com manifestações e incitações de indignidade não condizentes com a prática de
política sadia nem com a gestão de recursos públicos, por haver explícito
antagonismo aos princípios da administração pública, quanto à probidade,
legalidade e moralidade, que não podem ser ignorados pelos homens públicos. Causa
enorme estranheza a presidente da República, que representa indistintamente os brasileiros,
participar pessoalmente de ato solene de desagravo em apoio aos presos petistas
e não ter a dignidade de se manifestar em reprovação à tamanha excrescência, fato
que demonstraria sua coerência natural em respeito à liturgia do importante
cargo que exerce em nome do povo brasileiro, que, na expressiva maioria,
recrimina e repudia a aberração de se exaltar pessoas condenadas por práticas
de crimes perpetrados contra o patrimônio da sociedade. Também causa perplexidade
se verificar que, mesmo pertencente ao partido com registros de fatos
considerados aéticos e imorais, a presidente da República consegue boa
aprovação no desempenho do seu governo, em que pese não ter apresentado, até
agora, nada de novidade, em termos de administração do país, notadamente pela
inexistência de obras de impacto, de investimentos e de reformas que o país
tanto precisa. Estranha-se, ainda, que os brasileiros não percebam as deficiências
ideológicas e administrativas incompatíveis com os preceitos de honestidade,
moralidade e eficiência que devem ser observados nas atividades públicas. Não há
dúvida de que a defesa e o incentivo à ideologia da degeneração e da deformação
dos bons princípios da ética, da moral e da dignidade, como forma de atuação
política, revelam clara atitude de contribuição senão para ao fortalecimento do
subdesenvolvimento e do retrocesso da sociedade e do país. Urge que a sociedade
eleja somente representantes entre aqueles que se comprometam com a luta em
defesa dos princípios democrático e constitucional da decência, honestidade,
integridade de caráter, probidade, moralidade e dignidade política. Acorda,
Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 03 de janeiro de 2014
Concordo com cada palavra escrita aqui.
ResponderExcluir